Errol Flynn nasceu há 100 anos. Entrou no cinema por mero acaso. Era apenas um figurante que viria a substituir (pela sua boa aparência) o actor principal no épico de aventuras "Capitão Blood" (1935), de Michael Curtiz. A fama surgiu da noite para o dia. Filmes de aventuras e de capa e espada, nos quais Errol desempenhava sempre o papel de herói romântico, foram as contribuições principais do actor na história do cinema (lembro-me bem de ver os filmes de aventuras de Errol Flynn na televisão quando era miúdo, aos sábados à tarde). Errol Flynn cultivou um estatuto de vedeta e de herói cinematográfico que hoje em dia, simplesmente, já não existe.
Rebelde e hedonista, verdadeiro Don Juan empedernido, rico e famoso, a sua vida fora dos ecrãs conseguiu ser ainda mais aventureira e boémia. O seu lema de vida, disse-o um dia, baseava-se simplesmente nesta premissa: "I like my whisky old and my women young.” Marilyn Monroe chegou a dizer que, numa festa privada, Errol Flynn, embriagado, tocou piano com o... pénis. Devido aos excessos, acabou por ver a sua saúde ressentir-se e, no período do pós-guerra, a sua carreira começou a entrar, lentamente, em declínio. Passou os últimos anos da sua vida no seu iate ancorado num porto da Jamaica, onde escreveu a sua biografia, que viria a ser publicada postumamente. Morreu com apenas 50 anos.
Neste dia dos 100 anos do nascimento deste ícone de Hollywood, a RTP em boa hora programou uma noite especial sobre o actor:
- Às 20h48 transmite o recente documentário "Tasmanian Devil: The Fast and Furious Life of Errol Flynn".
- Por volta das 22h44, o clássico filme de aventuras, "O Gavião dos Mares" (1940).
- E já perto da 1 da madrugada, "O Rebelde Aventureiro" (1953).
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