Eis uma extraordinária edição em forma de pack de DVD: "Chaplin Hoje". São dez filmes geniais de Charlie Chaplin apresentados por outros tantos realizadores importantes (Bertolucci, Chabrol, Jarmusch, Kusturica...). Para além das cópias restauradas o pack da Midas Filmes vende-se ao preço quase simbólico de... 15€! Quinze euros por dez filmes grandiosos do insuperável Chaplin. Querem melhor prenda de Natal para oferecer a um amigo cinéfilo?
Link para mais informações.
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domingo, 21 de dezembro de 2014
terça-feira, 21 de maio de 2013
O regresso de Jodorowsky!
É um dos filmes mais esperados do festival de Cannes: ao fim de 21 anos de inactividade, o realizador chileno Alejandro Jodorowsky apresenta-se com "La Danza de La Realidad", o seu novíssimo trabalho.
Jodorowsky é um dos cineastas mais originais e visionários da segunda metade do século XX (sobre ele escrevi isto). Nasceu em 1929 e apenas realizou sete longas-metragens, qual delas a mais surrealista, a mais bizarra e iconoclasta (misturando sexo, violência, western, magia negra, sonhos, mitologia, simbolismo, sangue e religião).
Agora voltou, quase sem prévio aviso, para mostrar um filme autobiográfico com o belo título "A Dança da Realidade". O circunspecto jornal inglês The Guardian refere que se trata de uma obra que mistura o imaginário visual de Kusturica, Tod Browning e Fellini. E vendo o trailer do filme, percebe-se esta mistura de referências.
Seja como for, a nova obra de Jodorowsky está destinada - como tudo o resto que fez antes - a dividir apaixonadamente as opiniões: o espectador ou fica fascinando com os devaneios visuais e narrativos do cineasta ou sente repulsa quase imediata.
Nota: a banda sonora é assinada pelo filho do cineasta, Adan Jodorowsky.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Cinema - Desejos para 2012

Seria bom se 2012 nos trouxesse novos filmes de James Gray, Guy Maddin, Paul Thomas Anderson, Hal Hartley, Todd Solondz, Richard Linklater, Michael Haneke, Larry Clark, Carlos Reygadas, Spike Jonze, Alejandro Jodorowsky, François Ozon, Spike Lee, Wong Kar Wai, Todd Haynes, Richard Kelly, Terry Gilliam (na imagem), Abel Ferrara, Bryan Singer, Jim Jarmusch, Werner Herzog, Godfrey Reggio, Julian Schnabel, Wes Anderson, Chris Marker, Peter Greenaway, Andrei Zvyagintsev, Jean-Claude Brisseau, Kim Ki-Duk, André Téchiné, Bruno Dumont, Christian Mungiu, Emir Kusturica ou Frank Darabont.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
sábado, 3 de outubro de 2009
A amizade de Kusturica por Depp vale uma estátua

Emir Kusturica é um amigo verdadeiro. Como poucos. Gosta tanto dos seus amigos que é capaz de lhes construir uma estátua. Kusturica não faz a coisa por menos e é exactamente o que vai fazer em honra do seu grande amigo Johnny Depp (com quem já colaborou várias vezes e vai voltar a fazê-lo brevemente): mandar erigir uma estátua em tamanho natural! "Johnny Depp é popular, é meu amigo, é um artista sério e neste momento é o artista mais estimado. Ele gostou da ideia, e riu-se quando lhe falei dela, mas já me mandou as suas medidas para o monumento. Fiquei surpreendido com as dimensões das várias partes do seu corpo. Posso imaginar como gostariam as mulheres de saber essas medidas", referiu o realizador sérvio.
O monumento vai ser construído por um escultor chamado Dragan Nikolic Baja e inaugurado em Janeiro de 2010 e vai ficar instalado em Drvengrad (cidade onde Kusturica filmou "A Vida é um Milagre"), numa praça com o nome, imagine-se, "Andrei Tarkovski".
A notícia.
sábado, 18 de julho de 2009
Kusturica & Depp


Emir Kusturica e Johnny Depp já tinham colaborado juntos no filme "Arizona Dream", em 1993. A novidade é que os dois vão voltar a trabalhar em conjunto e logo num projecto prometedor: levar ao grande ecrã a vida do revolucionário mexicano Pancho Villa. Johnny Depp será, obviamente, Pancho Villa, e a actriz mexicana Salma Hayek vai contracenar com o actor. O filme vai ser rodado apenas no final de 2010, devido a compromissos já assumidos por Depp. Apesar de só estrear em 2011, o filme já tem um sugestivo título: "Sete Amigos de Pancho Villa e a Mulher com Seis Dedos". Promete.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Maradona e Robert De Niro


A determinada altura do documentário “Maradona by Kusturica”, o realizador pergunta ao astro do futebol qual o actor de cinema com o qual mais se identifica. A resposta foi pronta: Robert De Niro. Intuitivamente, Kusturica completa a resposta do jogador com: “De Niro de «O Touro Enraivecido». Só podia. Maradona explica porquê: ambos são lutadores, feitos da mesma fibra combativa e força natural, combatentes árduos mas com percursos de vida sinuosos. A única diferença é que Jack La Motta (interpretado por um notável De Niro) combatia num ringue de boxe, enquanto que o futebolista argentino combatia num campo relvado (e Maradona acabou por ser também um combatente pela própria vida, devido ao abuso de cocaína e álcool).
O filme de Kusturica, realizado entre 2005 e 2007 (e apresentado no Festival de Cannes 2008 e no Indie Lisboa), é um interessante documento sobre o génio do futebol mundial. Kusturica enobrece a lenda viva que é Maradona, explora a sua visão do mundo, da política, do seu apogeu e queda para a arte do futebol. Particularmente feliz e original é a música que acompanha as sequências dos golos de Maradona: “God Save the Queen” dos Sex Pistols. Esta opção vai ao encontro de um grito de revolta perante os sentimentos políticos de Maradona para com Bush e os líderes políticos ingleses. Um grito de revolta musical que tem ligações à guerra das Malvinas e teve a sua apoteose simbólica no célebre e imortal jogo entre as selecções da Argentina e da Inglaterra no Mundial do México '86 (o tal em que Maradona marcou dois golos míticos, um dos quais com a famosa “mão de Deus”).
O filme de Kusturica, realizado entre 2005 e 2007 (e apresentado no Festival de Cannes 2008 e no Indie Lisboa), é um interessante documento sobre o génio do futebol mundial. Kusturica enobrece a lenda viva que é Maradona, explora a sua visão do mundo, da política, do seu apogeu e queda para a arte do futebol. Particularmente feliz e original é a música que acompanha as sequências dos golos de Maradona: “God Save the Queen” dos Sex Pistols. Esta opção vai ao encontro de um grito de revolta perante os sentimentos políticos de Maradona para com Bush e os líderes políticos ingleses. Um grito de revolta musical que tem ligações à guerra das Malvinas e teve a sua apoteose simbólica no célebre e imortal jogo entre as selecções da Argentina e da Inglaterra no Mundial do México '86 (o tal em que Maradona marcou dois golos míticos, um dos quais com a famosa “mão de Deus”).
E por falar em Deus, o documentário mostra a loucura colectiva que idolatra Maradona como um Deus (com a anedótica “Igreja Maradoniana”). Sempre que o jogador surge em Público - como no regresso, 15 anos depois, à cidade de Nápoles - onde Maradona teve o seu apogeu futebolístico - um impressionante fervor colectivo toma conta de tudo e de todos. O povo não se limita à simples saudação. Manifesta-se, de forma ruidosa e histérica, com cânticos de louvor incondicional ao ídolo. Maradona continua um fenómeno único, e neste documentário, a essência da sua força (e fraqueza) é captada superiormente pela câmara de Emir Kusturica.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
As Palmas de Ouro

Começou hoje o melhor festival de cinema do mundo, Cannes. A lista de realizadores com novos filmes que vai ser mostrada ao mundo nesta edição é verdadeiramente estonteante: Alain Resnais, Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar, Lars von Trier, Francis Ford Coppola, Terry Gilliam, Gaspar Noé, Johnnie To, Ang Lee, e muitos outros grandes cineastas de autor da actualidade vão estar representados. Muitos deles, irão competir pela desejada e prestigiada Palma de Ouro, o galardão que rotula para sempre o filme (e respectivo realizador) como obra de arte cinematográfica contemporânea (ainda que haja, por vezes, discussões à volta da definição deste conceito e da justiça da atribuição do prémio).
E por falar em Palma de Ouro, estive a verificar a lista de premiados e apeteceu-me elaborar uma lista com os 10 filmes galardoados de que mais gosto. Assim, por ordem de preferência, e compreendendo apenas os filmes vencedores dos últimos 20 anos (entre 1989 - 2009):


1 - "Pulp Ficion" (1994) - Quentin Tarantino
2 - "Barton Fink" (1991) - Joel e Ethan Coen
3 - "Underground" (1995) - Emir Kusturica
4 - "O Pianista" (2002) - Roman Polanski
5 - "Coração Selvagem" (1990) - David Lynch
6 - "Elefante" (2003) - Gus Van Sant
7 - "Dancer in The Dark" (2000) - Lars Von Trier
8 - "O Piano" (1993) - Jane Campion
9 - "4 Meses, 2 Semanas e 2 Dias" (2007) - Christian Mungiu
10 - "O Quarto do Filho" (2001) - Nanni Moretti
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domingo, 6 de julho de 2008
Goran Bregovic: mestre de cerimónias

Ao longo dos anos Goran Bregovic tem mantido uma relação de trabalho muito estreita com o sublime cineasta (jugoslavo, como Bregovic) Emir Kusturica, tendo composto as bandas sonoras para os filmes “O Tempo dos Ciganos” (1989), “Arizona Dream” (1993) e “Underground” (1995). A veia musical de Goran Bregovic encontra-se enraizada na cultura do seu povo, a qual perpetua a existência de rituais festivos que incluem danças, música e canto por alturas de cerimónias fúnebre e casamenteiras. Sendo uma música cuja inspiração é extraída da riquíssima tradição musical dos balcãs em geral, e dos ciganos do leste europeu, em particular, a música de Bregovic só poderia constituir um tratado de ritmos desenfreados e de sugestivas (e por vezes nostálgicas) melodias que sublevam a alma e contagiam o corpo para a dança.
O disco “Ederlezi” compila, por conseguinte, o melhor de todas as bandas sonoras compostas por este músico que já foi um guitarrista de rock. Para quem conhece o brilhantismo e a sensibilidade tragicómica dos filmes de Kusturica, saberá que a música que os acompanha é proporcional à inventividade desse realizador. É um música que enfatiza o poder das imagens em sucessivos momentos de forte encadeamento estético. Por isso este disco é um óptimo ponto de partida para conhecer a abrangência do trabalho de Bregovic, a sua versatilidade estilística, a capacidade que possui em criar suaves melodias em contraste com possantes ritmos.
Inesquecível são algumas das suas canções, como a que interpreta Cesária Évora, a par dos habituais tangos, valsas, polkas endiabradas, canções para funerais ou casamentos, músicas ciganas da Roménia à mistura com guitarras rock, e uma poderosíssima secção de sopros sempre presente (na esteria da Fanfare Ciocarlia).
sábado, 12 de janeiro de 2008
Jerry Lewis - génio esquecido

Tem quase 82 anos de vida. Quando morrer, há-de ser alvo dos previsíveis elogios fúnebres. É sempre assim: na hora da morte é que os media se lembram e incensam determinados artistas (os unanimemente consagrados e os que estão à margem do sistema). Falo de Jerry Lewis, um notável actor e realizador que singrou no sempre exigente e difícil mundo da comédia de Hollywood. Não é exagerado considerar que estamos perante um autor claramente subvalorizado e esquecido, comparativamente a um Mel Brooks, Peter Sellers ou a um Jacques Tati (todos da mesma geração). Por outro lado, Jerry Lewis sempre teve maior reconhecimento por parte do público do que da crítica.
Juntamente com Dean Martin (nos anos 50), formou um duo de actores de sucesso popular. Após a dissolução do duo (por divergências artísticas e luta de egos), Jerry deu vazão a todo o seu talento na década de 60 com filmes onde derramou todo o seu talento e criatividade ("O Professor Chanfrado" é talvez o mais conhecido, mas há também "O Mandarete", "As Noites Loucas do Dr. Jerryll" e "Jerry 8 3/4"). Desenvolveu uma linguagem humorística própria, marca clara de um autor que deixou herança artística (Jim Carrey é apenas um dos actores que reclama a influência de Jerry). Nos anos 70 deixou o cinema quase de lado para se dedicar à televisão (com igual sucesso público). em 1983, Martin Scorsese convida Jerry Lewis para interpretar um raro (mas pungente) papel dramático no excelente filme "O Rei da Comédia", com Robert De Niro - um filme invulgar sobre o lado negro e oculto do exercício do humor. Das últimas aparições de Jerry no cinema, conta-se o filme "Arizona Dream" (1993) de Emir Kusturica, no qual o comediante contracena com Johnny Depp e Faye Dunaway.
Em Portugal podemos encontrar uma caixa de DVD com 5 filmes. E na seguinte sequência, podemos constatar os incríveis recursos humorísticos de Jerry num genial momento de comédia visual, no qual o actor toca uma "máquina de escrever musical" (no filme "Who's Minding the Store"):
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