É um livro que foi publicado em Fevereiro deste ano que termina amanhã. Passou ao lado de muita gente mas vale muito a pena lê-lo. Nem que seja apenas passar os olhos por ele. "Sobre Humanos e Outros Animais" de John Gray, filósofo inglês de uma lucidez e frontalidade difícil de igualar no panorama intelectual contemporâneo. O tema crucial do livro centra-se na ideia de que a humanidade se engana ao acreditar que ocupa um lugar de destaque no universo, que pode controlar seu destino e algum dia será capaz de construir um mundo melhor. Defende ainda que a história do homem é sobretudo pautada por um ciclo intermitente de anarquia e tirania e que traz (o homem) os genes da (auto)destruição. É, ao mesmo tempo, uma obra de cariz filosófico (que se lê sem amarras herméticas próprias da linguagem filosófica) e um ensaio histórico altamente pertinente sobre o presente e futuro da humanidade. Um livro pessimista? Realista? Excessivo? Corrosivo? Catastrofista? Talvez represente a súmula destas e de outras tantas provocadoras premissas.
Entrevista ao autor aqui.
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