Quais os pontos de confluência entre o cinema e a Psicanálise? Para além do facto de terem surgido no mesmo ano, 1895, a 7ª Arte e a Psicanálise criada por Freud, possuem múltiplos pontos em comum (assim como tem com outras artes). Desde logo, com o Surrealismo das imagens de Luís Buñuel
A Psicanálise é entendida como o conhecimento que interpreta fenómenos representados nas imagens cinematográficas como o inconsciente, o desejo subliminar, códigos de representação, projecções do imaginário, a sexualidade reprimida, o universo do sonho, o conflito, etc. Desde cineastas do cinema mudo até Alejandro Jodorowsky, Orson Welles, David Lynch, Fellini, Tarkovski, Woody Allen, Hitchcock entre muitos outros, a Psicanálise tem sido objecto de saber importante para compreender melhor a essência de um certo tipo de cinema. Hitchcock foi um dos realizadores que melhor aproveitou e explorou, de forma mais ou menos explícita, os domínios do inconsciente e dos seus conflitos. Como no filme "Spellbound" (na imagem em baixo), de que falei neste post. Nesta obra claramente freudiana, Hitchcock socorreu-se do pintor Salvador Dalí para criar a sequência do sonho do mesmo filme. Segundo os especialistas, outros filmes de Hitchcock abordam conceitos psicanalíticos para explicar determinados comportamentos humanos (quase todos relacionados com actos criminosos, violento e com distúrbios de personalidade): "Psycho", "Marnie", "Shadow of a Doubt", "Rope", "Rear Window", "The Wrong Man", "Vertigo", e "Frenzy".
A propósito deste tema, a Fundação Serralves organiza um curso para explorar as múltiplas facetas desta relação. De 22 de Setembro a 24 de Novembro de 2009, todas as Terças-feiras, entre as 21h30 e 23h30, decorrerá na Biblioteca de Serralves, o curso "Cinema e Psicanálise: Imagens Reversíveis", orientado por Maria de Fátima Cabral e Eduardo Paz Barroso. Custa... 200€.
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