"Glass: A Portrait of Philip in Twelve Parts" é um documentário realizado por Scott Hicks, o mesmo realizador que fez o premiado "Shine - Simplesmente Genial" (1996), sobre a vida conturbada do pianista esquizofrénico David Helfgott. Scott Hicks realizou um brilhante documentário sobre a vida e obra de um dos maiores compositores americanos dos últimos 30 anos: Philip Glass. Foi filmado em 2007, no ano em que Glass comemorou o seu 70º aniversário. Scott Hicks refere que ficou fã de Philip Glass quando viu, em 1984, a obra-prima "Koyaanisqatsi" com música original do compositor americano. Quem é que não ficou, pergunto eu.
O documentário "Glass: A Portrait of Philip in Twelve Parts" (título retirado de uma obra de Glass intitulada "Music in Twelve Parts"), aborda o passado e o presente da obra do minimalista (Glass não gosta desta definição), assim como as suas relações familiares e de amizade, e os músicos e cineastas com os quais colaborou ao longo da sua já longa carreira. Daí que haja depoimentos de Martin Scorsese, Ravi Shankar, Nico Muhly, Errol Morris, Woody Allen, Godfrey Reggio, entre outros.
Foi o próprio Scott Hicks que filmou com a câmara HD todo o filme, com uma reverência artística respeituosa e confessa admiração. O início do documentário é particularmente surpreendente, com Philip Glass a divertir-se - qual criança endiabrada - numa vertiginosa montanha russa (pode ver-se um excerto deste momento no final do trailer). A relação de Glass com o Budismo não foi esquecida, assim como os pormenores do seu processo criativo e métodos de trabalho.
Tanto quanto sei, este documentário nunca estreou comercialmente em Portugal (a não ser num eventual festival de documentários, como o DocLisboa) e também não viu a luz do dia em edição DVD. Lamentável, portanto.
Sobre a obra de Philip Glass, escrevi um texto mais desenvolvido aqui.
1 comentário:
sou muito fã de Philip Glass.
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