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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

terça-feira, 7 de abril de 2015

Béla Tarr e a filosofia



Em 1986 tinha acabado de estrear o filme "O Sacrifício" de Andrei Tarkovski. Um amigo meu que o tinha visto em Lisboa chegou ao pé de mim e disse-me: "Vais gostar porque sente-se Nietzsche por todo o lado".

Vem esta estória a propósito do site Taste of Cinema que publicou uma lista com os 15 filmes mais influenciados pela filosofia de Nietzsche (pode ser vista aqui). Por ser uma temática que me interessa (cinema e filosofia), li a publicação e fiquei surpreendido em constatar qual o filme em primeiro lugar: "O Cavalo de Turim" do húngaro Béla Tarr. Segundo o artigo, este filme condensa os princípios fundamentais da filosofia nietzschiana, como o conceito de Eterno Retorno, o nihilismo ideológico e o pessimismo existencial.
Na verdade, o filme de Tarr reflecte e aborda toda esta matéria e ficamos ainda mais convencidos quando pensamos que a grande ambição de vida do realizador era ter sido filósofo. Não foi filósofo no sentido tradicional e académico, mas praticou a filosofia realizando filmes.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Béla Tarr 'felliniano'

É a cena mais 'felliniana' do cinema austero de Béla Tarr. Tem apenas um minuto e passa-se no belíssimo filme "O Homem de Londres" (2007): um pai e uma filha estão ao balcão de um bar. De fundo ouve-se música de um acordeão. O espetador não sabe de onde vem. O pai e a filha saem do bar e a câmara move-se até ficar num plano fixo que mostra, com surpresa, que o isntrumento que se julgava ser apenas "soundtrack" é, afinal, visível no ecrã por uma tocadora de acordeão. Mas não é tudo. 
A cena é 'felliniana' porque mostra sobretudo dois homens a dançar de forma quase circense. Um, equilibrando uma bola de bilhar no nariz e o outro com uma cadeira nas mãos a dançar. Todo este magnífico momento (movimento de câmara, música de acordeão e os velhos a dançar) é revelador do imenso talento visual e estético do realizador húngaro (e algum cinéfilo que teve a mesma feliz percepção publicou esta sequência no Youtube).

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A experiência de "Final Cut"



Do cinema húngaro contemporâneo não vem apenas o génio de Béla Tarr. Há também um outro cineasta que explora novas dimensões da Sétima Arte. Chama-se György Pálfi, tem apenas 40 anos e notabilizou-se com o filme muito pouco ortodoxo "Taxidermia" em 2006.
A verdade é que o último filme de Pálfi (datado de 2012) é um verdadeiro monumento de amor pelo cinema. Intitula-se "Final Cut - Ladies and Gentlemen" e conta a história de amor entre um homem e uma mulher a partir de imagens de arquivo de clássicos do cinema mundial. O "homem" é representado por Marcello Mastroianni, Chaplin, Woody Allen, Al Pacino, Robert De Niro, Brad Pitt e centenas de outros atores. Já a "mulher" assume as formas de Audrey Helburn, Greta Garbo, Diane Keaton, Gina Lollobrigida, Sharon Stone e muitos outras.
Confusos? 

Num primeiro momento, esta descrição pode parecer que seja um filme hermético e experimentalista sem sentido. Nada disso: é um filme fascinante e divertido que nos agarra desde o primeiro fotograma a partir de centenas de filmes diferentes (mais de 500) e que prova que a montagem é uma das mais importantes ferramentas do cinema.
Além das cenas de diversos filmes, a montagem também abarca diversas bandas sonoras deslocadas dos seus filmes originais e organizadas visando a coerência narrativa desta obra. "Final Cut", através do seu prodigioso trabalho de colagem, induz o espectador numa experiência cinematográfica e visual única. Uma experiência que une o universal e o individual e que nos transporta para a memória riquíssima da história do cinema, numa espantosa homenagem ao poder simbólico das imagens da Sétima Arte. Altamente recomendável, portanto.

Para ver o filme na íntegra abri aqui.

Eis um excerto do filme com uma sequência de dança e de beijos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Introdução à obra de Tarr

Para quem não sabe quem é o realizador Béla Tarr nem conhece os seus filmes; para quem já conhece superficialmente e considera que o seu cinema é "aborrecido" e "lento"; ou para quem ache que Béla Tarr é uma marca de cereais gourmet, o melhor é mesmo ler este excelente e elucidativo artigo da Taste of Cinema: analisa objectivamente os sete filmes deste realizador húngaro com total clareza. 
Pode ser que no final da leitura o leitor se motive a conhecer melhor a obra deste cineasta e que passe, como eu, a admirá-lo profundamente.
Link para o artigo.

domingo, 15 de junho de 2014

Béla Tarr e os primeiros filmes

Segundo pack de DVD com 7 filmes inéditos de Béla Tarr, edição que fecha a retrospectiva integral da obra cinematográfica única do realizador húngaro. Uma edição que certamente irá marcar o ano e que vai estar disponível a partir desta semana na Fnac a um preço imbatível: 20€. 
Mais informação sobre a edição e os filmes, aqui.

domingo, 23 de março de 2014

Tarr e Vig na rádio

Mensalmente colaboro com uma rádio local (Rádio Altitude) com uma rubrica chamada "Teoria da Evolução". Nesta rubrica radiofónica abordo assuntos culturais. Neste caso, faço uma breve resenha sobre o cinema de Béla Tarr e o seu compositor favorito, Mihály Vig
Para escutar, basta clicar no play.

sábado, 22 de março de 2014

10 filmes e 72 horas




Não sabe o que fazer nos próximos três dias? Uma proposta: ocupe as próximas 72 horas, literalmente, a ver filmes. E são precisos apenas 10 filmes para ocupar 3 dias ininterruptos a ver cinema (DVD). Basta recorrer à lista dos dez títulos de maior duração de sempre.

Alguns títulos são clássicos do género histórico, como "Cleopatra" ou "Exodus"; Outros são reflexões sobre a identidade e o destino de um povo, como "Satantango" de Béla Tarr ou "Era Uma Vez na América" de Sergio Leone. Depois há objectos que nunca vi como "Die Zweite Heimat" e "Heimat", cujas durações titânicas devem deixar qualquer espectador mais resistente KO em três tempos.

1 - "Die Zweite Heimat" (1992) - 1532 minutos
2 - "Heimat - A Chronicle of Germany" (1984) - 940 minutos
3 - "Satantango" (1994) - 450 minutos
4 - "Litle Dorrit" (1987) - 357 minutos
5 - "Cleopatra" (1963) - 243 minutos
6 - "Hamlet" (1996) - 238 minutos
7 - "Era Uma Vez na America" (1984) - 228 minutos
8 - "A Maior História de Todos os Tempos" (1965) - 225 minutos
9 - "E Tudo o Vento Levou" (1939) - 220 minutos
10 - "Exodus" (1960) - 220 minutos

domingo, 29 de setembro de 2013

Trier imita Tarr?

Foi revelado o quarto "movie clip" do novo filme de Lars Von Trier, "Nymphomaniac". É apenas um minuto de um único plano-sequência no qual a câmara segue uma mulher enquanto se ouve a voz off do pai da personagem de Charlotte Gainsbourg.
O que surpreende nestas imagens é que parece que Trier emula a estética do cineasta Béla Tarr: fotografia a preto e branco, ambiente soturno, plano longo sem cortes, são características do cinema do realizador húngaro. O que me leva a especular: será que, da mesma forma que Trier dedicou "Anticristo" a Andrei Tarkovski, também irá dedicar este "Nymphomaniac" a Béla Tarr?...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Rancière sobre Béla Tarr

Jacques Rancière é um filósofo e ensaísta francês muito cotado nos meios académicos europeus. O meu interesse neste autor deve-se ao facto de Rancière vocacionar parte do seu pensamento e reflexão para o cinema de autor. 
A editora Orfeu Negro já editou dois interessantes livros deste escritor: "O Espectador Emancipado" (2010) e "O Destino das Imagens" (2011). O filósofo tem também um texto no livro "Cem Mil Cigarros" sobre o cineasta português Pedro Costa. 
A visão de Rancière sobre o cinema é uma visão multidisciplinar e marcada pela análise estética e  filosófica dos signos e simbolismos das imagens de realizadores como Tarkovski, Hitchcock, Bresson ou Oliveira. Explora de igual modo a teoria da comunicação e as artes visuais contemporâneas. 
Já sabia há uns meses que Jacques Rancière tinha editado um livro em França sobre o cinema do húngaro Béla Tarr. 
Na altura enviei um mail à editora Orfeu Negro perguntando se estaria prevista uma tradução portuguesa. Responderam positivamente. Eis, pois, a prova: vai ser lançado no mercado nacional dentro de dias a obra "Béla Tarr: O Tempo do Depois" de Rancière.
A comprar definitivamente. 

domingo, 21 de julho de 2013

Diálogos minimalistas


Há filmes com muitos diálogos e filmes minimalistas com quase nenhuns diálogos. Ter muitos ou poucos diálogos num filme não é forçosamente um indício de filme medíocre ou de filme muito bom. Depende de outros factores, como a qualidade do enredo, da realização e, sobretudo, da interpretação. 
O site Flavorwire elaborou uma lista de 10 filmes caracterizados por uma espartana economia de diálogos. Por acaso, desta lista, considero que são todos filmes bons e interessantes, mas fazendo um esforço de memória dou-me conta que faltam exemplos demonstrativos do minimalismo de diálogos no cinema, como: "Gerry" (2002) de Gus Van Sant, "Duel" (1971) de Steven Spielberg, "O Cavalo de Turim" (2012) de Béla Tarr, "Solaris" (1972) de Andrei Tarkovski, "O Náufrago" (2000) de Robert Zemeckis, "Ossos" de Pedro Costa, "Ariel" (1988) de Aki Kaurismaki ou "Mãe e Filho" (1997) de Alexander Sokurov.
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Na imagem, "O Samurai" (1967) de Jean-Pierre Melville.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O vento em Tarkovski e Tarr

Quem lê regularmente este blog sabe que tenho uma especial adoração pelo cinema de Andrei Tarkovski e de Béla Tarr. Há quem defenda que o cineasta húngaro deve muito ao cineasta russo. Não saberia medir em termos quantitativos, mas é verdade que Tarr foi fortemente influenciado pela cinema metafísico de Tarkovski. Não só pela temática abordada - deambulações existenciais, presença e ausência de Deus, perda de fé na humanidade; mas também nos aspectos formais - longos planos-sequência, montagem minuciosa, estética visual densa e apurada.
Ora, quem viu o filme "Satantango" (1994) de Béla Tarr ou o recente "O Cavalo de Turim" (2012) sabe como a presença do vento era um elemento dramático e até cénico no seu cinema (como nesta cena). A questão é que o vento era também um elemento da natureza muito presente na estética tarkovskiana. Como no filme "O Espelho" (1975), no qual há várias cenas memoráveis e poéticas com o força do vento a varrer toda a paisagem:

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Gostar e não gostar

Às vezes sou assaltado por uma dúvida metódica: será possível que haja pessoas que gostem ao mesmo tempo de artistas ou objectos artísticos, aparentemente, antagónicos. Por exemplo: gostar dos filmes de Béla Tarr e do blockbuster "Man of Steel"? Ou ser um apaixonado da música de Bach e de Shakira? Ou da literatura de Marcel Proust e de literatura 'light'? 
Sinceramente, apesar de conhecer pessoas que se assemelham muito a esta configuração de gosto, a verdade é que não me parece ser "possível" haver gostos estéticos tão antagónicos. É que gostar de uma determinada manifestação artística é partilhar de um ideário estético determinado que não pode relacionar-se com outro completamente diferente. 
Ou seja, quem gosta do cinema exigente e formalista do húngaro Béla Tarr, não pode gostar (atenção: do mesmo modo e no mesmo sentido) que um blockbuster qualquer de Verão cuja linguagem é vazia de conteúdo estético.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Top 2012 - Filmes

Depois do balanço dos discos do ano, os filmes. E com esta retrospectiva dou-me conta que, durante 2012,  estrearam mais filmes (de qualidade) que não vi do que aqueles que vi. 
Por exemplo, ainda não vi títulos que, porventura, poderiam constar na minha lista dos melhores do ano, tais como: "J. Edgar", "Attenberg", "Amor", "Holy Motors", "Le Havre", "César Deve Morrer", "Cloud Atlas", "O Gebo e a Sombra", "Killer Joe", "Looper", "Argo", "Ali - O Caçador", "Era Uma Vez na Anatólia", "Elena", "A Gruta dos Sonhos Perdidos", "Michael", "Enter The Void", "Mata-os Suavemente", "A Vida de Pi", "Deste Lado da Ressurreição"...
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Seja como for, os filmes que estrearam em 2012 que me deram mais prazer ver, são os seguintes:

1 - "O Cavalo de Turim" de Béla Tarr
2 - "Tabu" de Miguel Gomes
3 - "Moonrise Kingdom" de Wes Anderson
4 - "Shame" de Steve McQueen
5 - "Temos de Falar Sobre Kevin" de Lynne Ramsay
6 - "Oslo, 31 de Agosto" de Joachim Trier
7 - "A Invenção de Hugo" de Martin Scorsese
8 - "Take Shelter" de Jeff Nichols
9 - "Millennium 1 - Os Homens Que Odeiam as Mulheres" de David Fincher
10 - "4:44 Último Dia na Terra" de Abel Ferrara
11 - "Cosmopolis" de David Cronenberg
12 - "Os Descendentes" de Alexander Payne
13 - "O Miúdo da Bicicleta" dos irmãos Dardenne
14 - "Martha Marcy May Marlene" de Sean Durkin
15 - "The Grey" de John Carnahan
16 - "Cavalo de Guerra" de Steven Spielberg
17 - "Para Roma, Com Amor" de Woody Allen
18 - Frankenweenie" de Tim Burton:
19 - "Prometheus" de Ridley Scott
20 - "Amigos Improváveis" de Olivier Nakache
21 - "Albert Nobbs" de Rodrigo Garcia
22 - "A Minha Semana Com Marilyn" de Simon Curtis

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"Temos de Falar Sobre Kevin":






















"Take Shelter":















"O Cavalo de Turim":

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Rancière sobre Béla Tarr

Eis um livro que estou para comprar há algum tempo mas nunca me dispus a isso (está disponível na Amazon e Fnac francesas). "Béla Tarr, Le Temps D'Après" é um pequeno livro na forma (88 páginas) mas certamente grande em conteúdo, escrito por um dos mais interessantes filósofos e ensaístas franceses dos últimos anos: Jacques Rancière
Recorde-se que Rancière tem reflectido muito sobre cinema clássico e contemporâneo de autor e tem publicados três livros no mercado português (editora Orfeu Negro): "O Espectador Emancipado", "O Destino das Imagens" e "Os Intervalos do Cinema". Três títulos que abordam as obras de cineasta como Hitchcock, Bresson, Godard, Tarkovski, Vertov, Straub ou Pedro Costa, intercalando-as com as correntes teóricas da comunicação e da filosofia de Deleuze, Adorno e Lyotard.
Ora, em "Béla Tarr, Le Temps D'Aprés", Jacques Rancière explora as dimensões estéticas e artísticas que o cinema do realizador húngaro levanta, fazendo um percurso pela sua obra integral (de 1984 a 2011). Eis uma conferência proferida por Rancière na Cinemateca Suíça a propósito do cinema de Béla Tarr.
Pensando bem, irei aguardar que a Orfeu Negro traduza e edite este livro para Portugal...
































quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Tarr: imperdível colecção

Tal como tinha anunciado anteriormente, já está disponível na Fnac, para encomenda, a magnífica caixa de DVD do realizador Béla Tarr. Mais: o preço previsto de 40€ foi alterado para 29,99€! Sem dúvida, um preço altamente recomendável e justo pela qualidade (e quantidade - 6 discos e 838 minutos de cinema!) desta edição.
A não perder uma das melhores colecções de DVD do ano.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A melhor edição DVD do ano

Ainda não saiu mas é já considerado um acontecimento editorial em Portugal. Porventura, a melhor edição DVD do ano. Falo da colecção de quatro filmes do cineasta húngaro Béla Tarr: "O Cavalo de Turim", "As Harmonias de Werckmeister", "O Tango de Satanás" e "Danação". 4 filmes, 6 discos que equivalem a 15 horas de (grande) cinema (parte das 15 horas devem-se à longa duração do filme "O Tango de Satanás").
São quatro obras únicas da arte cinematográfica contemporânea criadas por um visionário solitário do panorama do cinema mundial actual. A edição é da Midas Filmes, actualmente a melhor editora (e distribuidora) nacional de filmes em DVD. Mesmo não tendo estado com esta colecção nas mãos, dá para perceber a qualidade e beleza gráfica empregues no design - uma mais valia que atribui originalidade e mais valor a esta preciosa colecção (o trabalho de design é da responsabilidade do artista gráfico e ilustrador Rui Guerra, cujo trabalho pode ser apreciado aqui).
Mas as boas notícias não acabam aqui: pelos vistos, esta é a primeira colecção dedicada a Béla Tarr. Uma segunda colecção se seguirá com outros filmes do realizador a editar em 2013 (filmes da primeira fase da obra de Tarr). 
O lançamento desta caixa de DVD está previsto para a segunda metade do mês de Novembro e custará cerca de 40€ (10€ por cada filme), um preço bastante competitivo e aceitável.
Aqui está, pois, uma excelente prenda para o Natal para todos os amantes do bom cinema!  

sábado, 7 de julho de 2012

Incompreensivel

Confesso que não compreendi o alcance da crítica que foi publicada na revista de cinema Premiere a propósito do filme "O Cavalo de Turim" de Béla Tarr. Num tão pequeno texto encontram-se contradições ("pretensioso, mas repleto de planos belíssimos"), abordagens dúbias ("este filme é bastante problemático") e dislates incompreensíveis ("talvez funcionasse melhor num museu do que no cinema"):

"Este filme húngaro, vencedor do Urso de Prata na Berlinale de 2011, é bastante problemático. Objecto de um cinema art house digno de festival, 'O Cavalo de Turim' é um filme que goza de uma fotografia e de uma técnica cinematográfica esplêndidas, mas cuja concretização é demasiado penosa para ser apreciada. Apesar de ser uma reflexão interessante sobre a inevitabilidade da morte, metaforizada na figura do cavalo, o filme aprece ter sido feito para ser celebrado pela pureza rígida da sua arte. Pretensioso, mas repleto de planos belíssimos, talvez funcionasse melhor num museu do que no cinema"
Ana Luís Pinheiro, Premiere

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O poster

O filme "O Cavalo de Turim" de Béla Tarr vai ser exibido no Teatro Municipal da Guarda no dia 11 de Julho (Pequeno Auditório). Como adoro o realizador húngaro, o filme em si e, neste caso, o magnífico poster (o mais bonito do ano até agora, quanto a mim), quando passei por ele não resisti a tirar uma fotografia.