O realiador francês Jacques Audiard ganhou o Grande Prémio do festival de Cannes, pelo filme "O Profeta" (sobre a máfia infiltrada nas prisões francesas). Como é óbvio, ainda não vi este filme, mas vi o anterior de Audiard: o premiado "De Tanto Bater o Meu Coração Parou" (2005). Um filme que acompanha a frenética e violenta vida de um homem (e os seus esquemas dúbios em negócios imobiliários) e a sua paixão, herdada da mãe, pela música e pelo piano. Filme belo e tenso, com um actor em grande forma e numa notável capacidade interpretativa - Romain Duris - esta obra de Audiard (que tem um original título) revela uma singular visão do cinema, perfeito para para quem procura na sétima arte uma verdadeira estória de um tempo que não deixa de ser o nosso. Um tempo que percorre as angústias e incertezas do personagem principal, numa aventura realista e despojada de artificialismos.
“De Tanto Bater o Meu Coração Parou” é um claro exemplo da boa forma que o cinema francês atravessa na actualidade, um cinema que redefine a narrativa do quotidiano e do pulsar existencial, capaz de surpreender o espectador pela sua intensidade dramática e pela frontalidade naturalista das suas histórias.
Aguardemos, pois, pelo novo filme de Jacques Audiard, "O Profeta".
1 comentário:
"De Battre Mon Coeur s'est Arrêté"
Soberbo, inteligente, libertador...
Romain Duris faz uma representação espantosa de Tom, de 28 anos, uma daquelas que por certo marcarão uma carreira.
Gostei particularmente.
Beijitos.
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