"Bug", do realizador William Friedkin, passou ao lado de muita gente quando estreou em Portugal, em Julho deste ano (o Verão não é altura propícia para se dar atenção a este tipo de filmes). Do mesmo realizador do essencial thriller dos anos 70 "Os Incorruptíveis Contra a Droga" (1971) e um dos mais assustadores filmes de terror de sempre, "O Exorcista" (1973), "Bug" é um filme-catarse dos traumas reminiscentes do pós-11 de Setembro. Numa contenção rara de recursos - um cenário de hotel decrépito, 4 personagens - o argumento é baseado numa peça de teatro de sucesso. Paranóia, viagem aos abismos dos fantasmas interiores, metáfora política em jeito de pesadelo kafkiano num filme portentoso capaz de por em causa toda a ideia de segurança social e política contemporânea.
1 comentário:
É dos melhores filmes sobre a manipulação e o crescendo de paranóia. É pena ter passado tão despercebido...
Abraço
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