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domingo, 18 de janeiro de 2015

Sobre a colecção de DVD

Um leitor deste blog perguntou-me quanto DVDs tenho. Bom, na realidade não sei ao certo, parei a contagem por volta dos 800 (sempre fui muito organizado e desde muito novo que me habituei a fazer catálogos de tudo: livros, cassetes, discos, CD's, DVDs, recortes de jornais e revistas...). Mas no total serão perto de mil exemplares. 
Os anos de maior coleccionismo já passaram. Nos finais dos anos 90 e a primeira década de 2000, investi muito em DVD, não só em edições nacionais mas sobretudo em edições de coleccionador/especiais e de importação. Era de tal forma obcecado em comprar as melhores edições que chegava a adquirir várias edições diferentes do mesmo filme. Edições Director's Cut, com extras, imagem remasterizada, etc. Por exemplo, tenho 4 edições diferentes de "Psycho" de Hitchcock e 3 diferentes de "Stalker" de Tarkovski. 
Mas também comprei muitas colecções mais baratas que saiam em jornais e revistas (as do Público eram imperdíveis, sobretudo dos filmes clássicos). Desde há uns 4 ou 5 anos perdi o hábito de comprar e coleccionar DVD. Não, não os troquei pelo formato Blu-Ray (que tenho muito pouco), mas simplesmente porque a internet tornou-se uma via privilegiada para adquirir e ver filmes. 

Eis três imagens diferentes da minha colecção de DVDs do meu escritório (à mistura com livros e CDs):



domingo, 21 de dezembro de 2014

Clássicos de Chaplin!

Eis uma extraordinária edição em forma de pack de DVD: "Chaplin Hoje". São dez filmes geniais de Charlie Chaplin apresentados por outros tantos realizadores importantes (Bertolucci, Chabrol, Jarmusch, Kusturica...). Para além das cópias restauradas o pack da Midas Filmes vende-se ao preço quase simbólico de... 15€! Quinze euros por dez filmes grandiosos do insuperável Chaplin. Querem melhor prenda de Natal para oferecer a um amigo cinéfilo?
Link para mais informações.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Fnac: as boas promoções

Talvez fruto da crise, a Fnac tem revelado sentido de oportunidade com uma política de promoções particularmente interessante (como já dei nota aqui várias vezes). É claro que muitos dos produtos que vende continuam caros, mas é preciso estar sempre atento às boas promoções, sobretudo da secção de DVDs (agora que o mercado anda em queda...).
É o caso destes dois produtos da imagem: fiquei espantado com estes dois títulos a preços altamente convidativos e, por isso, não hesitei em adquiri-los: um pack da série de televisão de culto "The Twilight Zone" (série 2) - são 6 discos e 19 episódios.
E o pack "Fados" do realizador espanhol Carlos Saura, com dois DVDs (o filme e outro com montes de extras) e dois magníficos livros com mais de 100 páginas cada um. Por apenas 5€!
Assim vale a pena fazer compras na Fnac.

domingo, 15 de junho de 2014

Béla Tarr e os primeiros filmes

Segundo pack de DVD com 7 filmes inéditos de Béla Tarr, edição que fecha a retrospectiva integral da obra cinematográfica única do realizador húngaro. Uma edição que certamente irá marcar o ano e que vai estar disponível a partir desta semana na Fnac a um preço imbatível: 20€. 
Mais informação sobre a edição e os filmes, aqui.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Cinema italiano a 5€

Sim, é a crise e tal. Sim, a cultura é sempre a primeira a ser sacrificada. Sim, nem sempre o consumidor de cultura tem dinheiro para comprar tudo o que quer. Mas precisamente por causa disso o mercado vai adaptando o preço dos seus produtos. É o caso dos DVDs, mercado que também tem sofrido - e muito - com a crise. 
Por exemplo, a Fnac está a promover um ciclo de cinema italiano com filmes pela módica quantia de 5€ cada. E há grandes clássicos que se podem adquirir por este preço muito simpático - como se pode constatar nesta imagem que eu próprio captei: "A Aventura", "A Doce Vida", "A Estrada" e "Oito e Meio"
Ou seja, Antonioni e Fellini a meros 5€. Oportunidade imperdível para quem ainda não possui estas obras  clássicas do cinema italiano em DVD.

sábado, 22 de março de 2014

10 filmes e 72 horas




Não sabe o que fazer nos próximos três dias? Uma proposta: ocupe as próximas 72 horas, literalmente, a ver filmes. E são precisos apenas 10 filmes para ocupar 3 dias ininterruptos a ver cinema (DVD). Basta recorrer à lista dos dez títulos de maior duração de sempre.

Alguns títulos são clássicos do género histórico, como "Cleopatra" ou "Exodus"; Outros são reflexões sobre a identidade e o destino de um povo, como "Satantango" de Béla Tarr ou "Era Uma Vez na América" de Sergio Leone. Depois há objectos que nunca vi como "Die Zweite Heimat" e "Heimat", cujas durações titânicas devem deixar qualquer espectador mais resistente KO em três tempos.

1 - "Die Zweite Heimat" (1992) - 1532 minutos
2 - "Heimat - A Chronicle of Germany" (1984) - 940 minutos
3 - "Satantango" (1994) - 450 minutos
4 - "Litle Dorrit" (1987) - 357 minutos
5 - "Cleopatra" (1963) - 243 minutos
6 - "Hamlet" (1996) - 238 minutos
7 - "Era Uma Vez na America" (1984) - 228 minutos
8 - "A Maior História de Todos os Tempos" (1965) - 225 minutos
9 - "E Tudo o Vento Levou" (1939) - 220 minutos
10 - "Exodus" (1960) - 220 minutos

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O Fim da Odisseia



E pronto.

Finalizei  o visionamento dos 5 DVDs (15 horas!) do monumental documentário "The Stoty of Film: An Odissey" sobre a história do cinema. Foi deveras uma odisseia saborosa, uma experiência enriquecedora. O balanço é muito positivo, como referi numa análise mais detalhada neste post.
O autor de tamanha obra, Marc Cousins (na imagem), merece todas as honras pelo incrível trabalho que realizou. Claro que já conhecia muitos dos filmes e histórias que são abordados, mas o olhar peculiar de Marc Cousins fez-me compreender de forma diferente esses mesmos filmes e histórias. Por outro lado, fiquei também a conhecer cinematografias do mundo não ocidental que Cousins abordou, assim como dar mais atenção a alguns realizadores que julgava menores.
Claro que em 15 horas de documentário sobre uma história tão complexa e diversificada como a do cinema, não é fácil fazer uma selecção de temas a explorar. Tanto mais que nessa selecção há sempre a necessidade de deixar de fora filmes e cineastas.
Sem querer condenar o trabalho e as opções do autor sobre as suas legítimas escolhas, não deixo por isso de manifestar a minha surpresa pela não referência de realizadores que julgo importantes e que Cousins nunca mencionou ao longo do documentário. 
Isto porque Marc Cousins sempre privilegiou neste documentário os realizadores mais criativos e inventivos ao longo das várias décadas.
Daí que me pergunto porque é que nunca falou de cineastas como:

- Alejandro Jodorowsky
- Guy Maddin
- Maya Deren
- Chris Marker
- Wes Craven
- Roger Corman
- John Carpenter
- Dario Argento
- Béla Tarr (fez apenas uma referência ultra-rápida!)
Entre outros.

Mas escolhas são escolhas e respeito isso.
No fundo, Marc Cousins é um cinéfilo "old school" e não se coíbe de fazer afirmações como estas:

sábado, 18 de janeiro de 2014

Cinema: Uma Odisseia Fascinante



Caro cinéfilos leitores deste humilde blogue: nunca digam que são já grandes conhecedores da história do cinema. Que já conhecem e viram todos os grandes filmes de todos os períodos do cinema. Que conhecem as histórias por detrás de grandes correntes estéticas ou de grandes cineastas do mundo inteiro. Isto porque, apesar da curta existência do cinema, há muitas formas de olhar e interpretar o cinema enquanto arte e indústria. Ou seja, há ainda muito a descobrir no que ao cinema diz respeito.
Por isso, se quiserem ter uma nova visão do que foi (é ou será) a história do cinema, nada melhor do que adquirir o excelente pack de 5 discos "The Story of Film – An Odyssey / A História do Cinema – Uma Odisseia" editado no final de 2013 pela Midas Filmes
O documentário é ambicioso e monumental: são 15 horas, 120 anos representados, abordagem ao cinema de 6 continentes e mais de 1000 filmes referenciados no filme definitivo sobre a 7ª Arte. O autor de tamanha façanha, o crítico e realizador Mark Cousins, viajou pelo mundo fora para filmar locais míticos de filmes, entrevistar figuras históricas do cinema e para nos dar uma outra forma de compreender o cinema. É um trabalho de grande amor pelo cinema, fruto de uma paixão cinéfila raramente vista.
É o próprio Mark Cousins que escreveu o guião e que narra (com o seu delicioso sotaque irlandês) a evolução da história do cinema. Cada capítulo é dividido numa hora, abordando temas específicos. Ver aqui a lista impressionante e completa dos temas e dos filmes analisados (desde o tempo do mudo aos blockbusters americanos, de Hollywood a Bombaim, da época de ouro do cinema americano das décadas de 30 e 40, ao eclodir da Nouvelle Vague e do neo-realismo na Europa e depois do Cinema Novo de todos os continentes, através de centenas de entrevistas e depoimentos e muito material inédito, este é um documentário de puro fascínio e deslumbramento).
A metodologia de análise do autor é deveras inteligente: não só aborda as grandes obras-primas do cinema, como vai buscar filmes e temas pouco mencionados para explicar como a história "oficial" do cinema é ainda limitada e pouco abrangente. E a cada minuto que passa, somos surpreendidos com dados sobre um filme ou um realizador que desconhecíamos. E tem sempre a preocupação de relacionar a evolução do cinema com a evolução da sociedade e da história ocidental (e não só).
Eis uma entrevista com o realizador Mark Cousins, na qual explica como construiu e pensou esta colossal revisitação da história do cinema.
Ainda vou apenas a meio desta incrível saga "A História do Cinema: Uma Odisseia" mas já percebi que se trata de uma verdadeira lição de cinema, altamente pedagógica, bem montada e explicada, uma aventura imperdível pelas muitas histórias que o cinema encerra.
Aliás, basta ver como Mark Cousins, logo no arranque da sua história do cinema, explica o que é verdadeiramente essencial no cinema: parte de três filmes muito diferentes com um ponto em comum - imagens de copos (ou chávenas) com o borbulhar líquido; os personagens olham para essas bolhas como se fossem o mote para reflectirem sobre a sua vida. E Mark conclui que, mais do que a indústria, o dinheiro ou o marketing, o que faz evoluir o cinema são as ideias visuais:







sábado, 28 de dezembro de 2013

Top 2013 - Filmes




Top 2013 - Filmes 

Preâmbulo: ainda não vi filmes que potencialmente poderiam constar na minha lista: “Fuga” de Jeff Nichols, “O Desconhecido do Lago” de Alain Guiraudie, “Frances Ha” de Noah Baumbach, “No Nevoeiro” de Sergei Loznitsa, “Paixão” de Brian De Palma, “Para Lá das Colinas” de Christian Mungiu, “A Rapariga de Parte Nenhuma” de Jean-Claude Brisseau, “Nebraska” de Alexander Payne, “12 Anos Escravo” de Steve McQueen, “O Passado” de Ashgar Fahradi, “Tal Pai, Tal Filho” de Hirokazu, “A Propósito de Llewyn Davis” de Joel e Ethan Coen, entre outros. 

Assim, e pela primeira vez sem ordem de preferência, eis os filmes que vi em 2013 de que gostei mais:

- “Hannah Arendt” – Margarethe von Trota
- “Post Tenebras Lux” – Carlos Reygadas
- “A Grande Beleza” – Paolo Sorrentino
- “Django Unchained” – Quentin Tarantino
- “Ferrugem e Osso” – Jacques Audiard
- “Lore” – Cate Shortland
- “Desligados” – Henry Alex Rubin
- "Camille Claudel 1915" - Bruno Dumont
- “Blue Jasmine” – Woody Allen
- “Gravidade” – Alfonso Cuarón
- “A Caça” – Thomas Vinterberg
- “The Act of Killing” – Joshua Oppenheimer
- “Prisoners” – Denis Villeneuve
- “O Mentor” – Paul Thomas Anderson
- “Room 237” – Rodney Ascher
- “A Vida de Adèle” - Abdellatif Kechiche
- “A Loja dos Suicídios” - Patrice Laconte
- “Kon-Tiki – A Viagem Impossível” – Joachim Ronning
- “Like Someone in Love" – Abbas Kiarostami
- “Dentro de Casa” - François Ozon
- “Hitchcock” – Sacha Gervasi
- “Antes da Meia-Noite” – Richard Linklater
- “Berberian Sound Studio” – Peter Strickland

Edições DVD do ano: 
“Shoah” (Midas Filmes) – Claude Lanzmann 
Pack Béla Tarr (Midas Filmes)
Pack Hitchcock “Os Primeiros Anos” 
Pack “Integral João César Monteiro”
"The Story of Film - An Odissey" - Mark Cousins
Pack "Tetralogia do Poder" - Alexander Sokurov

Reposições do ano: 
“Hiroshima Meu Amor” – Alain Resnais 
"2001 – Odisseia no Espaço” - Stanley Kubrick 
“Casablanca” – Michael Curtiz 
“Viagem a Tóquio” – Yasujiro Ozu
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Top 2012     Top 2011  

sábado, 21 de dezembro de 2013

Carta ao Pai Natal


Querido Pai Natal: este ano de 2013 portei-me bem. Por isso peço-te gentilmente que me ofereças estas prendas em baixo descriminadas. São algumas caixas de DVDs e Blu-Ray que gostaria de receber este ano. No total serão apenas algumas centenas de euros, não é um valor significativo no teu gigantesco orçamento anual para prendas para todo o planeta. Obrigado pela tua atenção, Pai Natal.
Então faz o favor de apontar:













domingo, 1 de dezembro de 2013

A melhor prenda de Natal deste ano

"The Danny Elfman & Tim Burton 25th Anniversary Music Box": edição limitada de 1000 exemplares com 16 CDs com as bandas sonoras de Danny Elfman para filmes de Tim Burton; 18 horas de música + 7 horas de música nunca antes editada (entre raridades, inéditos e novas versões); 1 livro com 250 páginas (fotografias raras, textos de Johnny Depp, ilustrações, storyboards, dezenas de testemunhos de colaboradores e artistas de Burton e Elfman...); 1 DVD com conversas entre Danny Elfman e Tim Burton; uma pen drive em forma de Skeleton; e muito mais...
Preço: 499,99 dólares.
Caro? Sim, mas vale cada cêntimo.
Melhor prenda de Natal deste ano.
Mais informação aqui.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A vida de um padre pedófilo





















O homem da imagem exerceu o sacerdócio durante quase 40 anos no estado da Califórnia. Este homem de olhar sereno e apaziguado, de humilde origem irlandesa, chama-se Oliver O'Grady e é o mais reconhecido pedófilo da Igreja Católica moderna. Como este padre, houve muitos outros acusados de abusos sexuais a menores, mas O'Grady é o caso mais mediático e, talvez, um dos mais perturbantes dos últimos anos. Sem qualquer vergonha ou qualquer sentimento de culpa, O'Grady usava o seu charme e autoridade para violar dezenas de crianças e famílias Católicas do Norte da Califórnia.
Durante mais de duas décadas, as suas vítimas foram desde um bebé de 9 meses à mãe de um adolescente, que também tinha sido molestado. Apesar das queixas em várias comunidades, a Igreja foi dissimulando o caso para evitar críticas (mas parece que Ratzinger não teve responsabilidade neste processo), transferindo-o de paróquia em paróquia como se isso resolvesse algum problema. Oliver O'Grady acabaria por ser preso, mas cumpriu apenas metade dos 14 anos a que foi condenado. Hoje em dia passeia-se livremente pelas ruas de Dublin.
Sobre a tumultuosa vida deste ex-padre a realizadora Amy Berg realizou um fascinante documentário em 2006 que resultou numa nomeação ao Óscar para a categoria de Melhor Documentário em 2007 (para além de ter ganho cinco outros importantes prémios). O documentário tem, apropriadamente, o título "Deliver us From Evil", com tradução portuguesa literal "Livrai-nos do Mal".
Em Portugal não estreou comercialmente em sala, mas qualquer interessado poderá conhecer o filme comprando o DVD que em qualquer Fnac custa menos de 10€.
"Deliver us From Evil" é um documentário extremamente bem conseguido pela forma inteligente como aborda um tema tão delicado e sensível. A colaboração do pedófilo assumido foi essencial para o bom resultado do filme, visto que, sem pejo nem mostras de arrependimento, O'Grady revela pormenores escabrosos dos abusos que perpetrou durante décadas. Não há recurso habitual à narração em off, nem efeitos visuais vistosos, não há moralismos condescendentes, nem montagem ou música para sensibilizar emocionalmente o espectador. Nada disso.
Toda a informação do filme é transmitida de forma seca e crua, como secos e crus foram os factos vividos pelas vítimas. É um filme perturbante porque neste homem se espelhavam os valores religiosos, os quais foram brutalmente traídos, corrompendo premissas básicas como a verdade, a fé, a inocência, a moral, o amor, a devoção. Oliver O'Grady violou e abusou de dezenas de crianças (e não só), e a hierarquia da Igreja, hipocritamente, tentou sempre ocultar o problema com soluções de supérflua validade (como a transferência do padre para outras paróquias). As vítimas são agora adultas e não revelam medo no modo como manifestam as suas emoções no filme. Sentem profunda revolta, uma revolta que lhes custou a inocência perdida (como conta uma jovem vítima).
"Livrai-nos do Mal" é um exercício de exorcismo para com o padre pedófilo, mas é também um documento para compreendermos como o mal se encerra, muitas das vezes, sob a capa do humanismo e dos valores supostamente incorruptíveis da religião - de resto, a História é pródiga em comprovar este tese (e hoje cada vez com mais acuidade).
Este homem, Oliver O'Grady, que após cada violação ia à Igreja pedir perdão a Jesus Cristo, cumpriu uma parca sentença na prisão pelos seus hediondos crimes. Agora passeia-se nas ruas de Dublin... Alguém falou em justiça?
O filme pode ser visto aqui (legendas em espanhol).

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Shoah" em DVD nacional

Vai ser editado em DVD, finalmente, um dos maiores e mais importantes documentários da segunda metade do século XX: "Shoah" (1985), de Claude Lanzmann. Cópia integralmente restaurada com 9 horas de duração, "Shoah" foi filmado ao longo de mais de dez anos entrevistando centenas de sobreviventes do Holocausto nazi.

Claude Lanzmann nasceu em Paris em 1925. Jornalista, resistente, realizador, intelectual amigo de Sartre e Beauvoir, disse em 1985 que matava “nazis com a sua câmara de filmar”. A sua obra cinematográfica é o maior monumento que se pode erguer contra o esquecimento, uma obra admirável que permitiu mostrar e dizer o inconcebível, essencial para compreender o Holocausto e o extermínio de 6 milhões de judeus. 
A edição vem ainda acompanhada dofilme "Sobibor, 14 de Outubro de 1943, 16 Horas", que dá conta da única revolta de prisioneiros num campo de concentração nazi instalado na Polónia ocupada pelos alemães.
Mais informação no site da editora Midas.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Top 10 de Roger Corman

O site The Criterion Collection, editora de DVD e Blu-Ray especializada em edições de cinema de autor e clássico, tem uma rubrica muito interessante. Chama-se, simplesmente, Top 10, e convida um realizador ou outra figura do cinema a revelar as suas dez preferências nos títulos do (rico e diversificado) catálogo da Criterion.
O último realizador a responder a este desafio foi o veterano Roger Corman, autor de culto na área do cinema independente e de terror. É deveras surpreendente comprovar as suas escolhas, uma vez que se trata de um Top 10 de primeiríssima qualidade no que concerne ao gosto cinéfilo mais apurado. Nada de filmes de terror (que o possam ter influenciado) ou outros títulos mais ligados ao cinema alternativo e de Série B. 
Roger Corman seleccionou filmes da elite cinéfila: Buñuel, Eisenstein, Kazan, Vittorio De Sica, entre outros. Para além da mera selecção dos títulos, Corman apresenta ainda um pequeno texto explicativo que justificam as escolhas. 
Vale muito a pena confirmar aqui.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Fnac: promoção imbatível

A cadeia de lojas Fnac é frequentemente criticada por promover uma política de preços elevada. Pois bem, para contrariar esta opinião e para comemorar os seus 15 anos de vida em Portugal, a Fnac resolveu dinamizar uma promoção imbatível (exclusiva no site) ao nível dos mais variados produtos: livros, DVD, tecnologia, CDs e instrumentos musicais. Há produtos que começam nos 5€ e que chegam aos 80% de desconto.
Só para dar alguns exemplos: que tal comprar a caixa de filmes de Max Ophuls ou de Douglas Sirk por apenas 15.90€ (quando o preço original é de 40€)? Ou os clássicos da literatura contemporânea como Philip Roth, John Updike, Roberto Bolaño ou Martin Amis por apenas 8€ ou 9€? E há muito mais... Não se atrase porque esta promoção só decorre até esta quarta-feira e pesquise pelos seus produtos culturais favoritos aqui.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A história de um álbum mítico

"The Story of Wish You Were Here" é um documentário realizado por John Edginton para a televisão britânica (BBC Four) e que estreou em DVD e Blu-Ray no Verão de 2012.
Trata-se de um documentário que revela, em apenas 59 minutos, os bastidores da criação do álbum com o mesmo nome (lançado em 1975), um dos mais aclamados dos Pink Floyd e de toda a música popular da segunda metade do século XX.
Revela como foram as sessões de gravação (no mítico estúdio Abbey Road), como os músicos criaram as músicas e a decisão de dividir a clássica música "Crazy Diamond" em duas partes.
Além disso, o realizador John Edginton entrevistou os três membros remanescentes - Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason - e incluiu imagens dos falecidos Richard Wright e do mítico Syd Barret.
Sem dúvida um documentário de visionamento obrigatório para todos os fãs dos Pink Floyd, uma das bandas mais influentes da história da cultura pop. 
O documentário pode ser visto - integralmente em inglês - neste link.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Buñuel com livro

Uma boa oportunidade na Fnac: um pack de DVD com 4 filmes do Luis Buñuel + um livro "501 Must-See Movies" (500 páginas sobre 500 filmes a ver). O preço é convidativo: 19,99€.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mais uma boa edição da Criterion

Mais uma boa notícia vinda da Criterion Collection: edição Blu-Ray do clássico (primeira versão de 1934) "O Homem Que Sabia Demasiado" de Alfred Hitchcock (a Criterion lançou em simultâneo uma edição em DVD). Um clássico de Hitchcock em alta definição de imagem e de som num filme cujo título dá o nome a este humilde blogue.
Mais informação sobre esta edição aqui.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Dois clássicos

Por vezes há boas surpresas numa grande superfície comercial como esta: na loja Worten (a publicidade é gratuita) deparei-me com dois grandes filmes clássicos em DVD a preços muito convidativos - 3,90€. São eles "Um Roubo no Hipódromo" ("The Killing", 1956) de Stanley Kubrick e "Eva" ("All About Eve", 1950) de Joseph L. Mankiewicz.
Fui comparar com os preços praticados na Fnac: o filme de Kubrick custa 11,90€ e o de Mankiewicz custa 9,99€. Este não é caso único. Noutras grandes superfícies (como o Jumbo), costuma haver muitos bons filmes a preços de saldo, ao contrário da política elevada de preços da Fnac.
É aproveitar, portanto.