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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Compositores à volta de uma mesa

Os compositores para cinema Marco Beltrami (The Homesman), Danny Elfman (Big Eyes), John Powell (How To Train Your Dragon 2), Trent Reznor (Gone Girl) e Hans Zimmer (Interstellar) juntaram-se à volta de uma mesa redonda para falarem sobre os processos criativos, os instrumentos utilizados, os métodos de trabalho, a relação com os realizadores, etc.
Uma conversa altamente interessante e pedagógica sobre a relação entre o cinema e a música. Destaque pessoal para Danny Elfman e Trent Reznor, os meus compositores para cinema favoritos desta mesa.
Abrir link aqui.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Música ideal para o Natal

Esqueçam o materialismo que o Natal acarreta e que a sociedade de consumo nos impinge. Por momentos, e especialmente neste dia, pensem em propagar os valores que ainda sustentam a estrutura da nossa sociedade: amizade, solidariedade, família, partilha, amor, dádiva, entrega, afecto, ternura... E pratiquem depois de escutar esta belíssima banda sonora de Danny Elfman. Porque "Eduardo Mãos de Tesoura" de Tim Burton explora todos aqueles valores e sentimentos. Logo, para mim é o melhor filme para o Natal que se possa imaginar. Mais ainda com a emotiva e inspiradora música de Elfman.
Fica a sugestão.
 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Danny Elfman ao vivo!

Vai acontecer no dia do Halloween, dia 31 de Outubro e também dia 1 de Novembro no Nokia Theatre de Los Angeles: Danny Elfman interpreta (canta) ao vivo, acompanhado de uma orquestra, a banda sonora do filme "The Nightmare Before Christmas", obra prima de Tim Burton. Já o tinha feito há precisamente um ano em Londres e agora volta a fazê-lo - segundo o próprio - pela última vez.
Meu deus... Tivesse eu dinheiro e a esta hora já teria comprado o bilhete de avião e o do respectivo espectáculo!

Ver aqui mais informação e uma breve entrevista a Danny Elfman.

sábado, 15 de março de 2014

Danny Elfman na animação

"Mr Peabody e Sherman" estreia por estes dias em Portugal. 
É mais um filme de animação dos estúdios Dreamworks Animation. Ainda não vi nem sei se é um bom filme. O que me interessa realçar é que esta  nova animação tem banda sonora de Danny Elfman, quanto a mim, o melhor e mais criativo compositor de cinema dos últimos 20 anos. 
Basta ouvir este tema para identificar o estilo inconfundível de Danny Elfman. Se o filme estiver ao nível da música, já valerá a pena....

domingo, 1 de dezembro de 2013

A melhor prenda de Natal deste ano

"The Danny Elfman & Tim Burton 25th Anniversary Music Box": edição limitada de 1000 exemplares com 16 CDs com as bandas sonoras de Danny Elfman para filmes de Tim Burton; 18 horas de música + 7 horas de música nunca antes editada (entre raridades, inéditos e novas versões); 1 livro com 250 páginas (fotografias raras, textos de Johnny Depp, ilustrações, storyboards, dezenas de testemunhos de colaboradores e artistas de Burton e Elfman...); 1 DVD com conversas entre Danny Elfman e Tim Burton; uma pen drive em forma de Skeleton; e muito mais...
Preço: 499,99 dólares.
Caro? Sim, mas vale cada cêntimo.
Melhor prenda de Natal deste ano.
Mais informação aqui.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Música de Danny Elfman ao vivo com orquestra

Tivesse eu sabido antes, tivesse eu disponibilidade e dinheiro, e a esta hora estaria em Londres para assistir a este evento único: o compositor Danny Elfman junta-se à BBC Concert Orchestra para, juntos, interpretarem os melhores temas das bandas sonoras que Elfman criou para os filmes de Tim Burton.
Mais: pela primeira vez em 18 anos, Danny Elfman, vai cantar algumas das músicas (como por exemplo de "Nightmare Before Christmas"). São quatro concertos entre 7 e 10 de Outubro, em Londres, Leeds, Glasgow e Birmingham.
E por que raios não fazem uma digressão europeia?!
Toda a informação neste link.


sábado, 20 de abril de 2013

A loja dos suicídios



Fixem este filme: "A Pequena Loja dos Suicídios" ("Le Magasin des Suicides", 2012). 
Trata-se de um dos melhores filmes de animação que vi nos últimos anos. É a primeira experiência na animação do consagrado cineasta francês Patrice Leconte, estreou no último Festival de Cannes e irá estrear em breve em Portugal. 
"A Pequena Loja dos Suicídios" é baseado num livro homónimo do escritor francês Jean Teulé e revela-se de uma comédia musical negra sobre uma cidade tão triste, deprimida e desesperada que os cidadãos (e até os animais) se suicidam de forma quotidiana. Para tal, muito contribui uma loja que vende todo o tipo de material e instrumentos facilitadores do acto suicida (cordas para enforcamento, venenos, armas, etc). O filme está brilhantemente bem realizado, tem personagens icónicas e todo o ambiente e a história fazem lembrar o universo macabro de Tim Burton (até na referência à música de Danny Elfman, aqui da autoria do compositor francês Étienne Perruchon - ouvir aqui uma excelente canção de introdução à excêntrica família Tuvache que gere a loja dos suicídios).  
O filme destila um humor bastante negro e absurdo, mais vocacionado para os adultos do que para as crianças (a ideia de que o cinema de animação é só para público infanto-juvenil é um dogma que tem de ser desfeito). E tal como o realizador Leconte explicou numa entrevista, "A Pequena Loja dos Suicídios" é uma metáfora da sociedade actual que tem como pano de fundo a crise económica, o desespero da incerteza do futuro, a angústia existencial e a ausência de valores. Tudo isto é abordado nesta brilhante animação com inteligência e criatividade. 
A animação francesa a marcar pontos, portanto.
Eis o trailer:

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Música para cinema - uma abordagem




O cinema existe desde 28 de Dezembro de 1895, data em que as experiências incipientes dos irmãos Auguste e Louis Lumière, com o “cinematógrafo”, espantaram o público burguês do Grand Café de Paris. Os inventores do cinema lançaram as bases desta emergente linguagem artística com filmagens de um minuto, nas quais mostravam a vida quotidiana de cidadãos comuns.
Apesar do sucesso popular imediato daquelas sessões de projecção cinematográfica (por onde passou o escritor Eça de Queiroz), os irmãos Lumière não auguravam futuro para o cinema. Felizmente que outro francês, George Méliès (realizador do célebre filme “Viagem à Lua”, considerada a primeira ficção do cinema), não pensava da mesma forma e desenvolveu, sobremaneira, a linguagem cinematográfica, ainda que muito ligada à estética teatral. Depois, outros notáveis realizadores se encarregariam de desenvolver a linguagem do cinema de distintas formas.
O que é certo é que durante os primeiros 30 anos da sua história, o cinema foi mudo, mas não totalmente silencioso. Significa isto que o som estava ausente das imagens, apenas havendo um ou outro acompanhamento de piano ou de uma pequena orquestra durante a exibição pública, geralmente tocado por detrás da tela de projecção. Algumas ténues experiências foram feitas na conjugação som-imagem, nomeadamente, na utilização que alguns realizadores fizeram utilizando a música de compositores clássicos, como Saint-Saëns, Pizzetti ou Satie. Curiosamente, outros grandes compositores como Stravinsky, Bartók, Ravel ou Schoenberg, que se aventuraram na criação de música para filmes, manifestaram-se ineptos criadores de bandas sonoras para cinema. Daí que a relação entre o cinema e a música seja uma relação artística complexa e problemática, uma vez que se reveste de múltiplas facetas e visões distintas, levantando determinadas questões pertinentes que praticamente se mantêm vivas até hoje: será a música para cinema meramente ilustrativa? Os compositores para cinema são compositores de primeira ou de segunda? A banda sonora para filme é um género à parte da restante produção musical? Um filme fica mais rico se tiver sempre uma partitura original (como nos filmes Spielberg) ou bandas sonoras adaptadas (como nos filmes de Kubrick)?

Nos primórdios, por impossibilidade técnica, o filme era desprovido de som (banda sonora ou diálogos), e os realizadores e espectadores pouco se importavam com isso. A interpretação dos actores era mais física e expressiva, uma vez que o som dos diálogos era inexistente. Dava-se relevo às imagens e suas múltiplas formas expressivas. Quando o sonoro surgiu, no filme “The Jazz Singer” (1927, com o actor Al Jonhson a imitar um cantor de jazz negro), houve alguma resistência por parte de grandes vultos do cinema à novidade técnica do som. O próprio Charlie Chaplin chegou a dizer que o som iria “matar o cinema”. E Greta Garbo foi das poucas actrizes que se conseguiu afirmar no período sonoro com a mesma veemência com que o tinha feito no mudo. A revolução do sonoro tinha começado. Apesar da ausência de som e de música, este foi um período extremamente criativo no que se refere à consolidação da linguagem artística do cinema, enquanto forma estética (montagem, realização, fotografia, cenários) e objecto semiótico (narrativo, ficcional, documental).

Determinados filmes foram efectivamente silenciosos durante décadas. Chaplin musicou, ele próprio, os filmes “Luzes da Cidade” (1931) e “Tempos Modernos” (1936) apenas durante a década de 60.
Buñuel fez o mesmo com a obra-prima “Un Chien Andalou” (1929), à qual adicionou a banda sonora (tango argentino) 35 anos depois da estreia. Ou seja, os realizadores de cinema cedo se aperceberam da grande importância que a música detinha como complemento das imagens. Por isso Eisenstein trabalhou logo em 1938 com o compositor Sergei Prokofiev, que compôs a banda sonora épica do filme “Alexander Nevsky”, num exemplo acabado da perfeita sincronia criativa entre imagem e som. Os sons (no sentido da sonorização da narrativa) e a banda sonora (a música propriamente dita com funcionalidade dramática) desempenham um motor emocional próprio no espectador, desencadeando reacções que não seriam possíveis caso não houvesse essa componente sonora.

Durante o período áureo da indústria de Hollywood - dos anos 40 a 60 do Século XX – revelaram-se grandes compositores para cinema: Bernard Herrmann. Elmer Bernstein, Nino Rota, Ennio Morricone, Henri Mancini, Alfred Newman entre muitos outros. Hoje qualquer cinéfilo identifica a ligação estética entre determinados cineastas e músicos: David Cronenberg e a música de Howard Shore, Sergio Leone e a música de Ennio Morricone, Steven Spielberg e a música de John Williams, Hitchcock e a música de Bernard Herrmann, Tim Burton e a música de Danny Elfman, Peter Greenaway e a música de Michael Nyman, etc. Durante os últimos anos, uma das estratégias de reabilitação do cinema mudo tem sido conseguido com o fenómeno dos cine-concertos (ou filmes-concertos).

Isto é, filmes que são acompanhados com música original interpretada ao vivo e em tempo real da projecção. Há inclusive compositores e grupos musicais que se dedicam exclusivamente à criação de bandas sonoras para filmes mudos. Projectos de diversas proveniências estéticas e nacionalidades têm criado música original para filmes imortais do período mudo: Art Zoyd, Pet Shop Boys, Cinematic Orchestra, Alloy Orchestra, Clã, Mário Laginha, Nuno Rebelo, etc.
No fundo, novos campos de experiências estéticas se abriram com a confluência dos filmes com os concertos ao vivo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Anderson e Desplat

O filme "Moonrise Kingdom" de Wes Anderson é um prodígio de imaginação visual, rigor estético e narrativa efusiva. Na linha dos seus anteriores filmes, Wes Anderson está a construir uma linguagem plástica única, com características marcadamente de autor. O ritmo da montagem, o tom suavemente surrealista das histórias, a realização milimétrica, a mise-en-scène obsessiva e a utilização inteligente da banda sonora, fazem da obra de Wes Anderson em geral, e de "Moonrise Kingdom", em particular, uma notável manifestação artística em imagens e sons.
E no que se refere à música, há que dar um grande destaque à soberba e inspiradíssima banda sonora que o compositor francês Alexandre Desplat fez para o último filme de Anderson (uma das melhores bandas sonoras para cinema deste ano, quanto a mim). A partir da obra do compositor britânico Benjamim Britten (cuja música também se ouve no filme), Desplat compôs uma música timbricamente expressiva e de grande sensibilidade estilística.  
Neste particular e belo trecho, a música de Desplat faz lembrar Danny Elfman misturado com Bernard Herrmann:

terça-feira, 13 de março de 2012

Danny Elfman: três apontamentos


Apontamento 1: Fui confirmar se o compositor Danny Elfman, colaborador de longa data do realizador Tim Burton, vai continuar a compor bandas sonoras para o criador de "Eduardo Mãos de Tesoura". Resposta: sim, e este ano de 2012 vamos poder assistir a duas obras criadas em parceria. Isto porque Tim Burton vai estrear dois filmes durante este anos: já em Maio lança o filme "Dark Shadow" e em Outubro, "Frankenweenie". Ambos, claro está, com banda sonora de Danny Elfman.

Apontamento 2: Entretanto, a propósito de Danny Elfman, soube também que ele colaborou, em 2007, com a banda de rock Avenged Sevenfold. Aliás, basta ouvir o tema "A Little Piece of Heaven" para perceber que a orquestração é criação tipicamente danny 'elfmaniana'.

Apontamento 3: Danny Elfman vai fazer a música original para um filme de fantasia intitulado "Oz: The Great and Powerful", com realização de Sam Raimi (com quem já colaborou por diversas vezes). Irá estrear apenas em 2013 e será uma prequela do clássico "The Wizard of Oz".

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A minha escolha: Danny Elfman


O Flávio Gonçalves, autor do blog de cinema O Sétimo Continente, convidou-me a escrever um pequeno texto sobre uma banda musical preferida de um filme.
Perante tamanha dificuldade, escolhi uma banda sonora pouco conhecida e de que gosto especialmente: a primeira composição original de Danny Elfman (o meu compositor contemporâneo favorito de cinema) para a primeira longa-metragem de Tim Burton - "A Grande Aventura de Pee-Wee"

As razões da escolha aqui.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O primeiro filme de Tim Burton


A propósito do último "Playtime" (sobre a primeira película de Tim Burton), gostaria de referir que se trata de um dos meus filmes preferidos de Burton. Creio até que só os verdadeiros fãs do cinema de Tim Burton devem conhecer e apreciar a primeira longa-metragem do realizador - "A Grande Aventura de Pee-Wee" (1985). Isto porque se trata de um filme praticamente ignorado e subestimado no seio da filmografia tão singular de Tim Burton.
Este filme foi também o início da fantástica colaboração com o compositor Danny Elfman, o meu compositor para cinema preferido.
Esta obra, realizada pouco tempo do cineasta ter saído da Disney, conta a história de Pee-Wee Herman (interpretado pelo comediante Paul Reubens, que seria anos mais tarde envolvido num escândalo sexual), um excêntrico homem que parece viver eternamente o mundo da infância, embarca na maior aventura de sua vida pelos EUA para encontrar a sua amada bicicleta, que fora roubada em plena luz do dia.
"A Grande Aventura de Pee-Wee" é um maravilhoso e divertido filme de Tim Burton, repleto de um imaginário visual que Burton iria desenvolver no futuro.
Em meados de 2010 foi anunciado que este filme iria ter uma sequela intitulada "Pee-Wee's Playhouse: The Movie" (a estrear no decorrer deste ano), realizada não se sabe bem por quem (nem o Imdb informa...).
Duas coisas me parecem garantidas: Tim Burton não será, de certeza, o realziador, e a sequela dificilmente conseguirá igualar a criatividade do filme original.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Manson canta Elfman

Para quem não sabe, Marilyn Manson fez uma versão do tema "This is Halloween", que serve de abertura do filme "O Estranho Mundo de Jack" de Tim Burton. Sou tudo menos admirador da obra de Manson, mas acabo por reconhecer que o seu universo gótico e barroco se coaduna muito bem com o espírito do filme.
A versão é mesmo soberba. De resto, foi o próprio Danny Elfman (compositor original da banda sonora) quem propôs à Disney o nome de Manson para fazer a versão do tema. Claro que a Disney levou algum tempo a concordar com a ousada proposta. Mais propriamente... 5 anos (Elfman explica o processo aqui)!

domingo, 24 de outubro de 2010

Simpsons ao som de instrumentos de brinquedo

Tenho a certeza que Danny Elfman, compositor da banda sonora dos "The Simpsons", vai gostar muito desta versão com instrumentos de brincar do "MysteryGuitarMan":

domingo, 17 de outubro de 2010

"Nightmare Before Christmas" em 4D?


Depois da moda do 3D, vem a moda do... 4D. Era inevitável.
Não é uma novidade assim tão nova quanto isso, visto que já tinha havido experiências muitos anos atrás - mas ainda incipientes. A tecnologia avançada proporcionou novas formas de imersão do espectador. E o que o 4D contribui ao 3D? Basicamente, efeitos, digamos, meteorológicos: vento, nevoeiro, chuva, neve...
Assisti uma única vez a uma sessão em 4D, numa sala especialmente preparada para tal, no Zoo Marine (Algarve), visionando um pequeno documentário sobre o reino animal. Confesso que achei piada à experiência de cair chuva (em pequenas quantidades, claro) ou vento sobre mim, mas a surpresa e a novidade depressa se esgotaram. No entanto, os produtores de cinema, ávidos de encontrar novas possibilidades comerciais para determinados filmes, têm opinião contrária. Prova disso é o facto da obra-prima "Nightmare Before Christmas" de Tim Burton ser resposta, no próximo dia 21, em Los Angeles, numa versão 4D. Este filme já tinha tido uma versão em 3D, e agora passa para o 4D.
Para quê? Por fins unicamente comerciais, porque à arte cinematográfica propriamente dita, os elementos naturais dentro da sala escura em nada contribuem para o seu enriquecimento. Não passará apenas de uma experiência mais sensorial e fugaz. O filme de Tim Burton não precisava deste tipo de complementos para se afirmar como um dos melhores filmes de animação jamais realizados.
Agora resta esperar que outros filmes serão submetidos à ditadura do 4D. Quanto esta tecnologia expirar a sensação de novidade, é provável que chegue o 5D - a quinta dimensão!
A boa notícia à volta deste assunto é o facto de, no mesmo dia da projecção 4D, ser lançado uma edição especial de discos comemorativa dos 25 anos de colaboração entre o compositor Danny Elfman e o realizador Tim Burton: 19 horas de música referente a 13 filmes em que trabalharam juntos. Isto sim vale a pena!

domingo, 29 de agosto de 2010

A música de "The Ghost Writer"

Finalmente vi "The Ghost Writer" ("O Escritor Fantasma") de Roman Polanski. Mas hoje não me apetece falar do filme (um thriller competente sem deslumbrar). Apetece-me antes falar da música do filme. Finalmente vi uma película, nos últimos tempos, com uma excelente banda sonora. O compositor é francês - Alexandre Desplat - e já tinha dado mostras do seu talento em filmes como "The Curious Case of Benjamim Button", "The Queen" ou "Girl With a Pearl Earring" (foi nomeado ao Óscar por estes dois últimos títulos).
Em "The Ghost Writer", Alexandre Desplat compôs uma banda sonora que evoca o melhor da tradição dos thrillers clássicos de Hollywood, indo buscar inspiração a Bernard Herrmann, John Barry, George Delerue ou até Danny Elfman.
Polanski sempre atribuiu grande importância à música nos seus filmes, e esta constatação é patente desde os seus primeiros thrillers psicológicos dos anos 60. "The Ghost Writer" não é excepção e a música de Desplat motiva o crescendo de tensão com trechos musicais cirúrgicos que intensificam e dão significado a cada cena e a cada ambiente.
Uma música que não se sobrepõe à acção (pelo contrário, por vezes é tão ténue que quase não se dá por ela), uma música que inspira inquietude, deslumbre e imaginação.

sábado, 3 de julho de 2010

Pee-Wee de regresso


Talvez só os verdadeiros fãs do cinema de Tim Burton conheçam e apreciem a primeira longa-metragem do realizador - "A Grande Aventura de Pee-Wee" (1985).
Este filme foi também o início da fantástica colaboração com o compositor Danny Elfman. Esta obra, realizada pouco tempo do cineasta ter saído da Disney, conta a história de Pee-Wee Herman (interpretado pelo comediante Paul Reubens), um excêntrico homem que parece viver eternamente o mundo da infância, embarca na maior aventura de sua vida pelos EUA para encontrar a sua amada bicicleta, que fora roubada em plena luz do dia. "A Grande Aventura de Pee-Wee" é um maravilhoso e divertido filme de Tim Burton, repleto de um imaginário visual que Burton iria desenvolver no futuro.
Soube agora que este filme vai ter uma sequela intitulada "Pee-Wee's Playhouse: The Movie" (a estrear em 2011), realizada ainda não se sabe bem por quem; Tim Burton não é de certeza, e é pena...

domingo, 21 de março de 2010

Um Tim Burton apenas mediano


Este fim-de-semana vi o filme de Tim Burton. Gostei, mas só moderadamente. E dizer isto de um filme do autor de "Big Fish", na verdade, não é ser muito abonatório. "Alice no País das Maravilhas" vale sobretudo pela reconfiguração visual e estética do universo de Lewis Carrol, a interpretação de Helena Bohnam Carter e pouco mais. Seria difícil, sendo um projecto da Disney, que este filme de Burton ostentasse a negritude imagética e o carácter narrativo mais irreverente com que habitualmente conotamos a criatividade de Tim Burton.
Mesmo Johnny Depp tem uma actuação pouco inspirada, parecendo uma variação do registo de Willy Wonka, experimentado em "Charlie e a Fábrica de Chocolate".
Visualmente a película é de uma imaginação irrepreensível, recorrendo a grandes contrates cromáticos (o reino da rainha vermelha e a branca, a floresta, os personagens, o castelo...), mas no final fica-se com uma sensação de pouco entusiasmo, de escassa ousadia formal, tratando-se de Tim Burton. "Alice" resume-se a um divertimento sofisticado mas que não irá marcar a carreira de Tim Burton.
De referir, por último, que o 3D funciona muito pouco como catalisador da história e de envolvimento do espectador e até a música original de Danny Elfman desilude de tão previsível.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Óscares: as respostas ao Ípsilon


O Público convidou-me a responder a algumas questões sobre os Óscares para a edição de hoje do Ípsilon. Eis as minhas respostas:
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Qual foi o Óscar mais mal entregue na história da Academia?

Em 1981, o melodrama meloso de Robert Redford, “Gente Vulgar”, arrecadou o Óscar de Melhor Filme. Como foi possível este filme ter sido o vencedor quando na competição estavam obras como “Raging Bull” de Scorsese e “The Elephant Man” de Lynch?

Qual a maior injustiça da Academia, o Óscar que nunca foi dado e deveria ter sido?

Jerry Lewis é um génio subvalorizado. Recebeu em 2009 o “Jean Hersholt Humanitarian Award”, mas deveria ter recebido também, e sobretudo, um “Honorary Oscar” pelo conjunto da sua carreira como actor e realizador. O compositor Danny Elfman foi nomeado 4 vezes na categoria “Melhor Banda Sonora” e nunca ganhou (e deveria ter ganho, pelo menos, com a música que compôs para “Eduardo Mãos de Tesoura”).

Qual a sua aposta emocional para este ano? Quem ou que filme gostaria ver receber um Óscar?

Se é uma aposta “emocional”, então gostaria de ver Kathryn Bigelow levar para casa o Óscar de Melhor Realizador pelo excelente "The Hurt Locker", em detrimento do seu ex-marido James Cameron e do próprio Quentin Tarantino por “Inglorious Basterds”.