"O meu cinema é centrado na violência, porque é algo impossível de evitar na sociedade moderna em que vivemos. Gostaria que me considerassem um especialista na representação da violência nos media. A nossa cultura está marcada pelo judaísmo e cristianismo, e isso faz com que tenhamos nas entranhas o sentimento de culpabilidade. Não sou um adepto da culpabilidade, mas a ideia de filmá-la tem sido uma grande obsessão para mim. Este meu filme é sobre as raízes do mal, sobre a perversão da natureza humana. O meu objectivo foi mostrar como aqueles que definem os princípios – religiosos, políticos ou ideológicos – de maneira absoluta se convertem em verdadeiros monstros, num sistema de educação muito restrito e rígido para as crianças, cujos acontecimentos ocorreram 20 anos antes do surgimento do nazismo."
Michael Haneke, sobre o filme "The White Ribbon".
O resto da entrevista, aqui.
1 comentário:
Mais um cineasta adepto do esquema "maldita civilização judaico cristã ocidental". É o cinema estatal, pro-Obama. A blindagem do pseudo-progressismo. Como se todas as civilizações não tivessem culpas. Algumas não têm consciência, ou os mouros se arrependem de terem escravizado europeus no mediterrâneo?
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