terça-feira, 19 de maio de 2009

Música e cinema: possibilidades estéticas


(clicar para melhor visualização)
Nesta quinta-feira, dia 21, irei à Universidade da beira Interior, convidado pelo Departamento de Comunicação e Artes, no âmbito da primeira Jornada dedicadà à Música e ao Cinema. O tema será a abordar: "Possibilidades Estéticas da Relação entre Música e Cinema", tendo como ponto de partida a Trilogia Qatsi, de Godfrey Reggio.
A Trilogia Qatsi representa uma revolução na estética audiovisual contemporânea. Herdeiro da linguagem visual das primeiras experiências do documentário sem palavras de Dziga Vertov, Hilary Harris ou Walter Ruttmann, o realizador Godfrey Reggio preconiza uma nova forma de olhar as imagens e ouvir os sons, propondo uma nova relação expressiva entre ambos meios de comunicação e criando uma verdadeira obra de arte audiovisual. Com a música de Philip Glass, Godfrey Reggio mostra-nos um mundo saturado de imagens pré-fabricadas, fruto da sociedade hiper-acelerada e materialista, uma sociedade onde a Natureza foi suplantada pelo advento maciço do modelo de vida moderno tecnológico e digital.
Ao mesmo tempo uma meditação hipnótica em imagens e sons e uma crítica feroz ao estilo de vida alienado do homem moderno, esta primeira obra da trilogia produz no espectador um impacto que tem tanto de emocionante como de atordoador. A música minimal do genial Philip Glass, composta milimetricamente para cada sequência visual, acrescenta uma mais valia estética que enriquece de forma admirável o primeiro filme da trilogia. Esta obra, dado o seu enorme valor artístico, faz parte da colecção permanente do The Museum of Modern Art (Nova Iorque) e do The British Film Institute (Londres).
A apresentação vai procurar estabelecer as relações entre as imagens e a música do filme "Koyaanisqatsi", assim como as principais características e virtudes do cinema inovador de Godfrey Reggio e de como ele configura uma nova era da comunicação audiovisual que influenciou o cinema, a publicidade, a produção televisiva e a cultura do videoclip. Não serão descuradas as influências que o próprio Reggio assimilou oriundas de várias correntes do cinema experimental.
A jornada contará ainda com os temas “Taxi Driver: Motivos e Estilos Musicais”, por Paulo Dias, e “Significação Musical e Definição de “Espaços Cinematográficos”: Trilogia da Morte de Gus Van Sant”, por Helder Gonçalves.

6 comentários:

Stalker disse...

Vou fazer tudo para estar presente.
:-)

Anónimo disse...

Também tentarei assistir :)...
Bjinhos, PGA.

hg disse...

Parecem umas jornadas bastante interessantes. Pena não terem decorrido na semana passada quando, pela primeira vez em muito tempo, lá consegui passar uns dias.
Será que irão lançar um livro mais tarde como se faz nalgumas jornadas com aquilo que lá foi dito? Era bem interessante.
A estética do cartaz é que My God!!! Olha-se para aquilo e não dá vontade nenhuma de ler o que lá está escrito.

Coldsector disse...

Boa noite HG, fui eu que organizei estas Jornadas de Música e Cinema na UBI, lamento que não possas estar presente, de qualquer maneira sendo nós do curso de cinema, vamos gravar as conferências e as curtas musicadas ao vivo, quando depois tiver tudo no pc eu dou ao Victor os Links e poderás então dar uma vista de olhos.

Quanto ás tuas criticas ao cartaz, foi o possível tendo em conta que organizei tudo sozinho, estudo e trabalho, não podia fazer milagres em tão pouco tempo. Para o ano haverá as segundas jornadas, com mais dias e mais actividades e talvez outro cartaz que já te agrade :P

Ana disse...

Deves perceber muito deves hg, com um blog daqueles...

Paula disse...

Desculpa dizer mas pessoas como tu não são bem vindas nas nossas conferências, em vez de elogiarem o trabalho dos estudantes só sabem deitar a baixo, e depois para não falar que a julgar pelo teu blog MY GOD!!! Força António obrigada por nos proporcionares estas conferências. e quanto ao cartaz só ouvi elogios, e curioso que ninguem perdeu a vontade de ler...