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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nova Iorque no cinema

Nova Iorque é, porventura, a cidade do mundo mais filmada para cinema e séries de televisão de toda a história. Nunca tive a felicidade de a conhecer in loco enquanto turista (é um dos meus desígnios da vida terrestre), mas construí todo um imaginário visual com tantos e tantos filmes que já vi passados na "Big Apple". 
Ao longo das últimas 3 ou 4 décadas, Nova Iorque tornou-se absolutamente icónica para os cinéfilos de todo o mundo através de centenas de filmes e séries de televisão. Nova Iorque há-de ter um encanto e uma magia muito especiais para atrair tantos realizadores e produtores. Por exemplo, o cineasta Abel Ferrara refere que "New York is the best place to shoot. I know the neighborhoods. The light is really nice here, for some reason". 
Eis um belo vídeo com algumas das mais célebres imagens e citações de Nova Iorque no cinema: 
Há pelo menos meia-dúzia de grandes realizadores (quase todos vivem na própria metrópole) que engrandeceram a cidade e o cinema através da realização de filmes nas ruas e locais nova-iorquinos.

Quanto a mim, os 6 cineastas que mais e melhor filmaram Nova Iorque são:

6º - Sydney Pollack
5º - Spike Lee
4º - Abel Ferrara
3º - Jim Jarmusch
2 º - Martin Scorsese
1º - Woody Allen


“I’ve done about 32 pictures in New York, and I can still find good locations to shoot”
Woody Allen

terça-feira, 7 de julho de 2009

Dicionário de Cinema Para Snobs - Parte 6

Cábula Snob Para Parecenças Confusas:

- Bibi Andersson é a actriz sueca que apareceu em muitos dos mais famosos de Ingmar Bergman, incluindo "Sorrisos de Uma Noite de Verão", "O Sétimo Selo", "Morangos Silvestres" e "A Máscara".
- Harriett Andersson é a actriz sueca que apareceu em muitos dos outros filmes famosos de Ingmar Bergman, como "Através de Um Espelho", "Lágrimas e Suspiros" e "Fanny e Alexander". Bibi e Harriet não são aparentadas.
- Josef von Sternberg era um realizador vienense baixinho, que acrescentou "von" ao nome por puro pretensiosimo e fez vários filmes nos anos 30 com Marlene Dietrich, na altura sua amante, incluindo "O Anjo Azul", "Marrocos", "O Expresso de Xangai" e "A Imperatriz Vermelha".
- Erich von Stroheim era um realizador vienense baixinho, que acrescentou "von" ao nome por puro pretensiosimo e fez notáveis filmes mudos como "Esposas Levianas", "Aves de Rapina" e "The Wedding March". Mais tarde fez aparições memoráveis como actor em "A Grande Ilusão" e "Crepúsculo dos Deuses".
- Sidney Lumet é o realizador intenso, autor de incómodos nacos de realismo nova-iorquino como "Serpico", "Um Dia de Cão" e "Príncipe da Cidade".
- Sydney Pollack foi o afável realizador de filmes populistas, amados pela academia, como "Tootsie" e "África Minha".
- William Wyler foi o rigoroso e exigente realizador que deu que falar nos anos 30 por causa dos filmes "Veneno Europeu" e "Jezebel, a Insubmissa" e que se inspirou na sua experiência como membro da Força Aérea americana na Segunda Guerra Mundial para fazer os filmes de guerra "Os Melhores Anos das Nossas Vidas".
- William Wellman foi o rigoroso e exigente realizador que deu que falar nos anos 30 por causa dos filmes "O Inimigo Público" e "Nasce Uma Estrela" e que se inspirou na sua experiência como piloto condecorado pela Legião Estrangeira Francesa na Primeira Guerra Mundial para fazer os filmes de guerra "The Story of GI Joe" e "Battleground".

domingo, 7 de junho de 2009

A dança dos cavalos abatidos


É um filme que é uma tocante e sensível metáfora da vida: "Os Cavalos Também se Abatem" ("They Shoot Horses, Don't They?", 1969) de Sydney Pollack. Um filme que se passa durante a Grande Depressão, nos anos 30, nos Estados Unidos da América, num tempo em que a maioria da população carecia de uma vida digna, sofrendo com o desemprego e a crise. Devido às terríveis circunstâncias da vida daquela época (miséria social e económica), muitos homens e mulheres tentavam ganhar qualquer coisa nas oportunidades mais inusitadas, como nos concursos de dança em formato de maratona. Neste concursos, que testavam ao extremo a resistência física s psicológica dos competidores em troca de comida, roupas e alguns míseros trocados, revelavam-se tristes histórias de vida, de desespero e de angústia. O palco de dança é o palco da vida. A maratona, a duração da existência.
Com um soberbo par de actores (e dançarinos) Jane Fonda e Michael Sarrazin, "Os Cavalos Também se Abatem" representa a luta pela sobrevivência, a luta pela dignidade humana face à adversidade e aos obstáculos da vida. O preço por esta luta terá sempre consequências terríveis para os competidores (como demonstra o final pessimista e trágico do filme). Um filme que aborda o tempo de crise dos anos 30. Um filme que podia adaptar-se à crise dos anos 2000, com os actuais concursos televisivos (alguns de dança), que reflectem uma sociedade vazia, supérflua e sem escrúpulos para os falhados. Uma sociedade que abate os cavalos dispensáveis.

domingo, 29 de março de 2009

O prodigioso cinema americano dos 70


Que relação existe entre filmes como "O Padrinho", "Serpico", "Taxi Driver", "Easy Rider", "O Cowboy da Meia-Noite", "O Exorcista", "Sombras", "Carrie""The French Connection", e "A Woman Under the Influence"? Todos são filmes americanos dos anos 70, marcando decididamente uma nova e entusiasmante era do cinema americano. Depois da época de ouro de Hollywood das décadas de 40 e 50, o cinema norte-americano só voltaria a regenerar-se e a afirmar-se esteticamente com o fulgurante movimento pós-60 (decorrente dos ideais do movimento hippie, da contracultura, da oposição à guerra do Vietnam, da emergência da defesa dos direitos civis, etc). Alguns desses realizadores que iniciaram essa revolução são agora nomes confirmadíssimos do cinema mundial: Francis Ford Coppola, Roger Corman, Robert Altman, Martin Scorsese, Brian de Palma, Dennis Hopper, William Friedkin, Sydney Pollack, John Cassavetes, Peter Bogdanovitch, entre outros. 
Esta nova geração americana de cineastas viria a revolucionar o cinema dos EUA, com óbvias influências da vanguarda do cinema europeu (Bergman, Godard, Antonioni, Herzog, Fellini...). Era já um cinema com novas preocupações sociais, artísticas e políticas. Em 2003, dois cineastas, Richard LaGravenese e Ted Demme (sobrinho de Jonathan Demme), realizaram um documentário sobre a excitante década de 70 do cinema americano, com depoimentos exclusivos de realizadores, produtores e actores que protagonizaram os grandes filmes que marcaram, mundialmente, os anos 70. Agora a Midas Filmes, sempre atenta ao melhor da produção do documentário, acaba de editar o filme "O Cinema Americano dos anos 70 - Uma Década em Revolução". Vale muito a pena descobrir.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Óscares - o rescaldo


A 81ª Cerimónia dos Óscares foi, sem dúvida, a melhor dos últimos dez anos. A Academia tinha prometido muitas novidades e uma renovação do formato televisivo em termos de produção e de conteúdo. E as expectativas foram claramente superadas, com um espectáculo de televisão magnífico, altamente profissional e surpreendente. Hugh Jackman, como apresentador e anfitrião da cerimónia, demonstrou ser um excelente comunicador, dançarino e cantor (fez lembrar os melhores momentos de Billy Cristal), surpreendendo com os números musicais e as tiradas humorísticas. O ritmo da entrega das estatuetas douradas foi equilibrado e muito melhor apresentado do que nas mornas edições dos últimos anos, com inovações no modelo de apresentação e entrega dos Óscares das categorias principais (como nas de interpretação, em que surgiam cinco actores ou actrizes em palco).
Eis os momentos, quanto a mim, altos e memoráveis desta edição dos Óscares:
- O estilo dandy de Mickey Rourke.
- A excelente prestação de Hugh Jackman.
- O dueto musical entre Hugh Jackman e Anne Hathaway.
- O discurso de agradecimento de Penélope Cruz.
- A emocionante ovação de pé a um debilitado Jerry Lewis.
- A soberba montagem – acompanhada pela canção de Queen Latifah - do momento de evocação das personalidades do cinema falecidas em 2008, finalizando com as imagens de Sydney Pollack e Paul Newman.
- O discurso de Kate Winslet e o momento em que agradece ao pai e diz: “Não sei onde estás, assobia para te ver!”. Então ouve-se um sonoro assobio do meio da plateia.
- O discurso do realizador japonês vencedor do documentário de curta-metragem em que disse, umas 10 vezes, “sank you” (thank you).
- O excelente medley de canções nomeadas ao Óscar com o dueto Hugh Jackman e Beyoncé e o momento musical ao vivo do tema "Jai Ho" de “Slumdog Millionaire”.
- O discurso com conotações políticas do argumentista de “Milk”.
- O discurso honesto e espontâneo de Danny Boyle: elogiou o espectáculo dos Óscares e fez um raro “mea culpa” vindo de um realizador – pediu perdão a um actor indiano que não foi incluído nos créditos do filme.
- A reacção emocionada da actriz Anne Hathaway aos elogios da veterana actriz Shirley MaClaine.
- O olhar emocionado e de respeito de Angelina Jolie, Brad Pitt e Cristopher Nolan no momento do agradecimento do Óscar póstumo a Heath Ledger.
- A derrota, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, dos filmes “A Valsa com Bashir” e “A Turma”.
- O magnífico discurso de Sean Penn, finalizado com uma referência ao concorrente Mickey Rourke, “because he´s back rising again!”.
- A duração bastante mais curta da cerimónia (3h30m) relativamente a edições anteriores (que chegavam às 5h).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mulher (mas só no cinema)


Esta é a actriz protagonista do filme "Rage" da realizadora Sally Potter. Certo? Errado. Esta personagem feminina é encarnada pelo célebre actor Jude Law, que se submeteu a duras sessões de maquilhagem para se transformar, de forma convincente, em mulher. Law sempre foi um galã, dentro e fora dos filmes, e agora optou por esquecer esta sua faceta e enveredar por uma experiência interpretativa radical. Ao jeito do que fizeram Jack Lemmon e Tony Curtis na mítica comédia "Some Like It Hot" (1959) de Billy Wilder, ou Dustin Hoffman em "Tootsie" (1982) de Sydney Pollack. Mas a película de Wilder foi realizada há 50 anos e Jude Law, à custa da sofisticação do "make-up", parece muito mais mulher do que as toscas (mas divertidas) transformações de Lemmon e Curtis. O filme "Rage" está anunciado como uma tragicomédia que se passa no mundo da moda.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Top 2008

Balanço

Último dia do ano. Tal como fiz o balanço no final de 2007, estas são as minhas escolhas para o ano de 2008. Não sei se são as melhores. São aquelas que gostei de desfrutar ao longo do ano. Uma selecção pessoal. Nada mais. Mas há uma confissão a fazer: no fim de um ano de imensa produção cultural, a sensação com que fico é de uma certa frustração incómoda. Isto porque, depois das escolhas feitas, fico sempre com a nítida impressão de que ficaram muitas mais referências de fora que não tive oportunidade de conhecer. Muitos filmes que não vi, muitos discos que não ouvi, muitos livros que não li. A produção cultural é cada vez maior e torrencial a cada ano que passa. Milhares e milhares de objectos culturais são despejados para o mercado, quase indistintamente. Descortinar a qualidade no meio da quantidade é cada vez mais difícil e ingrato.

A própria comunicação social sente-se incapaz de dar vazão a tanta informação. E por isso, certos discos e filmes importantes são por vezes relegados para o fundo da prateleira por falta de espaço editorial ou por conflitos de interesses jornalísticos. Conseguir fazer uma selecção criteriosa dos produtos de qualidade dos que não têm interesse nenhum, exige esforço redobrado do cidadão comum para recolher cada vez mais informação (através de revistas, internet, jornais, rádio…) de molde a definir a sua própria opinião. O tempo é escasso para fruir (e usufruir) as propostas mais interessantes (no fundo, resume-se tudo ao que disse neste post). Ainda há filmes, discos e livros que ainda não conheço mas que provavelmente entrariam para a lista de preferências que se seguem... Agora é esperar que 2009 entre em força com boas e novas propostas.

Filmes:

Ainda não vi “Corações” de Alain Resnais, “A Turma” de Laurent Cantet, “Quatro Noites com Anna” de Jerzy Skolimowski, “O Homem de Londres” de Béla Tarr, “Destruir Depois de Ler” de Ethan e Joel Coen, “A Ronda da Noite” de Peter Greenaway, “Antes que o Diabo Saiba que Morreste” de Sidney Lumet, “Fome” de Steve McQueen, “Gomorra” de Matteo Garrone, “Em Bruges” de Martin McDonagh, “Austrália” de Baz Luhrmann…

1 – “Este País Não é Para Velhos” – Ethan e Joel Coen
2 – “Alexandra” – Alexander Sokurov
3 – “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias” – Cristian Mungiu
4 – “No Vale de Elah” – Paul Haggis
5 – “Haverá Sangue” – Paul Thomas Anderson
6 – “O Segredo de um Cuzcuz” - Abdellatif Kechiche
7 – “O Lado Selvagem” – Sean Penn
8 – “Sweeney Todd” – Tim Burton
9 – “The Darjeeling Limited” – Wes Anderson
10 – “Os Falsificadores” - Stefan Ruzowitzky
11 – “Wall-E” – Andrew Stanton
12 – “Nós Controlamos a Noite” – James Gray
13 – “O Assassínio de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford” – Andrew Dominik
14 – “O Orfanato” - Juan Antonio Bayona
15 – “Michael Clayton” – Tony Gilroy
16 – “Joy Division” – Grant Gee
17 – “The Mist” – Frank Darabont
18 – “O Acontecimento” - M. Night Shyamalan

Discos:

Apesar do hype da imprensa, ainda não ouvi discos como Fleet Foxes, Beach House, Dirty Projectors, Bon Iver, Evan Parker, Hercules & Love Affair, Silver Jews, The Dodos, Fennesz, Cut Copy, Hot Chip, She and Him…

1 - Secret Chiefs 3 – “Xaphan Book of Angels Volume 9”
2 - Leila – “Blood, Looms and Blooms””
3 - Clutchy Hopkins – “Walking Backwards”
4 - TV On The Radio – “Dear Science”
5 - Man Man – “Rabbit Habits”
6 - Portishead – “Third”
7 - Bombay Dub Orchestra – “3 Cities”
8 - Metaform – “Standing on the Shouders og Giants”
9 - Tricky – “Knowle West Boy”
10 - Stag Hare – “Black Medicine Music”
11 - Amon Tobin – “Foley Room Recorded Live In Brussels”
12 - Camille – “Music Hole”
13 - Nico Muhly – “Mothertongue”
14 - Gang Gang Dance – “Saint Dymphna”
15 - Devotchka – “A Mad And Faithful Telling”
16 - Girl Talk – “Feed the Animals”
17 – DJ Rupture – “Uproot”
18 - Fuck Buttons – “Street Horrrsing”
19 - Original Silence – “The Second Original Silence”
20 - Santogold – “Santogold”
21 - Firewater – “The Golden Hour”
22 - Matmos – “Supreme Baloon”
23 - Boredoms – “Super Roots #9”
25 - Paavoharju – “Laulu Laakson Kukista”
25 - Vampire Weekend – “Vampire Weekend”
26 - Ladytron – “Velocifero”
27 - The Bug – “London Zoo”
28 - Brazillian Girls – “New York City”
29 - Melvins – “Nude With Boots”
30 - Spiritualized – “Songs in A & E”

Discos portugueses:

Confesso que não fui um ouvinte regular de música portuguesa em 2008. Mas do que fui ouvindo ao longo do ano, gostei de: Deolinda, A Naifa, Mandrágora, Rocky Marsiano, peixe : avião, Linda Martini, Mesa, Melech Mechaya, Mikado Lab, Gala Drop, The Vicious Five, Mão Morta, Dead Combo…

Livros

Queria ter lido (espero ainda ler durante 2009): “Os Nus e os Mortos” de Norman Mailer, “Histórias de Amor” de Robert Wasler, “A Derrocada de Baliverna” de Dino Buzzati, “Contos Completos” de Truman Capote, “Correcção” de Thomas Bernhard, “Castelos Perigosos” de Céline, “Musicofilia” de Oliver Sacks, “O Jovem Estaline” de Simon Montefiore…

1 - “Sonderkommando” – Shlomo Venezia
2 – “Lacrimae Rerum” – Slavoj Zizek
3 – “A Monstruosidade de Cristo” – Slavoj Zizek
4 – “A Filosofia Segundo Woody Allen” - Vários autores
5 – “A Filosofia Segundo Alfred Hitchcock” – Vários autores
6 – “Em Busca do Grande Peixe” – David Lynch
7 – “A Febre” – Jean-Marie Le Clézio
8 – “O Jogo do Mundo” – Júlio Cortázar
9 – “O Homem Sem Qualidades Vol.1” – Robert Musil
10 – “Património” - Philip Roth
11 – “Toda a Música que eu Conheço” – António Victorino D’Almeida
12 – “Homem na Escuridão” - Paul Auster

Edições em DVD

Caixa “John Cassavetes”
Caixa “Hal Hartley”
Caixa “Wim Wenders”
Caixa "Mel Brooks"
“O Estranho Mundo de Jack”
– Edição Especial
“Casablanca” – Edição Coleccionador
“The General – Pamplinas Maquinista” – Ed. Especial
“Vertigo – A Mulher que Viveu Duas Vezes” – Ed. Especial
“Hstória(s) do Cinema” – Jean-Luc Godard
“Holocausto”
“Um Coração Selvagem” – Ed. Limitada
“Eraserhead” – Ed. Especial
"Vem e Vê" - Elem Klimov
“Control” – Ed. Especial
Coleccção Manoel de Oliveira
Coleccção “The Godfather – O Padrinho” – Ed. De Luxo
(...)

Embirrações do ano: Amy Winehouse, Tony Carreira, Tokio Hotel e "Rock in Rio"
Conflito do ano: concertos simultâneos de Leonard Cohen e Lou Reed
Acontecimento do ano: centenário de Manoel de Oliveira e Elliott Carter
Adeus: Luiz Pacheco, Bettie Page, Paul Newman, Sydney Pollack, Heath Ledger, Eartha Kitt, Albert Cossery, Harold Pinter, Humberto Solas, Pedro Bandeira Freire, Arthur C. Clarke
Boa notícia: regresso às bancas da revista de cinema Premiere e experiência 3D no cinema ("Bolt", "Viagem ao Centro da Terra"...). Abertura da Cinemateca do Porto.
Má notícia: encerramento da livraria Byblos. Preço dos livros, DVDs e CDs.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pollack


Morreu ontem o realizador Sydney Pollack, aos 73 anos, vítima de cancro detectado há apenas 10 meses. Num certo ponto de vista, Pollack integra com Scorsese e Eastwood, a última geração clássica do cinema de Hollywood. Ainda há poucos dias tinha visto o seu último filme em DVD: "A Intérprete" (2005), com Sean Penn e Nicole Kidman. Um interessante thriller político passado nos bastidores da sede da ONU. Mas Pollack vai ser lembrado por muito mais do que o seu derradeiro filme: "África Minha" (1985) com uma fabulosa Meryl Streep, está cotado na lista do Imdb como o 13º melhor filme de sempre (ganhou dois Óscares). "Tootsie" (1983), com um magnífico Dustin Hoffman travestido de mulher. "3 Dias do Condor"(1975), um filme de espionagem nomeado aos Óscares com Robert Redford e Faye Dunaway. Paralelamente à sua actividade de realizador, não se pode esquecer o trabalho importante de Pollack como produtor ("Cold Mountain" e "Michael Clayton") e actor (fez parte do naipe de actores do último filme de Stanley Kubrick, "De Olhos Bem Fechados", 1999).
Nos extras do filme "A Intérprete", Sydney Pollack comenta que o trabalho de realização é um trabalho penoso e difícil. Não retira grande prazer das filmagens, exceptuando no trabalho de montar o filme, que é aquela faceta do trabalho cinematográfico em que se sentia mais à vontade para criar no isolamento da sala de montagem. Pollack dixit: "I don't value a film I've enjoyed making. If it's good, it's damned hard work."