quarta-feira, 17 de junho de 2009

Quando os livros eram queimados


Ao visitar o Iraque em 2003 para investigar a destruição de bens culturais daquele país após a invasão dos EUA, o escritor e investigador venezuelano Fernando Báez deparou-se com Emad, um jovem estudante de História na Universidade de Bagdad, que lhe perguntou porque é que o homem destruía tantos livros. Apesar de ser um especialista na matéria, Báez ficou calado nesse momento e a resposta veio em forma de livro um ano depois: "História Universal da Destruição dos Livros", um relato extenso e bastante completo concebido por uma autoridade no campo da história das bibliotecas e também por um apaixonado pelos livros desde a infância.
As formas de destruição de livros evoluíram conforme a época e os métodos utilizados: desde desastres naturais ou provocados, passando pelas simples ordens religiosas ou políticas de queima de livros inconvenientes até furtos em equipamentos culturais como bibliotecas, arquivos e museus de onde são furtados títulos com o objectivo de alimentar uma rede de compradores espalhados pelo mundo. A história da Humanidade está repleta de relatos de destruição de livros. Apesar do significativo trabalho dos religiosos copistas, é bastante conhecido o trabalho de censura e de destruição de livros pelo regime nazi ou pela Santa Inquisição. Hoje, a Igreja Católica já não queima livros, mas adopta outro método mais subtil: aconselha aos seus fiéis a não lerem "O Código da Vinci", de Dan Brown, como também já o fizeram as autoridades religiosas islâmicas em relação aos "Versos Satânicos", de Salman Rushdie, considerado um inimigo do Islão.
Este livro tem relação com o célebre filme de François Truffaut.

O fanatismo nazi a queimar livros na praça pública em 1933.

2 comentários:

F disse...

Teremos sempre a possibilidade de os memorizar. :)

Filipe disse...

Exacto. É impossível ler este post sem nos lembrarmos do 451.
Quando a este livro, é bem capaz de ser interessante - obrigado por mais esta dica. :)