quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Discos que vão de 0,0 a 10,0


Sempre achei os critérios de classificação de discos da Pitchfork um exagero. Enquanto que na imprensa portuguesa (e não só), a classificação se situa entre a nota 0 e a 5, ou entre a 0 e a 10, na Pitchfork vai de 0,0 a 10,0. Significa que há discos com pontuação tão preciosista e minuciosa como 4,3 ou 7,7. A minha dúvida de sempre é: o que difere um disco avaliado, por exemplo, com nota 8,4 de um com 8,3? Ou 8,5?
De qualquer forma, dado o preciosismo desta classificação, fui pesquisar quais os discos que a Pitchfork pontuou com a rara nota máxima, 10,0, atribuída a discos considerados "perfeitos". Dentro desta exigente pontuação, encontrei discos de Amon Tobin, Radiohead, DJ Shadow, Bob Dylan, Sonic Youth, Glenn Branca ou Wire. No extremo oposto, com nota 0,0, a qual deve ser considerada autêntico lixo poluente, vi referências a discos de Kiss, Liz Phair, Francisco Lopez, ou The Flaming Lips.
Velhos tempos em que Miguel Esteves Cardoso, aquando da sua fase de crítico musical no livro "Escrítica Pop", classificava os discos péssimos com... baldes de excremento (desenhados e tudo!).

8 comentários:

hg disse...

Eu, quando uso o computador para ouvir música, costuma, algumas vezes, pontuar as músicas que vou ouvindo no iTunes. Uma forma de, mais tarde, evitar ou recuperar coisas que gostei antes. Com essas pontuações dadas a cada música é fácil conseguir esses valores tão precisos. O que eles valem, isso já é outra história.

Francisco Maia disse...

Lembro-me bem de ter esse problema quando era mais gaiato relativamente aos jogos. O que distinguia um jogo de 89% de um de 87%?

Felizmente, não leio críticas. Nem de música nem de cinema.

aproveito para deixar aqui uma frase que li no outro dia. Estava atribuída a Zappa mas já percebi que possivelmente não é dele (embora se enquadre perfeitamente no seu tipo de pensamento).

"Writing about music is like dancing about arquitecture."

::Andre:: disse...

Não gosto de pontuações, nada mesmo. A Rock-A-Rolla é das poucas revistas que não usa esse sistema. Não basta escrever sobre o álbum? Para quê o número no fim?

Rui Carvalho disse...

EU AINDA TENHO A primeira EDIÇÃO DO
livro "Escrítica Pop" DO MIGUEL.......
ABRAÇO...

Rui Carvalho disse...

eu também não gosto das pontuações e das listas, mas há sempre um mas......por vezes ajudam-nos a reparara mais naquela banda e não na outra porque teve mais .....
nós é que temos de saber separar os critérios sujectivos, e não nos deixarmos ir há boleia....

Filipe disse...

Também é engraçado ver como alguns já tiveram um 10,0 e um 0,0. Sonic Youth e Flaming Lips, por exemplo.

Unknown disse...

Filipe: é uma boa observação.

Luis Baptista disse...

Penso que não passa de uma questão de subjectividade, apenas...