Mostrar mensagens com a etiqueta David Lynch. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta David Lynch. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Cinema e saúde mental

No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental da Escola Superior de Saúde de Viseu, fui convidado a dissertar sobre a relação entre o cinema e a saúde mental. Aceitei o desafio como aceitei, há três anos, dissertar sobre o suicídio e o cinema (ver aqui) num simpósio sobre o tema. O título que escolhi: "A Psique Cinematográfica: A Saúde Mental Representada no Cinema".

Foi um bom desafio que me obrigou a ver (ou rever) uma série de filmes e a investigar literatura especializada. Após elaborar uma pré-selecção de 60 filmes, reduzi a apresentação para 35 títulos que me pareceram absolutamente incontornáveis. Dois critérios essenciais serviram para essa selecção: a qualidade cinematográfica/artística de cada filme escolhido e a relevância temática.

Cheguei à conclusão que os distúrbios mentais mais frequentes abordados pelo cinema são: múltiplas formas de esquizofrenia, paranóia, transtorno obsessivo-compulsivo, comportamentos psicóticos, psicose maníaco-depressiva, transtorno bipolar, transtorno dissociativo de personalidade, etc.

A minha apresentação na Escola Superior de Cinema decorreu no dia 8 deste mês num auditório com 200 lugares lotados com estudantes de saúde mental, professores, enfermeiros, psicólogos e psiquiatras. Mostrei uma apresentação visual na qual constavam o título do filme, o realizador, o ano de produção e uma imagem ilustrativa (como estas duas que ilustram este post: "Shock Corridor" de Samuel Fuller e "Spider" de David Cronenberg). Depois ia dissertando sobre cada filme...
No final apresentei uma bibliografia especializada: cinema como terapia, loucura e cinema, psiquiatria e filmes, etc. Já não houve tempo para debate com a assistência.

Para dar o mote ao início da prelecção citei uma frase de uma personagem do filme “Grand Canyon” (1991) de Lawrence Kasdan: “Se estás com problemas vai ao cinema. Os filmes têm a resposta para todos os problemas da vida.” 

Os filmes foram citados por ordem cronológica.



"O Gabinete do Dr. Caligari” (1920) – Robert Wiene
“A Page of Madness” (1926) – Teinosuke Kinugasa
“Un Chien Andalou” (1929) – Luis Buñuel
“M - Matou” (1931) – Fritz Lang
“Spellbound” (1945) – Alfred Hitchcock
“The Snake Pit” (1948) – Anatole Litvak
“Él – O Alucinado” (1952) – Luis Buñuel
“As Três Faces de Eva” (1957) – Nunnally Johnson
“Psycho” (1960) – Alfred Hitchcock
“David e Lisa” (1962) – Frank Perry
“Shock Corridor” (1963) – Samuel Fuller
“Fogo Fátuo” (1963) – Louis Malle
“Repulsa” (1965) – Roman Polanski
"Persona" (1966) - Ingmar Bergman
“Uma Mulher Sob Influência” (1974) – John Cassavetes
“Jaime” (1974) – António Reis
“Voando Sobre um Ninho de Cucos” (1976) – Milos Forman
“Eraserhead” (1977) – David Lynch
“The Shining” (1980) – Stanley Kubrick
“Nostalgia” (1983) – Andrei Tarkovsky
“Misery” (1990) – Bob Reiner
“Despertares” (1990) – Penny Marshall
“Garota, Interrompida” (1999) – James Mangold
“Uma Mente Brilhante” (2001) – Ron Howard
“K-Pax” (2001) – Iain Softley
“As Horas” (2002) – Stephen Daldry
“Spider” (2002) – David Cronenberg
“O Aviador” (2004) – Martin Scorsese
“O Maquinsta” (2004) – Brad Anderson
“Loucuras de um Génio” (Doc, 2005) – Jeff Feuerzeig
“Bug” (2006) – Wiliam Friedkin
“Cisne Negro” (2010) – Darren Aronofsky
“Take Shelter” (2011) – Jeff Nichols
“Alive Inside” (Doc, 2013) – Michael Rossato-Bennett
“Pára-me De Repente o Pensamento” (Doc, 2014) – Jorge Pelicano
“Esta é a Minha Casa” (Doc, 2014) – Pedro Renca
“Birdman” (2014) – Alejandro Gonzalez Iñárritu

terça-feira, 7 de julho de 2015

Grandes filmes nunca concretizados

Segunda parte de um artigo meu sobre "Grandes Filmes Que Nunca Veremos" publicado no Repórter Sombra. Projectos cinematográficos de grandes realizadores que, por motivos vários, nunca foram concretizados (como este de David Lynch). Mais exemplos aqui.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Quando Lynch contratou Dennis



"Não importa quão maravilhoso seja um actor; quando se está a fazer um casting, tem de se escolher a pessoa que casa com aquele papel, que consegue fazer aquele papel. Para o papel de Frank Booth, protagonista de 'Veludo Azul', sempre pensei em Dennis Hopper, mas toda a gente dizia: 'Não, não podes trabalhar com o Dennis. Ele está mesmo em má forma e só te causará problemas'. Mas eu continuei a insistir.
Até que um dia, o agente de Dennis Hopper me telefonou e disse que o Dennis estava sóbrio e já tinha feito outro filme e que eu podia falar com aquele realizador para o confirmar. Depois, o Dennis telefonou e assegurou-me: 'Eu tenho de fazer o papel de Frank porque eu sou o Frank'. Isso entusiasmou-me e assustou-me."

David Lynch

sexta-feira, 20 de março de 2015

Os (verdadeiros) primeiros filmes

Toda a gente sabe nomear um bom filme das filmografias de realizadores como Pedro Almodóvar, David Lynch, Sofia Coppola, Lars Von Trier, Martin Scorsese, Godard ou Roman Polanski. Mas poucos saberão dizer quais foram os seus primeiros filmes. E não me refiro às longas-metragens, mas sim às primeiras experiências cinematográficas no formato de curta-metragem. Por exemplo, quando falamos no primeiro filme de David Lynch julgamos que falamos do clássico de culto "Eraserhead" (1977) mas nada mais errado. O seu primeiro filme, no formato de curta é um desconcertante e surrealista filme chamado "The Alphabet" (na imagem em baixo).

É verdade que algumas dessas primeiras obras de cinema até foram bastante marcantes na vida de alguns realizadores. Por exemplo, "Un Chien Andalou" (1929) de Luis Buñuel ou "The Steam Roller and the Violin" de Andrei Tarkovski. No entanto, muitas das curtas-metragens de início de carreira de grandes cineastas ficaram esquecidas no tempo. Graças ao Youtube e ao site Taste of Cinema foi publicada uma preciosa lista com as "25 melhores curta-metragens de realizadores famosos". Realizadores de todas as épocas, nacionalidades e géneros estão aqui representados. Alguns destes pequenos filmes até já foram comentados neste blogue.

Para além de sinopse descritiva do filme, o site disponibiliza a visualização de cada uma das obras no Youtube. Uma boa forma de conhecer o trabalho menos conhecido de grandes mestre do cinema. Link.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Manhã de Natal segundo...

Lembram-se há um ano ter publicado um vídeo no qual - de forma divertida - se fazia alusão ao Natal segundo o ponto de vista de vários realizadores famosos (ver aqui)?
Bom, os mesmos responsáveis, The Auteurs, decidiram realizar um segundo volume na mesma linha para assinalar o Natal de 2014. Ou seja, a "manhã de Natal" entendida segundo a estética de cineastas como Chaplin, David Lynch, Tarantino, Malick, Godard ou Hitchcock.
Nestas sequências de breves segundos estão condensadas as características visuais e temáticas de cada realizador. Muito interessante e bem divertido:

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Lynch pintor

David Lynch é cineasta. Mas é também fotógrafo e pintor. É nesta última qualidade de criador que tem patente a sua maior exposição de pintura nos EUA, em Filadélfia. Neste curto vídeo pode vislumbrar-se um pouco do seu trabalho como artista plástico - pouco conhecido dos cinéfilos e que tanto tem a ver com o seu imaginário cinematográfico.

domingo, 16 de novembro de 2014

Scott Walker on fire

Scott Walker, 71 anos, um dos songwriters de maior culto dos últimos 40 anos, surpreende tudo e todos ao juntar-se ao grupo de drone metal, Sunn O))). O resultado é o disco "Soused" editado há escassas semanas e que, certamente, marcará o presente ano musical. 
A voz sempre possante de Scott Walker à mistura com os ambientes dark e os densos riffs de guitarra dos Sunn O))), eis uma receita estética improvável mas altamente estimulante. Não é música para meninos, porque se mergulha num universo onde o sonho e o pesadelo andam de mãos dadas. É uma espécie de registo "Scott Walker on fire".

"Brando" é um dos temas do referido álbum, e é preciso estofo para conseguir ouvi-lo até ao fim (8'40'') e ver o enigmático - e belo - videoclip realizado por Gisèle Vienne (num estilo muito David Lynch).

Uma verdadeira experiência:

sábado, 11 de outubro de 2014

O regresso (épico) de "Twin Peaks"

O regresso da série "Twin Peaks" em 2016 com nove novos episódios pela mão do próprio David Lynch encheu de regozijo os fãs de ambos. A expectativa é grande. Veremos quais serão os contornos narrativos da continuação desta mítica e influente série. 
Felizmente que todos os actores originais estão vivos e no activo. E os anos parece que passam por alguns actores e por outros não.
Por exemplo, o actor principal, Kyle MacLachlan, parece o mesmo, enquanto que Sheryl Lee (Laura Palmer) se constata um envelhecimento natural.
Ver aqui outras comparações com o restante elenco.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Um musical desconhecido de David Lynch

Lá por me considerar um bom cinéfilo e seguidor da obra, por exemplo, de David Lynch, não quer dizer que conheça tudo o que já criou. Prova do que acabei de dizer (escrever) é que desconhecia por completo um musical de Lynch intitulado "Industrial Symphony Nº1: Dream of The Broken Hearted" (1989). Para minha surpresa, fiquei a saber hoje mesmo.
Trata-se de uma peça teatral-musical concebida quando o realizador filmava "Wild At Heart" nesse mesmo ano. Teve a sua estreia na Brooklyn Academy of Music em 1989 e a sua versão televisiva foi exibida em 1990, o mesmo ano da estreia da série "Twin Peaks".
Este musical, que em nada é um musical convencional (ou não se tratasse de uma obra de Lynch), baseia-se num conjunto de canções (ambiente cool-jazz nocturno) do compositor Angelo Badalamenti (que compôs para "Twin Peaks"), interpretadas por Julie Cruise (que cantou na banda sonora da mesma série). As letras são do próprio David Lynch.
Como seria de esperar, o universo visual e estético deste musical deve muito à criatividade bizarra e surreal que Lynch sempre demonstrou nos seus filmes. Aliás, ao longo da peça, vemos desfilar alguns dos seus actores, como Nicholas Cage e Laura Dern logo no início do musical.

Eis o registo integral de "Industrial Symphony Nº1: Dream of The Broken Hearted":

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

"Eraserhead", agora em Blu-Ray

A Criterion Collection vai lançar no dia 14 de Setembro, em esplendorosa cópia Blu-Ray, o primeiro filme de David Lynch, "Eraserhead". Este é um dos meus filmes favoritos de sempre. O único problema? Encomendando pela Criterion custará mais de 40€...

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A moda de Lynch

David Lynch é um realizador que gosta do bizarro e do inesperado. Pelo menos no seu cinema. Mas pelos vistos, não só: para espanto de todos, Lynch anunciou que se tem dedicado ao design e criação de moda feminina desportiva! Fora do cinema só se lhe conhecia a faceta de amante e praticante de meditação, agora a moda...
Este blogue nunca foi dado a modas ou estilismo, mas agora abro uma excepção porque se trata de uma moda muito especial - a do irreverente David Lynch.
Sobre a notícia.



segunda-feira, 30 de junho de 2014

Empire: The End

Ao fim de três de existência, a única revista de cinema em Portugal, a Empire, chega ao fim este mês de Julho. Claro que era uma réplica da Empire britânica e que estava vocacionada essencialmente para o cinema comercial e de super-heróis, mas não deixa de ser penoso constatar o desaparecimento sucessivo de títulos da imprensa escrita especializada.
Em relação à Empire, comprava-a muito esporadicamente, quando via que tinha uma reportagem ou entrevista que me interessava. 
Este último número vou comprá-lo. Por dois motivos: porque quero ficar com a última edição como coleccionador (também tenho a última da revista também desaparecida Premiere); e porque traz um "Especial realizadores: Mann, Fincher e Lynch na Primeira Pessoa".
A notícia.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

David Lynch no espaço?

David Lynch foi convidado a realizar o filme "Regresso de Jedi" (1983) da saga Star Wars. Lynch recusou. Mas persiste a dúvida na mente dos cinéfilos: e se ele tivesse aceite? Como seria a versão de Lynch desta aventura intergaláctica? 
Talvez para responder a esta questão, um utilizador do Youtube criou um curioso trailer fictício que revela como poderia ter sido a versão de David Lynch (partindo da estética visual e temática do cinema do cineasta):

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Três dos grandes

Três dos meus realizadores preferidos têm muita coisa em comum: são da mesma geração, têm grande talento para o cinema, partilham um olhar intenso e penteados parecidos (muito cool!): David Lynch, David Cronenberg e Jim Jarmusch.

sábado, 12 de abril de 2014

Cubehead

David Lynch imaginou o icónico filme "Eraserhead" e esta campanha publicitária inventou o "Cubehead".
"Os cérebros trabalham melhor quando estão hidratados." É este o mote para este desconcertante spot publicitário: a cabeça como um cubo Rubik.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Remakes & sequelas, não obrigado

Recentemente estreou o filme "Carrie", remake do clássico de Brian De Palma filmado em 1976. Eu não vi nem quero ver. Geralmente e por princípio, sou contra remakes. São raros os remakes que são superiores ao filmes originais. E por vezes piores do que remakes são as inefáveis sequelas, que não acrescentam valor nenhum ao filme original (compare-se a trilogia de "O Padrinho" com "Matrix", por exemplo).

Mas há filmes que, pelas suas características artísticas, estéticas e de culto, dificilmente algum produtor terá coragem de fazer um remake (mas enfim, sabemos que em Hollywood há malucos para tudo). Assim, duvido que algum produtor, realizador ou estúdio de cinema arrisque fazer remakes ou sequelas de filmes como:

- "A Noite do Caçador" 
- "Blade Runner" 
- "Eraserhead" 
- "Reservoir Dogs" 
- "Aguirre: A Cólera de Deus" 
- "The Wild Bunch" 
- "A Laranja Mecânica" 
- "Blue Velvet"
- "Stalker" 
- "Morte em Veneza" 
- "Paris, Texas" 
- "Seven"
- "Ladrões de Bicicletas" 
- "O Eclipse" 
- "A Pianista" 
- "Lost in Translation" 
- "Hiroshima meu Amor" 
- "A Estrada" 

sábado, 26 de outubro de 2013

A arquitectura no cinema de Lynch

Só vai ser publicado em Julho de 2014, mas este livro vai dar que falar pela originalidade da abordagem: trata-se de um ensaio sobre a arquitectura no cinema de David Lynch. Isto é, como a arquitectura ajuda a definir o imaginário visual de Lynch. Sem dúvida, um ponto de partida deveras aliciante e promissor. 

Eis um resumo:

This book is the first sustained critical assessment of the role architecture and design play in Lynch's films. What can be learnt about Lynch's films by examining the architecture we see within them? What can be learnt about architecture, especially the spatial developments of post-war America, by examining Lynch's films? 
Drawing on primary research in Lodz, London, Los Angeles, Paris and Philadelphia, the book is structured around the prime symbolic spaces found in Lynch's work: the small town, the city, the home, the road, and the stage. A final chapter deals with the singular architecture of Lynch's latest film, Inland Empire, a complex work yet to receive sufficient critical explication. Alongside a broad set of literary, cinematic and artistic comparisons, a diverse range of urban and architectural theorists, including Mike Davis, Jane Jacobs and Richard Sennett, are discussed in a new context. 
The Architecture of David Lynch will emphasise key architects such as Rem Koolhaas, Le Corbusier, Adolf Loos, Richard Neutra, Jean Nouvel and Frank Lloyd Wright to show how Lynch's films enable us to understand contemporary architecture and demonstrates that Lynch's work prompts a reconsideration of how European modernism has been translated across the Atlantic.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

"Dumbland" de David Lynch

Confesso que nunca tinha visto com atenção a mini-série de animação "Dumbland" de David Lynch. Produzida em 2002 e editada em DVD em 2005, "Dumbland" é um conjunto de pequenos episódios (2, 3 minutos) que o próprio Lynch divulgou no seu site oficial. No total foram feitos 8 episódios, com uma duração final de 33 minutos. 
Só agora, dez anos depois, me dei ao trabalho de ver todos os episódios desta louca animação de Lynch. Na verdade, este é o universo lynchiano puro e duro, bizarro e negro, sarcástico e escatológico, violento e surreal, tão ou mais do que o realizador revela nos seus filmes. Basicamente, "Dumbland" é cosntituído por pequníssimos episódios nos quais vemos Randy, o bruto, estúpido e violento chefe de uma família disfuncional e completamente alienada.
Cada episódio conta uma história breve, repleta de humor corrosivo e violência absurda até à náusea. A crítica feroz à sociedade americana está implícita em cada episódio. 
A estética de animação de "Dumbland" é, propositadamente, rude e básica (em conformidade com o teor agreste das pequenas histórias). A sonoplastia é rigorosa e cuidada, realçando os aspectos absurdos de todo aquele universo grotesco e surrealista. Há momentos de puro humor absurdo e hilariante (os Monty Python deviam adorar), mas não é um humor para todos os gostos. 
Neste vídeo estão compilados os 8 episódios (legendados em espanol) desta louca série de David Lynch:

domingo, 9 de junho de 2013

Artistas: rituais bizarros




Ao ler a revista Sábado fiquei a conhecer um livro deveras interessante: "Daily Rituals: How Artists Work" de Mason Currey Pode ser adquirido na Amazon). Um livro que, basicamente, conta os rituais, métodos e manias dos artistas para alcançarem inspiração criativa. Mason Currey demorou 10 anos na pesquisa e escrita do livro, numa investigação histórica séria e aprofundada. 
O resultado deste estudo foi a elaboração de uma criteriosa lista de 160 artistas e criadores de todas as áreas: escritores, pintores, músicos, filósofos, realizadores, poetas, arquitectos, dramaturgos, actores, coreógrafos, cientistas, etc. 
Estão listados nomes como Woody Allen, Agatha Christie, Lev Tolstoy, Ingmar Bergman, Charles Dickens, Pablo Picasso, George Gershwin, Charles Darwin, Andy Warhol, John Updike, Benjamin Franklin, William Faulkner, Jane Austen, Anne Rice, Igor Stravinsky, Glenn Gould, entre muitos outros.
E que tipo de rituais estranhos estamos a falar? Bom, quando pensamos na ideia lírica de que os artistas têm uma espécie de musa inspiradora espontânea, nada mais errado. Os artistas revelam rituais muito estranhos e originais.
------------------------------
Exemplos:
- Thomas Wolfe escrevia acariciando os órgãos genitais.
- Igor Stravinsky fazia o pino quando estava a compor música.
- Woody Allen toma vários banhos por dia enquanto pensa nos argumentos.
- Patricia Highsmith costumava ficar a olhar para caracóis até ter inspiração.
- David Lynch medita e bebe grandes doses de batidos de chocolate.
- Truman Capote (na imagem) escrevia na cama e passava horas sem se levantar.
- Frank Lloyd Wright tinha, aos 85 anos, sexo três vezes por dia enquanto acabava um projecto.
- Friedrich Schiller cheirava maçãs podres para se inspirar.
- Somerset Maugham só conseguia escrever em frente a uma parede totalmente branca.

domingo, 3 de março de 2013

Bowie, Tilda e Floria

David Bowie regressou em 2013 de forma surpreendente. Lançou um single no dia do seu aniversário e vai lançar um novo álbum este mês. E há apenas dois dias divulgou um novo videoclip do segundo single retirado de "The Next Day"
O videoclip é realizado pela consagrada realizadora italiana Floria Sigismondi, criadora de alguns dos melhores videoclips da última década para os mais variados músicos e grupos (Sigur Rós, The White Stripes, Interpol, Leonard Cohen, Marilyn Manson, Fiona Apple...).
Neste excelente videoclip "The Stars (Are Out Tonight)", David Bowie assume papel de actor juntamente com uma grande actriz, Tilda Swinton. A história do videoclip é algo rocambolesca e bizarra, um pouco ao estilo visual de David Lynch, e quase num formato de curta-metragem.