Rage Against The Machine "The Battle of Los Angeles" (1999)
terça-feira, 30 de julho de 2013
O que diz Tarkovski #6
"Para mim, a música no cinema é aceitável quando usada como um refrão. Quando nos deparamos com um refrão num poema, nós voltamos à causa primeira que estimulou o poeta a escrever os versos. O refrão faz renascer em nós a experiência inicial de penetrar naquele universo poético. Com a música no cinema passa-se o mesmo."
domingo, 28 de julho de 2013
Manoel de Oliveira: 15 curiosidades
1 – A família de Manoel de Oliveira descende de Afonso Henriques.
2 – Foi campeão nacional de salto à vara, pelo Sport Club do Porto.
3 – A montagem do filme “Douro, Faina Fluvial”, foi feita em casa dos pais, em cima de uma mesa de bilhar.
4 – Nos anos 30, escreveu “Prostituição”, a história real que lhe contou uma prostituta. O filme nunca foi feito.
5 – O regime fechou-lhe as portas e passou 14 anos sem filmar, Em 1946, dedicou-se à viticultura, na quinta da família, no Douro.
6 – Em 1958 fez um documentário sobre uma operação de coração aberto – “Coração” – mas nunca o terminou.
7 – A mulher salvou-o de cair ao rio durante as filmagens de “Acto da Primavera” (1963). O brilho do sol na água ofuscou-o.
8 – A PIDE considerou “Acto da Primavera” um filme subversivo e prendeu Oliveira na cadeia do Aljube. Saiu da prisão graças a uma cunha do amigo Manuel Meneres.
9 – Realizou “Memórias e Confissões” (1981), história da sua família, que só será divulgado depois da sua morte.
10 – Com 7 minutos de duração, “A Propósito da Bandeira Nacional” (1987) é o seu filme mais curto. O mais longo é “Le Soulier de Satin” (1985), com 6 horas e 50 minutos.
11 – Dedicou o filme “O Dia do Desespero” ao neto David, falecido em 1990.
12 – Nas filmagens do filme “O Convento” (1995) teve uma discussão acesa com a actriz francesa Catherine Deneuve.
13 – Guarda os recortes de jornais com as criticas aos seus filmes.
14 – Foi mau aluno e começou a ler tarde. Para alem de realizador, foi atleta, trapezista, piloto de automóveis, actor, vinicultor e negociante.
15 – Passou o centésimo aniversário na rodagem do seu filme, “Singularidade de Uma Rapariga Loura”, a partir da obra de Eça de Queiroz.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
At the Drive-In
Tenho uma falha na minha vida cinéfila: nunca assisti a um filme num drive-In (como aqueles que havia na década de 1950 e 60). Gostava de ter passado por essa experiência de ver cinema (e ouvir a respectiva banda sonora dentro do carro) e olhar para um gigantesco ecrã juntamente com um grande número de cinéfilos automobilistas.
PS - E At The Drive-In foi o nome de uma grande banda rock dos anos 1990...
PS - E At The Drive-In foi o nome de uma grande banda rock dos anos 1990...
Descarrilamento: ficção e realidade
O terrível acidente de comboio de alta velocidade que ocorreu em Santiago de Compostela é deveras devastador. Pelo menos 80 mortos num descarrilamento de proporções raramente vistas.
O cinema já representou por diversas vezes acidentes de comboio, o último dos quais (que me lembre), foi em "Super 8" (2011) de J.J. Abrams. Quase no início do filme, há uma cena impressionante de um descarrilamento de um comboio devido a um choque com uma viatura. Um grupo de jovens tenta escapar às consequências trágicas do acidente. Claro que todas as imagens desta sequência são feitas através de efeitos especiais gerados por computador. Mas não deixa, por isso, de impressionar pela tremenda violência mostrada.
Mas um filme é sempre ficção e entretenimento fátuo. O horror da tragédia espanhola, bem real, dificilmente será esquecido algum dia...
terça-feira, 23 de julho de 2013
Fnac: promoção imbatível
A cadeia de lojas Fnac é frequentemente criticada por promover uma política de preços elevada. Pois bem, para contrariar esta opinião e para comemorar os seus 15 anos de vida em Portugal, a Fnac resolveu dinamizar uma promoção imbatível (exclusiva no site) ao nível dos mais variados produtos: livros, DVD, tecnologia, CDs e instrumentos musicais. Há produtos que começam nos 5€ e que chegam aos 80% de desconto.
Só para dar alguns exemplos: que tal comprar a caixa de filmes de Max Ophuls ou de Douglas Sirk por apenas 15.90€ (quando o preço original é de 40€)? Ou os clássicos da literatura contemporânea como Philip Roth, John Updike, Roberto Bolaño ou Martin Amis por apenas 8€ ou 9€? E há muito mais... Não se atrase porque esta promoção só decorre até esta quarta-feira e pesquise pelos seus produtos culturais favoritos aqui.
"Os Gigantes" - ver e ouvir
Há descobertas assim: ao acaso.
Numa simples deambulação pela internet cinéfila, descobri a existência de um filme que nem de nome conhecia: "Les Géants" ("Os Gigantes"). É de 2011 e realizado pelo actor, argumentista e realizador belga (é a sua terceira longa-metragem) Bouli Lanners. As críticas que li são excelentes e o filme ganhou o Prémio da Quinzena dos Realizadores do festival de Cannes 2011. É a história de dois irmãos (13 e 15 anos) que passam as férias num bosque à beira rio. Conhecem um terceiro rapaz e aí começa uma amizade inesperada...
Numa simples deambulação pela internet cinéfila, descobri a existência de um filme que nem de nome conhecia: "Les Géants" ("Os Gigantes"). É de 2011 e realizado pelo actor, argumentista e realizador belga (é a sua terceira longa-metragem) Bouli Lanners. As críticas que li são excelentes e o filme ganhou o Prémio da Quinzena dos Realizadores do festival de Cannes 2011. É a história de dois irmãos (13 e 15 anos) que passam as férias num bosque à beira rio. Conhecem um terceiro rapaz e aí começa uma amizade inesperada...
Ainda não vi o filme, mas fiquei absolutamente rendido face ao magnífico trailer: filmado com superior bom gosto, uma fotografia belíssima que realça a tonalidade verde da paisagem, inexistência de diálogos e música intimista do projecto The Bony King of Nowhere - um jovem belga cantor de folk.
Aliás, mais do que um trailer, este é quase um videoclip com imagens do filme. A relação entre a bela e melancólica canção e as imagens provoca logo um estímulo emocional e despoleta no espectador um imaginário sobre a possível história daqueles adolescentes. Vale a pena escutar o resto das músicas do filme aqui.
Aliás, mais do que um trailer, este é quase um videoclip com imagens do filme. A relação entre a bela e melancólica canção e as imagens provoca logo um estímulo emocional e despoleta no espectador um imaginário sobre a possível história daqueles adolescentes. Vale a pena escutar o resto das músicas do filme aqui.
Raramente um simples trailer me pressionou tanto para ver o filme o mais rapidamente possível:
segunda-feira, 22 de julho de 2013
(Inebriantes) Savages
São quatro intrépidas mulheres que se juntaram para fazer música. Existem há menos de dois anos e editaram um EP e um álbum (este ano) aclamado pela crítica - "Silence Yourself". Deram um dos melhores concertos do festival Optimus Primavera Sound em Junho e voltam a Portugal (Lisboa) no dia 13 de Outubro. A sua música, misto de energia de riffs possantes e de uma voz que deve tudo a Siouxsie Sioux e Ian Curtis (Joy Division), vai beber directamente à sonoridade pós-punk.
Apesar das óbvias influências das bandas de guitarra independentes dos anos 80, as Savages criaram uma identidade estética própria com muito carisma e são já uma confirmação do actual panorama do rock. E isso nota-se em temas fantásticos como este "Husbands":
domingo, 21 de julho de 2013
Diálogos minimalistas
Há filmes com muitos diálogos e filmes minimalistas com quase nenhuns diálogos. Ter muitos ou poucos diálogos num filme não é forçosamente um indício de filme medíocre ou de filme muito bom. Depende de outros factores, como a qualidade do enredo, da realização e, sobretudo, da interpretação.
O site Flavorwire elaborou uma lista de 10 filmes caracterizados por uma espartana economia de diálogos. Por acaso, desta lista, considero que são todos filmes bons e interessantes, mas fazendo um esforço de memória dou-me conta que faltam exemplos demonstrativos do minimalismo de diálogos no cinema, como: "Gerry" (2002) de Gus Van Sant, "Duel" (1971) de Steven Spielberg, "O Cavalo de Turim" (2012) de Béla Tarr, "Solaris" (1972) de Andrei Tarkovski, "O Náufrago" (2000) de Robert Zemeckis, "Ossos" de Pedro Costa, "Ariel" (1988) de Aki Kaurismaki ou "Mãe e Filho" (1997) de Alexander Sokurov.
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Na imagem, "O Samurai" (1967) de Jean-Pierre Melville.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
"Dumbland" de David Lynch
Confesso que nunca tinha visto com atenção a mini-série de animação "Dumbland" de David Lynch. Produzida em 2002 e editada em DVD em 2005, "Dumbland" é um conjunto de pequenos episódios (2, 3 minutos) que o próprio Lynch divulgou no seu site oficial. No total foram feitos 8 episódios, com uma duração final de 33 minutos.
Só agora, dez anos depois, me dei ao trabalho de ver todos os episódios desta louca animação de Lynch. Na verdade, este é o universo lynchiano puro e duro, bizarro e negro, sarcástico e escatológico, violento e surreal, tão ou mais do que o realizador revela nos seus filmes. Basicamente, "Dumbland" é cosntituído por pequníssimos episódios nos quais vemos Randy, o bruto, estúpido e violento chefe de uma família disfuncional e completamente alienada.
Cada episódio conta uma história breve, repleta de humor corrosivo e violência absurda até à náusea. A crítica feroz à sociedade americana está implícita em cada episódio.
Cada episódio conta uma história breve, repleta de humor corrosivo e violência absurda até à náusea. A crítica feroz à sociedade americana está implícita em cada episódio.
A estética de animação de "Dumbland" é, propositadamente, rude e básica (em conformidade com o teor agreste das pequenas histórias). A sonoplastia é rigorosa e cuidada, realçando os aspectos absurdos de todo aquele universo grotesco e surrealista. Há momentos de puro humor absurdo e hilariante (os Monty Python deviam adorar), mas não é um humor para todos os gostos.
Neste vídeo estão compilados os 8 episódios (legendados em espanol) desta louca série de David Lynch:
terça-feira, 16 de julho de 2013
Orson Welles na fotografia
Encontrei esta imagem no Facebook. Não sei de quem é a autoria e desconheço qual o ano de origem. Pouco importa (ou talvez não). O que sei é que se trata de uma das mais espantosas fotografias que já vi com Orson Welles. Quero acreditar que nada nesta imagem foi encenado (o raio de sol, o fumo, as sombras...) e que a composição plástica resultou de um feliz momento de espontaneidade. É como se esta fotografia pudesse ter sido retirada de um filme barroco e superiormente estético de Welles, como "Touch of Evil" ou "Macbeth". Mas não. Trata-se apenas (e já é muito) de uma belíssima fotografia tirada a um cineasta no sítio certo, no momento certo.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Wim Wenders, os anjos e Nick Cave
É mais forte do que eu: de tempos a tempos sinto necessidade de rever esta sequência musical do mítico filme "As Asas do Desjo" (1987) de Wim Wenders. Este belíssimo filme - passado em Berlim pré-derrube do Muro - sobre dois anjos que querem compreender as emoções humanas inclui este sublime momento em que, durante um concerto de Nick Cave and The Bad Seeds, os anjos percebem quão intensa e emocional pode ser a música para os humanos. E não podia ser de outra forma, porque Nick Cave canta o explosivo "From Her To Eternity".
domingo, 14 de julho de 2013
Música e Cinema: exposição
Chama-se "Musique & Cinéma: Le Mariage du Siécle" (Música e Cinema: a Relação do Século), é um evento que conjuga uma grande exposição sobre o tema e muitas outras actividades (e um catálogo de 300 páginas). A relação entre estes dois temas interessa-me profundamente, como já dei conta inúmeras vezes neste blogue. Adoro cinema e adoro música, são duas áreas da minha especial predilecção, pessoal e profissional.
Logo, poder ver esta exposição ao vivo seria um grande privilégio. Está patente em Paris até dia 18 de Agosto. Ora, dá-se a coincidência que em Agosto irei passar uma semana de férias em Paris, pelo que dificilmente irei deixar passar ao lado a oportunidade de ir ver esta magnífica exposição sobre um tema tão rico e apaixonante como este.
Logo, poder ver esta exposição ao vivo seria um grande privilégio. Está patente em Paris até dia 18 de Agosto. Ora, dá-se a coincidência que em Agosto irei passar uma semana de férias em Paris, pelo que dificilmente irei deixar passar ao lado a oportunidade de ir ver esta magnífica exposição sobre um tema tão rico e apaixonante como este.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Carros e filmes
Um jovem espanhol chamado Jesús Prudencio, licenciado em Belas Artes, designer gráfico e ilustrador, a residir actualmente em Sevilha, é um amante de cinema e de carros. Na sequência destas suas paixões, o artista resolveu recriar posters de cinema nos quais o veiculo automóvel desempenha um papel preponderante. São posters minimalistas e com uma linguagem visual muito apelativa. O projecto tem um nome explícito: "Cars and Films". Vale a pena ver mais aqui.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
O vento em Tarkovski e Tarr
Quem lê regularmente este blog sabe que tenho uma especial adoração pelo cinema de Andrei Tarkovski e de Béla Tarr. Há quem defenda que o cineasta húngaro deve muito ao cineasta russo. Não saberia medir em termos quantitativos, mas é verdade que Tarr foi fortemente influenciado pela cinema metafísico de Tarkovski. Não só pela temática abordada - deambulações existenciais, presença e ausência de Deus, perda de fé na humanidade; mas também nos aspectos formais - longos planos-sequência, montagem minuciosa, estética visual densa e apurada.
Ora, quem viu o filme "Satantango" (1994) de Béla Tarr ou o recente "O Cavalo de Turim" (2012) sabe como a presença do vento era um elemento dramático e até cénico no seu cinema (como nesta cena). A questão é que o vento era também um elemento da natureza muito presente na estética tarkovskiana. Como no filme "O Espelho" (1975), no qual há várias cenas memoráveis e poéticas com o força do vento a varrer toda a paisagem:
HAL vs. IBM
Há certos rumores interessantes à volta do cineasta Stanley Kubrick e dos seus filmes. Um deles tem a ver com a obra-prima "2001, Odisseia no Espaço" (1968) e o supercomputador HAL 9000, verdadeira personagem dotada de vontade própria. Este computador da nave espacial da obra de Kubrick, representado por uma intensa luz vermelha e uma voz arrepiantemente neutra, revoltou-se contra os humanos tripulantes, sem se saber ao certo quais as causas ou motivações para tal.
O rumor é este: segundo algumas fontes, o nome HAL deriva de IBM, uma das mais conhecidas empresas de informática do mundo. E qual a relação? Cada letra de HAL é exactamente uma anterior, alfabeticamente, às letras de IBM.
Constava-se que a designação HAL representava uma forma subtil de crítica ao então emergente papel do computador na vida humana. No entanto, o realizador sempre negou a veracidade deste rumor. O próprio escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, cuja obra inspirou o filme de Kubrick, contrariou essa eventual propositada relação entre IBM e HAL: "Teríamos mudado o nome se tivéssemos percebido a coincidência", escreveu Clarke.
Talvez sim, talvez não...
Constava-se que a designação HAL representava uma forma subtil de crítica ao então emergente papel do computador na vida humana. No entanto, o realizador sempre negou a veracidade deste rumor. O próprio escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, cuja obra inspirou o filme de Kubrick, contrariou essa eventual propositada relação entre IBM e HAL: "Teríamos mudado o nome se tivéssemos percebido a coincidência", escreveu Clarke.
Talvez sim, talvez não...
domingo, 7 de julho de 2013
"The Shining": a prequela
Há uns anos circulou um rumor que dizia da possibilidade de Hollywood fazer uma sequela do clássico de terror "The Shining" (1980) de Stanley Kubrick. Nunca foi confirmado.
Agora, parece que é oficial: em vez de uma sequela, vai haver uma... prequela, Tal notícia doi confirmada pelo autor no blogue Bitaites, Marco Santos: a Warner Brothers quer filmar a prequela de "The Shining" e quem vai escrever o argumento do filme é Glen Mazzara, argumentista e produtor executivo da terceira temporada da série The Walking Dead.
Sinceramente, duvido muito da utilidade de fazer uma prequela de um filme tão icónico como este. Tudo dependerá da qualidade do argumento, do elenco e, principalmente, do nome do realizador.
Toda a notícia aqui.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
A grande ilusão
"The Great Gatsby" de Baz Luhrmann é um filme sofrível mas visualmente sumptuoso. Claro que para recriar os loucos anos 1920 de Nova Iorque só foi possível recorrendo a efeitos digitais sofisticados e meticulosos que recriaram na perfeição os cenários urbanos e arquitectónicos daquela época.
O responsável técnico pelos efeitos visuais do filme, Chris Godfrey, resolveu colocar no Vimeo um vídeo de 4 minutos onde revela muitas cenas do antes e depois dos efeitos digitais. Vídeo que demonstra que os actores actuaram em quase todas as grandes cenas com um fundo azul ou verde.
Para ver aqui.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Gostar e não gostar
Às vezes sou assaltado por uma dúvida metódica: será possível que haja pessoas que gostem ao mesmo tempo de artistas ou objectos artísticos, aparentemente, antagónicos. Por exemplo: gostar dos filmes de Béla Tarr e do blockbuster "Man of Steel"? Ou ser um apaixonado da música de Bach e de Shakira? Ou da literatura de Marcel Proust e de literatura 'light'?
Sinceramente, apesar de conhecer pessoas que se assemelham muito a esta configuração de gosto, a verdade é que não me parece ser "possível" haver gostos estéticos tão antagónicos. É que gostar de uma determinada manifestação artística é partilhar de um ideário estético determinado que não pode relacionar-se com outro completamente diferente.
Ou seja, quem gosta do cinema exigente e formalista do húngaro Béla Tarr, não pode gostar (atenção: do mesmo modo e no mesmo sentido) que um blockbuster qualquer de Verão cuja linguagem é vazia de conteúdo estético.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Hollywood: o lado trágico
Sabemos como o mundo do estrelato artístico (cinema, música ou literatura) é um mundo de fama e proveito mas também de muitas tragédias e sofrimentos. Hollywood, neste aspecto em particular, tem sido um autêntico viveiro de desgraças (mais ou menos anunciadas, mas ou menos surpreendentes). Excessos derivados a drogas, álcool, doenças súbitas ou comportamentos de risco (como a alta velocidade automóvel) proporcionaram mortes precoces. E ceifaram vidas e carreiras auspiciosas.
James Dean ou Rudolfo Valentino são apenas dois exemplos mais famosos.
Sabia que a Diva do cinema Carol Lombard morreu com apenas 32 anos vítima de desastre de avião? Ou que a actriz Natalie Wood morreu afogada aos 42 anos? E que Veronica Lake, a sensual e esbelta loura do cinema clássico, morreu de hepatite aos 54 anos?
Este vídeo compila alguns desses casos de vida do cinema que acabaram de forma trágica e cedo demais. Mas atenção: a lista está consideravelmente incompleta.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Kubrick no set de "Lolita"
Parece uma fotografia encenada: pela pose dos homens, pelo enquadramento, pela própria luz da imagem. Mas não, trata-se de uma fotografia de produção da filmagem do filme "Lolita" (1962) de Stanley Kubrick. O clássico livro erótico escrito por Vladimir Nabokov fora adaptado, com todos os riscos inerentes, pelo (já então) mestre Kubrick.
E esta fotografia revela qualquer coisa de mágico e enigmático no seio da sua composição: o olhar extremamente atento de Kubrick (sem a barba que o caracteriza e com a sua máquina fotográfica Leica ao peito), o director de fotografia do outro lado, um assistente de megafone em punho e o holofote no meio do poste de iluminação e da árvore... Tudo parece demasiado encenado para parecer uma mera fotografia espontânea de produção.
No final de contas, tratando-se de Kubrick, 'who knows'?
A irreverência do pequeno Alvy
Médico: "Porque é que o seu filho está deprimido?"
Mãe de Alvy: "Diz ao doutor Flicker! Doutor, é qualquer coisa que ele leu..."
Médico: "Qualquer coisa que leu, hã?..."
Alvy (9 anos): "Sim, o universo está a expandir-se."
Médico: "O universo está a expandir-se?"
Alvy: "Bem, o universo é tudo, e se está a expandir-se, qualquer dia vai explodir e será o fim de tudo!"
Mãe de Alvy: "E o que é que tu tens a ver com isso? Doutor, ele até deixou de fazer os trabalhos de casa!" Alvy: "E para quê, se o universo vai acabar?"
Mãe de Alvy: "Mas o que é que o universo tem a ver com isso? Tu vives em Brooklyn! E Brooklyn não está a expandir-se!"
Médico: "O universo vai continuar a expandir-se durante milhões de anos, Alvy. E devemos aproveitar o tempo enquanto andamos por cá."
In "Annie Hall" (1977), Woody Allen
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