segunda-feira, 15 de junho de 2009

Hannibal Lecter, by Brian Cox


Antes de Anthony Hopkins ter imortalizado a figura sinistra de Dr. Hannibal Lecter, já Brian Cox encarnava (na imagem), de forma igualmente magnética e magistral, a personagem no filme muito comentado mas pouco visto, "Manhunter" ("Caçada ao Amanhecer"), de Michael Mann (o cineasta que fez a obra-prima "Heat"). Estávamos em 1986, e nesse ano, Anthony Hopkins interpretava um papel não menos exigente (mas mais clássico): King Lear, de Shakespeare no Teatro Nacional de Inglaterra. Só em 1991, com o célebre "Silêncio dos Inocentes", é que Hopkins faria a interpretação da sua vida. Mais curioso ainda: quando Hopkins interpretou Lecter no filme de Jonathan Demme, Brian Cox interpretava King Lear no Teatro Nacional!
Curiosamente, David Lynch foi o primeiro realizador convidado pelo estúdio para adaptar ao grande ecrã o livro de Thomas Harris ("Red Dragon"), mas por impossibilidade de agenda, a realização foi parar às mãos de Mann. A verdade é que "Manhunter" se tornou rapidamente num filme de culto e, para muitos cinéfilos, é um objecto de cinema superior ao filme "Silence of the Lambs" (e respectivas sequelas). Brian Cox interpreta de forma magnética o papel do fascinante e terrível Hannibal Lecter e a realização é soberba na gestão do suspense e da tensão emocional.
Infelizmente, não existe edição em DVD deste clássico no mercado nacional. Mas do mal o menos: o site My One Thousand Movies resolveu o problema disponibilizando o filme de Michael Mann para download, com uma qualidade muito assinalável. Para descobrir e ver um dos grandes thrillers da década de 80. Abrir aqui.

10 comentários:

Luís A. disse...

Uma vez que sou um enorme fã deste filme e do realizador em causa, aqui vão uns reparos que espero que não leves a mal:

1- em manhunter é Hannibel Lector
2- existe um edição nacional em dvd (mas despida de extras)
3- como dizes e muito bem é um dos maiores thrillers dos 80's e arrisco dizer, de sempre!

abraço

Unknown disse...

Obrigado Luís.

Por acaso já me tinha fartado de procurar uma edição portuguesa do filme e nunca encontrei, daí ter deduzido que não havia.

O IMDB refere que Brian Cox interpreta Hannibal Lecktor. Já não percebo nada. Só revendo agora o filme se poderá chegar a uma conclusão.

My One Thousand Movies disse...

Tive agora mesmo a ver os créditos finais e vem lá Lecktor. Enfim, pormenores :)
Para mim este filme também é superior ao "Silêncio dos Inocentes".

Abraço

Luís A. disse...

Lecktor nem mais!:) E o Petersen nunca esteva tão intenso e vulnerável.

My One Thousand Movies disse...

Há outro filme do Petersen que eu também quero arranjar. Outro clássico dos anos 80. "Viver e Morrer em Los Angeles" do William Friedkin. Outra pérola esquecida.

Unknown disse...

"Viver e Morrer em Los Angeles"! grande filme. Tem uma excelente sequência de perseguição automóvel. Aliás, gosto de quase tudo do Friedkin, inclusive do último "Bug".

Luís A. disse...

Com a melhor perseguição automóvel dos anos 80, cortesia de um William Friedkin diabólico ao volante da realização. Os 80's nem foram assim tão maus...:)

My One Thousand Movies disse...

Eu vou lá por esse em breve. Agora ando a tratar dos filmes do Werner Herzog, para um ciclo na próxima semana.
Eu tmb adoro o William Friedkin. Pena que a maioria dos grandes realizadores dos anos 80 (Friedkin, Lumet, Dante, Carpenter) agora estejam atirados para a "segunda divisão" de Hollywood. Quem manda agora são os realizadores de videoclips, que fazem os filmes que a "malta gosta".

Álvaro Martins disse...

Para mim é novidade, desconhecia tal filme. Tenho que ver.

7Olhares disse...

my one thousand movies, a verdade é que são sempre os realizadores que fazem o que a malta gosta que têm o destaque principal, os outros têm o seu lugar, esses realizadores q disseste ainda fazem todos filmes actualmente. Já agora, o Lumet, para mim, nem é tanto um grande realizador dos anos 80, os melhores trabalhos dele foram feitos antes. e para mim por vezes trabalhar na segunda divisão até acaba por ser melhor para os realizadores, para os seus filmes e, consequentemente, para nós que os vemos.