Bem, pelo menos mudou a vida da música electrónica feita em Portugal. Será que este disco será daqui a umas décadas um disco importante, mas injustamente esquecido só conhecido pelos mais atentos às coisas da música? Isso aconteceu com o free pop dos Pop Dell Arte, que é talvez dos discos mais avançados da década de 80 do sec passado, mas muitas vezes algo esquecido. Para todos efeitos será sempre um disco de culto para os conhecedores. Foi um belissimo trabalho teu e uma síntese musical da tua parte fantástica. Foi como pegares nos teus discos todos, cassetes, muitos filmes e meteste tudo numa panela. A tua música é assim. Se fosses americano e com uma pitada de sorte já vivias da música há muitos anos.
Como quem não quer a coisa e em jeito de curiosidade... Não deve ser à toa ter sido este o álbum escolhido. Provavelmente "Metamorphosia" teve mesmo um efeito ou impacto especial na vida do autor.
Só há relativamente pouco tempo (umas semanas) comecei a conhecer o teu trabalho e só me confesso surpreendido. Óptima escolha, como não podia deixar de ser.
Não sei se este disco "mudou a música electrónica em Portugal". O objectivo do meu trabalho não passar por aí. Tens razão quando dizes que este disco, cujo título remete para a ideia de síntese, de reciclagem e de metamorfose (estética, entenda-se) é como se pegasse em todas as minhas referências e as colocasse numa panela em lume brando. No meu outro blogue tenho publicadas entrevistas nas quais explico melhor esta ideia. Modéstia à parte, tenho consciência que a música que faço é cosmopolita e nada deve aos movimentos musicais mais avançados de Nova Iorque ou Londres. E esse é também o reflexo da globalização cultural. Provavelmente, se vivesse nessas cidades e me dedicasse inteiramente à música, teria outro tipo de visibilidade e projecção. Muita gente já mo disse. Mas vivo na cidade que vivo, no país que vivo e nunca me dediquei a 100% à "carreira musical". Ainda assim, não me queixo: tenho um dossiê de imprensa grosso com centenas de referências e críticas elogiosas ao meu trabalho. O João Lisboa, que sei que costuma ler este blogue, foi um dos responsáveis pelo reconhecimento artístico do projecto Kubik, até mais com o primeiro disco, "Oblique Musique". Em 10 anos de actividade, editei 2 discos e dois EPs em netlabels. ´ O próximo disco de Kubik, intitulado "Psicotic Jazz Hall" está pronto a ser editado este ano. Só falta acertar pormenores com a editora e agendar a sua saída. Depois darei notícias.
7 comentários:
Bem, pelo menos mudou a vida da música electrónica feita em Portugal. Será que este disco será daqui a umas décadas um disco importante, mas injustamente esquecido só conhecido pelos mais atentos às coisas da música? Isso aconteceu com o free pop dos Pop Dell Arte, que é talvez dos discos mais avançados da década de 80 do sec passado, mas muitas vezes algo esquecido. Para todos efeitos será sempre um disco de culto para os conhecedores. Foi um belissimo trabalho teu e uma síntese musical da tua parte fantástica. Foi como pegares nos teus discos todos, cassetes, muitos filmes e meteste tudo numa panela. A tua música é assim. Se fosses americano e com uma pitada de sorte já vivias da música há muitos anos.
Como quem não quer a coisa e em jeito de curiosidade...
Não deve ser à toa ter sido este o álbum escolhido. Provavelmente "Metamorphosia" teve mesmo um efeito ou impacto especial na vida do autor.
Só há relativamente pouco tempo (umas semanas) comecei a conhecer o teu trabalho e só me confesso surpreendido. Óptima escolha, como não podia deixar de ser.
Obrigado Rolando.
Não sei se este disco "mudou a música electrónica em Portugal". O objectivo do meu trabalho não passar por aí. Tens razão quando dizes que este disco, cujo título remete para a ideia de síntese, de reciclagem e de metamorfose (estética, entenda-se) é como se pegasse em todas as minhas referências e as colocasse numa panela em lume brando. No meu outro blogue tenho publicadas entrevistas nas quais explico melhor esta ideia.
Modéstia à parte, tenho consciência que a música que faço é cosmopolita e nada deve aos movimentos musicais mais avançados de Nova Iorque ou Londres. E esse é também o reflexo da globalização cultural. Provavelmente, se vivesse nessas cidades e me dedicasse inteiramente à música, teria outro tipo de visibilidade e projecção. Muita gente já mo disse. Mas vivo na cidade que vivo, no país que vivo e nunca me dediquei a 100% à "carreira musical". Ainda assim, não me queixo: tenho um dossiê de imprensa grosso com centenas de referências e críticas elogiosas ao meu trabalho. O João Lisboa, que sei que costuma ler este blogue, foi um dos responsáveis pelo reconhecimento artístico do projecto Kubik, até mais com o primeiro disco, "Oblique Musique". Em 10 anos de actividade, editei 2 discos e dois EPs em netlabels. ´
O próximo disco de Kubik, intitulado "Psicotic Jazz Hall" está pronto a ser editado este ano. Só falta acertar pormenores com a editora e agendar a sua saída. Depois darei notícias.
Disco novo? Olha que boa notícia.
Sim, Rui, será para este ano ;)
Vou ficar alerta :)
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