domingo, 16 de dezembro de 2007

Touching from a distance

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Comprei o livro em 1996, um ano depois de ser editado (Assírio & Alvim, colecção "Rei Lagarto). "Carícias Distantes" o livro da viúva de Ian Curtis, Deborah Curtis, no qual aborda o seu relacionamento com o malogrado líder dos Joy Division. Na altura em que li o livro, decepcionou-me de alguma forma, pelo facto de Deborah se centrar demasiado na vida privada e pouco no seu envolvimento musical, que era o que me interessava conhecer mais a fundo. Mas como é óbvio, um músico antes de ser músico, é homem (com as suas qualidade e defeitos). E neste contexto, Ian tinha defeitos (conflituoso, autoritário, instável), mas tinha também um coração de ouro (nas palavras de Deborah). Depois de ver o filme "Control" de Anton Corbijn, reli o livro e acabo por perceber a razão deste filme ser quase todo baseado no livro: Deborah escreve a biografia de Ian de forma apaixonada, com pormenores irrelevantes e outros importantes, contextualizando a sua carreira musical com a vida matrimonial. Faz sentido, e vendo o filme, percebe-se ainda melhor.
Gostaria um dia era de ler um livro sobre Ian Curtis (e respectiva versão dos acontecimentos)escrito pela amante, a belga Annick Honoré.

2 comentários:

Anónimo disse...

Que coincidencia. Eu também li o livro na altura em que saiu e pretendo voltar a ele, depois de ter visto o excelente filme "Control". Quando saí do fime pensei muito na Annick. Afinal ela amava-o muito e conhecia uma faceta dele que provavelmente mais ninguém conhecia. Será desconhecimento meu ou ela sempre me manteve muito discreta em relação a tudo o que aconteceu?

Dariane Mello disse...

como vcs podem dizer que aquela mulher amava o Ian, se ela o amasse realmente teria o deixado livre para viver com sua esposa e família, a Debbie que sempre esteve ao seu lado e lutou ao lado dele, a mãe da filha dele, e não aquela vadia, com o perdão da palavra que só perturbou ainda mais a mente do Ian.