quarta-feira, 6 de maio de 2009

O tal disco para a ilha deserta


A revista Blitz perguntou aos seus leitores aquela pergunta típica e recorrente quando o calor aperta: "Que disco levaria consigo para uma ilha deserta?". Pergunta difícil, dirão alguns, tanto mais difícil quanto mais se gosta de música (como é o meu caso). No entanto, para mim seria muito fácil e óbvia a escolha. Se tivesse que passar o resto dos meus dias numa ilha deserta (que não seriam muitos, de certeza), só poderia ouvir este disco.
Ok, agora a sério.

12 comentários:

Ivo disse...

Quando dizes que não seriam muitos dias estavas a pensar em suicidio?
É que acho que era dificil escolher um disco mais deprimente.
Não ponho em causa a qualidade do disco, mas para levar para uma ilha deserta não me parece o mais apropriado, a não ser que se queira acabar como o Ian Curtis.

Abraço!

Jorge Silva disse...

É uma pergunta dificílima para alguem que ouve e gosta de tanta musica.
Essa é uma boa escolha.
Eu, sinceramente, não faço ideia.
Teria de escolher um disco mais complexo para não ficar farto dele depressa.
Algo do género "Ok Computer" dos Radiohead, canções pop/rock por fora mas com muitos detalhes e sons metidos lá pelo meio.
Ou Mr. Bungle "California"

Simplesmente EU disse...

Ilha deserta!
Ian Curtis!
Suicidio!?
Hummm...
Nada disso.
A VIDA É BELA, mesmo numa ilha deserta... melhores dias viriam, quiçá!!!
Eu, comigo, levava KUBIK, eh, eh, eh.
Bjinhos, PGA.

::Andre:: disse...

Panopticon dos Isis!

Unknown disse...

Ivo: já imaginava que alguém achasse estranha a escolha de “Closer” como disco para uma ilha deserta. Escolhi este simplesmente porque é, talvez, o disco mais importante da minha vida. E não o considero deprimente (melancólico, sim). Também não acho que quem ouve Joy Division tenha tendências suicidas, caso contrário já se tinham suicidado milhares de fãs. Mas eu até gosto de confundir as regras do jogo. Admito que seja, de facto, um disco que não se coaduna com sol, calor e mar azul. Gosto desse sentimento assaz contraditório. Nesta lógica transgressora, se me fosse pedido um disco para um funeral, até era capaz de escolher um disco dos Squirrel Nut Zippers ou dos Gogol Bordello...

Unknown disse...

Jorge: "California" dos Mr. Bungle - muito boa sugestão que eu também partilho.

Unknown disse...

Simplesmente EU: Kubik também se adaptava ao ambiente ;)

Questiuncas disse...

Estava a ler o post, e ainda sem o ler na totalidade já imaginava qual seria o disco que levaria.
Pena não ter a mesma pontaria para os números do euromilhões.
Sem dúvida que é uma excelente escolha.

F disse...

Também não acho "Closer" deprimente.
A primeira coisa que pensei foi o Alina de Arvo Pärt. Ouvir o tema Für Alina enquanto se apanha o quentinho do sol no corpo é um prazer.
Depois achei que talvez fosse melhor uma música mais variada, mais adequada à natureza em bruto de uma ilha deserta. O Bach to Africa é uma possibilidade. Tem a voz humana, a referência a Bach, ritmo, melodia... Ou, então, mesmo Bach. Ou Jacques Loussier a tocar Bach à sua maneira...
Ilha deserta? Are you talking to me?
Eu ia, mas levava os amigos!

Sérgio Currais disse...

Eu levava o Stories from the city, stories from the sea, da PJ Harvey. "Nem tanto à terra, nem tanto ao mar"…

rui g disse...

Assim de rajada, qualquer coisa entre "Kind of Blue" e "Veedon Fleece".

john disse...

Levava o Amnesiac, dos Radiohead, e tentava esconder o The Bends na caixa algures...

... o Closer é uma excelente escolha, diga-se de passagem.