Em Portugal existe um mercado livreiro avassalador: são editados, em média, cerca de 40 novos títulos... diariamente. Por ano, são milhares de novos livros que inundam as prateleiras das livrarias (sem contar com as reedições). Ou seja, nem o leitor mais obsessivo e mais endinheirado consegue acompanhar este frenético ritmo editorial. Uma selecção criteriosa impõe-se.
Houve muitos bons livros que não consegui ler (ou porque não tive tempo ou porque simplesmente não os podia comprar a todos). Alguns ainda estão na "fila de espera de leitura" e nem se encontram mencionados nesta lista necessariamente resumida:
1 - "À Espera no Centeio" - J.D. Salinger (Difel)
2 - "Menos Que Zero" - Brett Easton Ellis (Teorema)
3 - "Um Repentino Pensamento Libertador" - Kjell Askildsen (Ahab)
4 - "Pão Com Fianbre" - Charles Bukowski (Ulisseia)
5 - "Do Inconveniente de Ter Nascido" - E.M. Cioran (Letra Livre)
6 - "Dalí e Eu - Uma História Surreal" - Stan Lauryssens (Editoral Presença)
7 - "Contos Fantásticos" - Edgar Allan Poe (Ulisseia)
8 - "Os Grandes Mistérios da História" - Vários autores (Clube do Autor)
9 - "Filho de Jesus" - Dennis Johnson (Ahab)
10 - "Submundo" - Don DeLillo (Sextante)
11 - "Contos de Amor, Loucura e Morte" - Horacio Quiroga (Cavalo de Ferro)
12 - "Correios" - Charles Bukowski (Antígona)
13 - "As Vidas dos Outros" - Pedro Mexia (Tinta da China)
7 comentários:
Victor, na minha opinião, e para utilizar a linguagem de Salinger, "À Espera no Centeio" é a merda de um livro mesmo, mesmo mau, que aborrece até ao tutano. Dou-lhe a merda de 1 ponto numa escala de 10.
Desculpa lá, mas tem na mesma um Bom 2011.
Abraço,
Paulo
Paulo: respeito a tua opinião mas, como é óbvio, não estou de acordo. São opiniões.
É a primeira vez que vejo alguém a dizer que este livro é uma "merda", tanto mais que até é considerado um clássico da literatura americana da segunda metade do século XX. Eu já expliquei no meu blogue porque é que achei o livro fantástico e não vou repetir-me.
Bom ano.
li, também, o livro há pouco tempo. li também as análises que fizeram ao livro, referindo-o como uma crítica à juventude. dado o facto de salinger supostamente se ter isolado após a escrita desta obra, discordo de todas elas.
é um livro muito interessante, com um final um pouco frustrante, fundamental para a sua importância e qualidade. gostei muito de o ler, apesar de ter preferido outros, como a máquina de fazer espanhóis de valter h. mãe.
cumps
votos de bom ano
A palavra merda não é minha, lol... é do próprio Salinger, que a utiliza, na voz do narrador, até a exaustão.
Sim, acho que é um livro sem conteúdo, vazio, literariamente falando. O próprio titulo é aflorado ligeira e levianamente, e quanto a mim não retrata a sociedade americana da época. Não me agarrou, digamos.
A sua fama, diz-se que injustificadamente, tem mais a ver com o facto de o tipo que matou Lennon dizer que o andava a ler e que foi influenciado... Não sei como, só mesmo um tipo passado dos carretos poderia afirmar uma coisa dessas, havendo na literatura americana outros autores que poderiam de facto faze-lo com mais legitimidade devido a sua inerente anti-sociabilidade.
Enfim, os livros da M. P. Rebelo também vendem como o caraças e no entanto são uma merda ...lol... de livros.
atenção no meu comentário não disse que a obra tinha muito conteúdo: não tem. o final é frustrante por isso mesmo, não se passa nada. é um livro feito de marasmo e são tantos que se constroem assim tornando-se obras primas. um livro que me recorda este é a queda de albert camus. se bem que esse vale mais pelas reflexões.
cumps
respondendo à questão... não sei demasiado, aliás cada vez mais acho sempre que sei tão pouco! ;)
entretanto, não digo, pergunto:
onde podemos ler as tuas críticas a cada um desses títulos? é possível?
obg
Olá.
Eu não fiz crítica individual a cada um dos livros citados. Fiz a alguns e a outros não. Talvez se procurar em "livros" encontre algumas recensões.
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