Zeitgeist.
O conceito filosófico que os escritores românticos alemães (e sobretudo Hegel) tomavam como premissa revolucionária de um tempo, como uma idiossincrasia geracional, acaba por ser, em 2007, o título de um filme (documentário) de baixo orçamento sobre... a América. É um documentário feroz, denunciador, quase catártico nalguns aspectos. As alegadas estruturas morais e de valores sobre os quais os EUA se reclamam como pioneiros e defensores - patriotismo, religião, economia, família, política - são cilindrados em "Zeitgeist". Pela forma como o filme está concebido e realizado, pelo modo como denuncia uma sociedade que se julga impoluta nos seus dogmas mas que é um antro de hipocrisia e corrupção, este filme faz lembrar o controverso "Loose Change 911", documentário partidário das teorias da conspiração acerca dos atentados do 11 de Setembro de 2001.
Haverá, porventura, uma pitada de demagogia e de excesso (a que nem o Michael Moore se esquiva), mas vale pela forma como dinamita uma série de questões e força o espectador a ter uma posição altamente crítica face ao mundo que o rodeia. Como seria de esperar, os puritanos norte-americanos, defensores da moral cristã conservadora, vieram a terreiro deununciar a falsidade das mensagens do filme. É sinal que o objectivo do documentário foi conseguido: abalar as consciências adormecidas. Neste link - Zeitgeist - pode-se ver o filme integral, e ainda por cima com opção de legendas em português. É o que se chama de verdadeiro serviço público.
1 comentário:
Ótimo filme. Mesmo se não é tudo verdade, o filme faz as pessoas (com a mente mais aberta) acordarem por um instante de suas vidas e ver o que acontece de verdade por trás da televisão.
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