O filme "127 Horas", de Danny Boyle, não é assim tão mau quanto certa crítica diz, nem é tão bom como a maior parte dos cinéfilos referem (8.2 de classificação no imdb.com).
Eu não gostei do filme anterior de Danny Boyle, o oscarizado "Slumdog Millionaire". Achei bem mais interessante e conseguido este "127 Horas". Um filme que retrata a história verídica do alpinista Aron Ralston que ficou aprisionado, durante 5 dias, no meio de uma gruta (com o braço direito preso numa rocha). Sem ninguém saber do seu paradeiro, Aron Ralston conseguiu reunir as suas últimas forças e grandes doses de coragem para amputar o próprio braço de forma a escapar da morte certa e lenta.
O filme é equilibrado e, apesar de se saber o desfecho, consegue manter o espectador interessado na evolução do sofrimento de Aron Ralston, interpretado por um convincente James Franco, (nomeado ao Óscar de Melhor Actor). A cena da amputação é intensa e dura de se ver (nos EUA alguns espectadores desmaiaram e outros sofreram náuseas), mas o filme não vale apenas por esse tormentoso momento.
Os flashbacks e as visões de Aron Ralston estão bem construídas e o ritmo narrativo e dramático é consentâneo com a progressão dos factos. A tensão acumulada é extenuante. O verdadeiro Aron Ralston foi consultor do filme, pelo que os mais pequenos pormenores são os mais reais possíveis.
Uma última nota para a notável montagem e para a banda sonora do indiano A.R. Rahman, que acompanha maravilhosamente, sem exagerar (como era em "Slumdog Millionaire"), os diversos momentos dramáticos do filme (sobretudo na cena da auto-mutilação, que o verdadeiro Aron Ralston descreve neste vídeo, com impressionante frieza).
Uma última nota para a notável montagem e para a banda sonora do indiano A.R. Rahman, que acompanha maravilhosamente, sem exagerar (como era em "Slumdog Millionaire"), os diversos momentos dramáticos do filme (sobretudo na cena da auto-mutilação, que o verdadeiro Aron Ralston descreve neste vídeo, com impressionante frieza).
Menos interessante a forma como Boyle filma o deserto, quase como se estivesse a filmar um videoclip para Madonna.
Aron Ralston e James Franco
8 comentários:
Ainda não assisti. Mas já estou à espera. Gosto de Boyle e de James Franco.
Abraços
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Ainda não vi o filme, e sem desprimor para o João Gonçalves considero as críticas do género "parece que estagna antes da primeira meia hora. Não desenvolve", um bom presságio para mais um deleite cinematográfico.
Vivemos numa sociedade sem paciência que exige tudo a que tem direito no imediato, seja na música, no cinema, na estética, nas relações amorosas, na vida, sem panorâmicas, sem compassos, sem entrelinhas...olhamos para o top de vendas nas mais variadas áreas e acho que compreendem o que quero dizer.
Tal como disse no inicio do comentário, reafirmo "sem desprimor para o João Gonçalves".
Por acaso, estou surpreendido. É um dos filmes mais fracos que vi nos últimos tempos (argumento, realização, actor, montagem), com a enjoativa e incrivelmente desapropriada música do amigo Ralston.
A PIRATARIA CONTINUA EM GRANDE POR AQUI!! FORÇA HQSDEMASIADO!!
Por aqui!? Por todo o lado. Eu ando à media de um filme por dia.
Como se fosse algo de extraordinário isto de sacar filmes da net! A cada minuto que passa há milhões de pessoas em todo o mundo a fazer download de filmes e música. Qual é o escândalo se eu o fizer também o mesmo? Vou preso?
Eu sou contra a pirataria também... mas são as regras do jogo. Os bilhetes de cinema são extremamente caros, a distribuição e oferta dos filmes é ridicula e cada vez mais monopolizada, os dvds são extremamente caros... Enquanto esses males não forem corrigidos, eles sofrem desta maneira!
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