Há qualquer coisa de cínico e de perverso no adiamento do concerto dos Tokio Hotel (devido a doença na voz do seu vocalista), a tal banda teen que encheu o Pavilhão Atlântico com adolescentes eufóricos. Há relatos de mães que acompanhavam crianças a partir dos 10 anos de idade (!), outras com 11, 13 ou 14 anos. Muitas dessas crianças e adolescentes púberes foram sozinhas, outras em grupos de amigos e amigas. Houve adolescentes que dormiram ao relento durante as 24 horas (ou mais) que antecederam o concerto para poderem abocanhar a primeira fila e poder estar mais perto dos ídolos. Para muitos, era o primeiro concerto de toda a vida. As televisões e jornais mostraram que à saída do Pavilhão Atlântico muitos dos jovens espectadores demonstravam a sua tristeza e frustração com crises convulsas de choro e tremedeira. Falava eu aqui da irracionalidade dos fãs. Afinal o fenómeno atinge todas as classes etárias. E tratando-se de fãs em idade pré-adolescente, a coisa torna-se ainda mais perigosa e imprevisível.
4 comentários:
Chocam as palavras, chocam as imagens, chocam os acontecimentos. Choca o estado da realidade!
a postura de fã é sempre um pouco exagerada, a meu ver. havia miúdas a dormir ao pé do Pavilhão Atlântico desde 5ª feira. Por favor...
Os fãs sofrem e eu sofro com eles -pobres criaturas, tão cegas e tão perdidas na sua devoção... Felizmente, os meus pais nunca me patrocinaram desventuras destas.
Que filme seria a minha vida...? Eternal Sunshine Of The Spotless Mind - sem nunca esquecer a banda sonora de Jon Brion ;)
Raio de país mais tristezinho que temos, irra!
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