"Não devo o meu sucesso aos subsídios do estado, mas a um público com fé que me sustenta", disse uma vez Eric Rohmer. O realizador francês, figura charneira da Nouvelle Vague, morreu hoje aos 89 anos. Apesar de gostar da série de contos das quatro estações do cineasta francês - "Contos de Primavera", "Contos de Verão", "Contos de Outono" e "Contos de Inverno", na década de 90, a verdade é que, como cinéfilo, nunca me considerei um "rohmeriano". Apenas por uma questão de gosto estético. No cinema de Rohmer aprecio a frescura narrativa, a procura do realismo, o intimismo visual, a realização contida. Um notável contador de histórias, simples e directas, com gosto pela abordagem moral da condição humana.
2010 começa, pois, mal para a história do cinema.
2 comentários:
Realmente começa mal. Rohmer é um dos meus tutores intelectuais e sentimentais. Muito cultuado entre cinéfilos aqui no Brasil. Engraçado, gosto mais dos ciclos 'Comédias & Provérbios" e os "Contos Morais". Amor à tarde é meu filme favorito.Ele morreu ativo e com uma obra pronta.
Parabéns pelo blog e bom gosto.
Obrigado Carlos, volte sempre.
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