A actriz Maria de Medeiros foi entrevistada para a revista Sábado a semana passada. Das muitas perguntas feitas pelo jornalista, saliento as que considerei mais interessantes no que diz respeito à sua carreira no cinema - a participação no filme de culto "Pulp Fiction".
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Sábado - Viu Hollywood por dentro. Não se encantou?
Maria de Medeiros - Não. Por vezes, enquanto lá estava, pensava: 'Falta-me o Manuel João Vieira. Quem é que me vai fazer rir? Só encontrei isso no Tarantino. Há muito de Manuel João Vieira nele.
Sábado - Como foi parar ao Pulp Fiction?
Maria de Medeiros - Quando recebi o guião, uma coisa pesada com 150 páginas e complicadíssima, pensei: ' Ele é um génio. Não sei quem é que vai fazer esta coisa estranha, mas quero fazê-la.'
Sábado - Onde é que o conheceu?
Maria de Medeiros - Num festival de cinema minúsculo, e independente, em Avignon. Nada de Cannes, nada de glamour, estávamos a jogar petanca (risos). Ele já tinha visto 'Henry & June' e, depois, voltámos a encontrar-nos no festival de São Paulo. Ele levou-me a ver filmes de terror japoneses, com canhões de metal a sair de dentro dos corpos (risos). Recebi o guião e fui a Los Angeles porque toda a gente tinha de passar no casting. Mas só lá voltei para ensaiar, um luxo.
Sábado - E Bruce Willis, como é?
Maria de Medeiros - Um colega maravilhoso. Eu estava intimidada, mas a atmosfera era a de um filme de amigos. Aquelas pessoas não estavam a ganhar milhões. Era um projecto especial.
9 comentários:
Um belo documento.Acho que a participação da Maria de Mdeiros no PF foi o auge de Portugal na 7.ª Arte
Já estou a ver a Maria de Medeiros a ver os filmes de terror com o Tarantino, eheheh.
Mas, e tenho de responder ao comentário aqui em cima, é óbvio que essa participação portuguesa no Pulp Fiction não foi o auge de Portugal na 7ª Arte...
Auge na 7a arte? Baboseiras. Vem-me à cabeça de imediato Eduardo Serra.
Ou até mesmo Lauro António com o Aurora Submersa (tive a sorte de o ter como professor)...
Querias dizer "Manhã Submersa", Francisco? :) O sentido é parecido, mas não é a mesma coisa.
Por sinal, um belíssimo filme.
Gostei do termo do Francisco, adequa-se perfeitamente, baboseiras ;)
AH AH, também adorei o termo. "Baboseiras"! Hilariante!!!
Ah, espera...
...
Eu diria das pou(quíssimas) coisas interessantes da sua carreira. Só tinha lido a entrevista ao 'i' (http://www.ionline.pt/conteudo/51948-maria-medeiros-quando-li-o-guiao-pulp-fiction-pensei-e-genial) e não achei nada interessante, à parte desse mesmo capítulo. Trabalhar com Tarantino? Fantástico. Auge de Portugal na 7a Arte?Também não me parece.
Triste do nosso país se o nosso auge na 7ª arte fosse um papel super secundário no Pulp Fiction. Que é filmaço.Obviamente.
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