domingo, 16 de agosto de 2009

Releituras de "Nighthawks"

É uma das pinturas mais conhecidas do século XX, um verdadeiro ícone da cultura americana: "Nighthawks" ("Noctívagos") de Edward Hopper. Foi pintada em 1942 e retrata um café, aberto à noite, com clientes sentados e um empregado a servir. A pintura foi inspirada no bairro Greenwich Village de Manhattan após o ataque de Pearl Harbour e expressa todo o clima de depressão da grandiosa Big Apple.
Hopper interessou-se em explorar os espaços urbanos vazios, a solidão de personagens anónimos, representados por situações quotidianas da vida rural e citadina (estações de serviço, motéis, estações ferroviárias, ruas vazias, cenas rurais da Nova Inglaterra e interiores de escritórios). A pintura realista de Hopper acentua a solidão das grandes cidades, com contrastes em termos de luz e de expressividade plástica. É o que acontece com esta obra "Nighthawks": o estranho vazio nocturno da rua contrasta com o interior fortemente iluminado do bar. Não há carros a passar na estrada, não há transeuntes, não há "acção". As personagens não comunicam, sentido-se no ar a solidão das mesmas, num bizarro ambiente nocturno. Actualmente esta obra encontra-se no Instituto de Arte de Chicago.
Esta pintura de Edward Hopper ganhou enorme reputação e divulgação mundial ao longo das décadas e influenciou, sobremaneira, muita da cultura subsequente, do cinema à música (Tom Waits tem uma canção dedicada à pintura), da literatura à televisão. Os pastiches, citações, paródias e homenagens a "Nighthawks" contam-se por centenas. Vejam-se estas releituras do ambiente de "Nighthawks", desde a perspectiva de Lego à dos Simpsons:






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