segunda-feira, 3 de março de 2008

Do outro lado da fronteira


Portugal e Espanha são dois países geograficamente próximos mas com imensas diferenças sociais e culturais. Espanha também teve o seu período duro de ditadura, mas conseguiu desenvolver-se economicamente de forma fulgurante nos últimos 30 anos. Em pequenas como em grandes coisas da vida, Espanha leva quase sempre a palma face a Portugal. Foco apenas um aspecto: a oferta de imprensa escrita. Este fim-de-semana fui a Espanha. Ao entrar num simples quiosque, deparei-me perante um imenso universo de jornais e revistas: uma parede de cerca de 5 metros repleta de revistas espanholas (nenhuma estrangeira!). É verdade que no país de "nuestros hermanos" há muito lixo referente a revistas “del corazón”, mas há também uma impressionante oferta de qualidade inquestionável que parece aumentar de ano para ano. Enquanto que em Portugal temos duas ou três revistas especializadas em música (Blitz, Danceclub, Op), no pais vizinho existem mais de duas dezenas de títulos (contei 22). Jazz, folk, hip-hop, erudita, electrónica, tradicional, etc. Sobre outras áreas temáticas (as que se queiram imaginar - da filosofia à jardinagem, do automobilismo à saúde) há, de igual modo, um número infindável de revistas de qualidade. O panorama dos jornais, idem aspas. Um mundo à parte.
Nota: para alem do intenso e interessante mercado de revistas, existe em Espanha um prolífero ritmo editorial de DVD. Colecç\oes de todos os géneros s\ao colocado à venda quase todas as semanas: séries de TV, comédias, terror, melodrama. A propósito deste último item, comprei por um ninharia de dinheiro (10 euros), dois DVDs: a obra-prima do melodrama clássico – “Imitation of Life” (1950) de Douglas Sirk e “The Blue Dahlia” (1946) de George Marshall.

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