Não há muito a dizer no momento da morte de um dos maiores génios musicais da segunda metade do século XX: Karlheinz Stockhausen. Incompreendido por muitos, admirado por outros, o músico alemão teve um percurso artístico que marcou profundamente a história da música dos últimos 50 anos. Se há algum músico a quem se possa apelidar de vanguardista (a par de Ligeti, Boulez, Xenakis, Cage, Nono), é a Stockhausen. Foi uma figura ímpar na experimentação estética, sobretudo no âmbito da música electrónica e electro-acústica. Hipocritamente, metade da comunicação social mundial denegriu a imagem do compositor quando este, a propósito do ataque terrorista do 11 de Setembro, afirmou que "aquele momento foi a manifestação de uma autêntica obra-prima" (cito de memória).
Stockhausen era o verdadeiro explorador sonoro, contra tudo e contra todos (os "herodes da música nascente", asseverava). No fundo, tudo se resume a isto que o compositor de "Licht" dizia: "I'm an adventurer. I like invention, I like discovery."
1 comentário:
Há mesmo na história da música um antes de Stockhausen e depois de Stockhausen.
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