O tema da violência no cinema é um tema recorrente e polémico desde as primeiras experiências com imagens em movimento. Há estudos académicos e livros teóricos que abordam ao detalhe a relação entre a violência e a imagem.
1971 foi um ano particularmente fértil na produção de filmes sobre a violência: “Dirty Harry” de Don Siegel (com o implacável polícia interpretado por Clint Eastwood), “A Laranja Mecânica” de Stanley Kubrick e “Straw Dogs – Cães de Palha” do mestre (maldito) Sam Peckinpah.
Os dois últimos filmes foram banidos e censurados ao longo de décadas, inclusive, em países ditos liberais como a Inglaterra e os EUA pela sua violência explícita e estilizada. “Cães de Palha” é um impressionante manifesto sobre a violência, sem moralismos facciosos. É a história de um homem comum, um professor de matemática interpretado por um perturbante Dustin Hoffman, vai viver para o campo com a sua mulher no intuito de encontrar sossego para o seu trabalho. Acontece que, a partir de dado momento, os habitantes da aldeia invadem o território do casal e inicia-se uma incrível espiral de violência gráfica e realista (como a sequência da violação, à data altamente polémica e ousada). É também um filme sobre como um cidadão comum reage sob extrema pressão psicológica face a situações de brutal e crescente adversidade. Um estudo sobre o lado mais animalesco da mente humana.
Os dois últimos filmes foram banidos e censurados ao longo de décadas, inclusive, em países ditos liberais como a Inglaterra e os EUA pela sua violência explícita e estilizada. “Cães de Palha” é um impressionante manifesto sobre a violência, sem moralismos facciosos. É a história de um homem comum, um professor de matemática interpretado por um perturbante Dustin Hoffman, vai viver para o campo com a sua mulher no intuito de encontrar sossego para o seu trabalho. Acontece que, a partir de dado momento, os habitantes da aldeia invadem o território do casal e inicia-se uma incrível espiral de violência gráfica e realista (como a sequência da violação, à data altamente polémica e ousada). É também um filme sobre como um cidadão comum reage sob extrema pressão psicológica face a situações de brutal e crescente adversidade. Um estudo sobre o lado mais animalesco da mente humana.
Sam Peckinpah, decididamente, foi o cineasta que mais influenciou realizadores como Quentin Tarantino ou Robert Rodriguez, não só com este filme, mas também com aquele que realizou dois anos antes: o fabuloso "The Wild Bunch" ("A Quadrilha Selvagem"), o western em espiral de ultra-violência que "acabou com a mitologia nobre da tradição do western", nas palavras de John Wayne.
1 comentário:
Um dos meus cineastas favoritos, o Peckinpah, e os filmes que mencionas são todos obras-primas.
É engraçado ver como a noção de violência no cinema e a sua "reflexão/espelho" na vida real contemporânea mudou desde os anos 70, e o Bonnie & Clyde e os filmes do grande Samuel Fuller, para a violência gratuita e o gore misógino e sádico dos recentes filmes do Rob Zombie e dos Hostels...
Esses grandes cineastas dos anos 60e 70, como agora se compreende tão claramente, queriam fazer uma reflexão critíco/artistíca sobre o fenémeno da violência e o fascinío que exerce sobre o ser humano, e porque não, sobre o espectador.
E á boleia, criaram grandes filmes (O Sargento da Força Um, um dos meus favoritos).
Enviar um comentário