Já o vi e posso dizer que é um Haneke (do que conheço da filmografia) menor. Sem querer forçar muito, até é pretensioso - pena que não atinja nada de muito relevante. Masca, masca, masca... para pouco. Nada de surpreendente o resultado.
Isso quer dizer o quê? O White Ribbon é uma espécie de Caché feudal... um filme em que acontece tudo sem nada - o mistério, que é marca de água do cinema do Haneke, ou a forma de o explorar como um romancista de 2ª. E sim, prefiro o Caché. Este novo falha. Há qualquer coisa ali errada, de muito forçado para dar ao crítico uma nova forma de ver sempre as mesmas coisas da moral... - intriga, religião, crianças/inocência, eis o cocktail perfeito dos simples. Depois é histórico, de época, o que aglutina logo uma série de acontecimentos, relações sociais/religiosas especificamente daquele tempo, e que pouco valor ou entendimento - visível - tem para a sociedade cosmopolita de hoje. Este era o filme que o Tati fazia quando, em sonho, lhe fosse desvendado o argumento no tapete de entrada da casa de Hitchcock, com o Bergman a beber café com açucar e a ler revistas de humor na sala.
6 comentários:
Já o vi e posso dizer que é um Haneke (do que conheço da filmografia) menor. Sem querer forçar muito, até é pretensioso - pena que não atinja nada de muito relevante. Masca, masca, masca... para pouco. Nada de surpreendente o resultado.
Hum...
Isso quer dizer o quê? O White Ribbon é uma espécie de Caché feudal... um filme em que acontece tudo sem nada - o mistério, que é marca de água do cinema do Haneke, ou a forma de o explorar como um romancista de 2ª. E sim, prefiro o Caché. Este novo falha. Há qualquer coisa ali errada, de muito forçado para dar ao crítico uma nova forma de ver sempre as mesmas coisas da moral... - intriga, religião, crianças/inocência, eis o cocktail perfeito dos simples. Depois é histórico, de época, o que aglutina logo uma série de acontecimentos, relações sociais/religiosas especificamente daquele tempo, e que pouco valor ou entendimento - visível - tem para a sociedade cosmopolita de hoje. Este era o filme que o Tati fazia quando, em sonho, lhe fosse desvendado o argumento no tapete de entrada da casa de Hitchcock, com o Bergman a beber café com açucar e a ler revistas de humor na sala.
Achei o filme muito fraco.
Eu a pensar que ias fala no Avatar…
O Avatar também, mas por outras razões. E à lista podia juntar o novo do Scorsese - "The Shutter Island", cujo trailer é magnífico e promete muito.
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