"Whatever Works", o último filme de Woody Allen, é o regresso à grande forma artística do realizador nova-iorquino. Depois da pujança dramática do díptico "Match Point" (2005) e "Cassandra's Dream" (2007) e do decepcionante "Vicky Cristina Barcelona", eis que Woody Allen volta a revelar todo o seu enorme talento de realizador e argumentista. Talvez não seja por acaso que o argumento deste filme seja já de 1977, altura em que o realizador o escreveu - porventura uma das fases de maior criatividade cómica do cineasta. Entretanto, o argumento ficou na gaveta durante três década. Até agora.
"Whatever Works" revela-se um verdadeiro tratado de escrita para cinema, com acutilantes e inteligentes diálogos, ritmo minucioso da progressão narrativa, notável criatividade de recursos cómicos. É Allen no seu terreno de eleição - a "comédia intelectual" sobre temas como o amor, a morte, o desejo, as relações humanas, a angústia existencial, com Nova Iorque como cenário de fundo, à semelhança de "Manhattan" ou "Hanna e Suas Irmãs".
A interpretação de Larry David como o arrogante, misantropo, fóbico, hipocondríaco, intelectual e "genial" professor Boris Yellnikoff - claro alter-ego de Woody Allen - é notável, com diálogos hilariantes sobre os problemas da vida humana. Boris conhece uma jovem e ingénua rapariga (actriz Evan Rachel Wood) que irá mudar para sempre a sua obstinada visão pessimista das mulheres. Tenta suicidar-se duas vezes, duas vezes falhando a intenção de matar-se, abrindo oportunidade para um recomeço de vida de consequências irresistíveis. Aliás, o desenlace da história é dos mais surpreendentes e divertidos finais dos últimos anos de Woody Allen. Como é habitual nos filmes de Woody Allen, todos os papéis secundários são importantes no desenvolvimento da narrativa, e todos, sem excepção, são muito bem interpretados.
Decididamente, o regresso de Allen ao seu habitat natural (Nova Iorque), depois de uma desigual experiência europeia, só lhe fez bem.
9 comentários:
Não podia estar mais de acordo. Achei este filme de uma sátira, de uma ironia e de uma comicidade tal que o coloco quase no top dos top's.
Realmente muito bom, ao contrário do anterior, "Vicky Cristina Barcelona", que para mim, foi realmente um pouco decepcionante, também.
Cumps.
Estrear em Portugal é que não.. Depois admiram-se da pirataria
Pois, a estreia em salas portuguesas ainda nem está agendada! Miséria.
É um filme muito bom de facto. Tenho o hábito de gostar de tudo, ou quase tudo, que o Woody Allen faz mas este projecto realmente provou que Allen sabe o que faz.
Apesar de tudo, gostei do Vicky Cristina Barcelona. Quanto a Cassandra's Dream e a Match Point, considero-os dois dos melhores trabalhos do realizador.
Abraço
hi all
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