Calma e Silêncio
Pastores enterraram o sol na floresta nua
Um pescador puxou a lua
Do lago gelado em áspera rede
No cristal azul mora o pálido Homem
o rosto apoiado nas suas estrelas
Ou curva a cabeça em sono purpúreo
Mas sempre comove o vôo negro dos pássaros
Ao observador, santidade de flores azuis
O silêncio próximo pensa no esquecido, anjos apagados
De novo a fronte anoitece em pedra lunar
Um rapaz irradiante
Surge a irmã em outono e negra decomposição
Georg Trakl
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