David Sylvian, músico que foi capa de Setembro da revista Wire, tem já uma longa carreira de 30 anos, e acaba de editar o seu último disco, "Manafon", depois de "Blemish" em 2003. O ex-líder e vocalista do grupo neo-romântico Japan, é admirado pelo seu refinado estilo vocal e pela construção de melodias bem arquitectadas. "Manafon" foi gravado entre Londres, Viena e Tóquio com a ajuda de grandes nomes da música contemporânea: Fennesz, Evan Parker, Keith Rowe, Sachiko M e Otomo Yoshihide.
À primeira audição, "Manafon" é um disco que cresce aos poucos, feito de pormenores sonoros quase imperceptíveis, na esteira do experimentalismo estético dos colaboradores musicais. Um disco intimista (música de "câmara", segundo o músico), de deambulações ambientais e de total entrega emocional. "Manafon" representa uma viagem auditiva de grande sensibilidade e de contínua descoberta. E a voz de Sylvian, com o passar dos anos, continua cada vez mais expressiva e inigualável.
5 comentários:
É um excelente músico, sem dúvida.
Gostei...
;)
O engraçado é que na edição seguinte da Wire a crítica, do Ian Penman, foi bastante, não direi negativa, mas desiludida. O ponto principal foi o de sub-aproveitamento dos convidados, pois a voz parecia estar lá independentemente de tudo quanto eles tivessem feito ou trabalhado.
Não li essa crítica da Wire, mas há uma ponta de verdade nessa abordagem dos músicos convidados versus voz de Sylvian.
Sylvian, uma das vozes mais preciosa de sempre a conservar, o disco, bastante bo, Wire, penso que já deu o que tinha a dar, assim como a grande parte das publicações musicais de renome, faz-me lembrar o nosso Blitz, encontremos o caixote de lixo + próximo.
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