sábado, 31 de dezembro de 2011
Novo ano
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
A carnificina de Polanski
Polanski encena magistralmente este crescendo de desorientação e de desmontagem de aparências, recorrendo a um humor negro desconcertante, sendo que as interpretações dos quatro actores são absolutamente decisivas para o notável resultado final.
A carnificina do título do filme de Polanski é de índole moral, escalpelizando alguns dos males da civilização moderna: o individualismo, as deturpações no processo de comunicação, os jogos de aparências, a falsidade da bondade humana e a ausência de valores éticos reguladores da vida em sociedade.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Óscares: o cartaz (conservador)
Top 2011 - Os filmes
Assim, do que já vi destacaria 12 títulos.
9 - "Meia-Noite em Paris" - Woody Allen (O regresso de Woody Allen ao mais fino humor intelectual numa obra que compete com as suas melhores comédias de sempre).
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Cheetah
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Top 2011 - Os livros
1 - Kjell Askildsen - "Uma Vasta e Deserta Paisagem"
2 - Truman Capote - "A Erva de Ervas"
3 - Celina Manzoni - "Eu Sou Bolaño"
4 - Kjell Askildsen - "Um Repentino Pensamento Libertador"
5 - Julian Barnes - "Nada a Temer"
6 - Gonçalo M. Tavares - "Short Movies"
7 - Charlie Chaplin - "A Minha Viagem Pela Europa"
8 - Jack Kerouac - "Pela Estrada Fora - O Rolo Original"
9 - Elias Canetti - "Auto-de-Fé"
10 - Julian Barnes - "O Sentido do Fim"
11 - Philipp Meyer - "Ferrugem Americana"
12 - Luís Reis Torgal - "O Cinema Sob o Olhar de Salazar"
Top 2011 - Os discos
1 - Tom Waits - "Bad as Me"
2 - Death Grips - "Exmilitary"
3 - Battles - "Glass Drop"
4 - The Kills - "Blood Pressures"
5 - Shining - "Live Blackjazz"
6 - Tune-Yards - "W H O K I L L"
7 - John Zorn - "Enigmata"
8 - Thurston Moore - "Demolished Thoughts"
9 - PJ Harvey - "Let England Shake"
10 - Amon Tobin - "Isam"
11 - Anna Calvi - "Anna Calvi"
12 - Man Man - "Life Fantastic"
13 - Fleet Foxes - "Helplessness Blues”
14 - White Denim - "D"
15 - People Like Us - "Welcome Abroad"
16 - Felix Kubin - "Bruder Luzifer"
17 - Bill Frisell - "Sign of Life"
18 - Anoushka Shankar - "Traveller"
19 - Sonic Youth - "Simon Werner a Disparu"
20 - Hauschka - "Salon Des Amateurs"
21 - Jazzsteppa - "Hyper Nomads"
22 - Tes La Rok - "Them"
23 - Burial - "Street Halo"
24 - Gang Gang Dance - "Eye contact"
25 - Feelies - "Here Before"
26 - Dirty Beaches - "Badlands"
27 - Burzum - "Fallen"
28 - Kode9 + The Spaceape - "Black Sun"
29 - Planningtorock - "W"
30 - Radiphead - "The King of Limbs"
31 - Fucked Up - "David Comes to Life"
32 - Mouse on Mars - "Abschaffung der Arten"
33 - DJ Shadow - "The Less You Know, The Better"
34 - TV On The Radio - "Nine Types Of Light"
35 - Taraf de Haidouks and Kocani Orkestar - "Band Of Gypsies 2"
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Discos nacionais:
1 - Dead Combo - "Lisboa Mulata"
2 - PAUS - "PAUS"
3 - You Can't Win, Charlie Brown - "Chromatic"
4 - Stealing Orchestra - Deliverance"
5 - Old Jerusalem - "Old Jerusalem"
6 - Macacos do Chinês - "Vida Louca"
7 - Sean Riley & The Slowriders - "It's Been a Long Night"
8 - M-Pex - "iPhado"
9 - Rodrigo Leão - "A Montanha Mágica"
10 - Norberto Lobo - "Fala Mansa"
11 - César Prata - "Canções de Cordel"
12 - The Glockenwise - "Building Waves"
O balanço a chegar
Um génio esquecido
George Antheil (1900 - 1959) foi um músico à frente do seu tempo. Nascido nos EUA, New Jersey, aprendeu muito cedo a tocar piano. Um dia teve um ímpeto expansionista e deixou os EUA com uns imberbes 22 anos, mudando-se para a Europa (Paris, Berlim, Viena...) onde conheceu Stravinsky, uma das suas principais referências. Começou a dar concertos de piano que ficaram famosos pela total inovação técnica de abordar o teclado: de forma percussiva e violenta, gerando amálgamas sonoras abruptas e harmonicamente dissonantes. Numa época em que ainda se respirava a música melódica dos impressionistas (Debussy, Ravel...), George Antheil quebrou regras e violentou os ouvidos mais sensíveis, de tal forma que alguns concertos acabavam em verdadeiros motins.
Mais tarde, George Antheil regressa à américa natal e enverada por uma carreira de compositor de bandas sonoras para filmes de Hollywood. Com o passar dos anos, a música de Antheil foi evoluindo para um estágio estético mais convencional, quase próximo no neo-clacissismo, deixando para trás os anos de rebeldia e ousadia formal. Agora chamo a especial atenção para o que se segue: a recriação da peça musical "Ballet Mécanique" de George Antheil recriada por uma orquestra de instrumentos... robots. Trata-se do projecto norte-americano LEMUR - League of Electronic Musical Urban Robots . A apresentação deste concerto aconteceu na Nation Gallery of Art, Washington, em 2006. São 16 pianos a tocar simultaneamente com uma parafernália imensa de percussão e objectos sonoros pré-controlados.
Deveras impressionante.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Genealogia de Fotogramas #15
domingo, 25 de dezembro de 2011
"The Artist" - O filme mudo
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
O estilo de Ryan Gosling em "Drive"
Robert Capa e "Notorious"
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Woody Allen músico
Há Oliveira e há os outros
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Os bilhetes de cinema
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
O poder da Voz Off
Morgan Freeman – “Shawshank Redemption”
Edward Norton – “Fight Club”
Martin Sheen – “Apocalypse Now”
Richard Dreyfuss – “Stand By Me”
Harrison Ford - “Blade Runner”
Woody Allen - “Annie Hall”
F. Murray Abraham – “Amadeus”
Malcoml McDowell – “Laranja Mecânica”
William Holden - “Sunset Boulevard”
John Hurt - “Dogville”
Tom Hanks - “Forrest Gump”
(voz não creditada) - “How Green Was My Valley”
(voz não creditada) - “Last Year at Marienbad”
(voz não creditada) - “A Barreira Invisível”
(voz não creditada) - “Morangos Silvestres”
domingo, 18 de dezembro de 2011
Sonic Youth - O último concerto?
Wagner e Lars Von Trier
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Lynch sobre Tati
Transhumanismo (no cinema e não só)
Cada célula humana possui centenas de enzimas: máquinas microscópicas capazes de executar a enorme variedade de reacções químicas necessárias à vida. A ideia da nanotecnologia é construir máquinas (ships microscópicos) do tamanho de apenas alguns átomos capazes de executar funções previamente definidas. Por exemplo, um conjunto de nanomáquinas, chamado nanorobot, que execute determinadas tarefas pré-concebidas na resolução de determinados problemas, debelando doenças degenerativas.
Este cenário já tinha sido antecipado pelo conto premonitório do escritor de Ficção Científica Isaac Asimov, cuja adaptação ao cinema resultou no interessante filme “Viagem Fantástica” de Richard Fleischer (1966). Neste filme (vencedor de dois Óscares), um grupo de neurocientistas é miniaturizado - chegando ao tamanho de uma molécula de glicose - e enviado, a bordo de uma nave, ao cérebro de um paciente em coma para o operar, percorrendo para isso a sua corrente sanguínea e todos os perigos inerentes. Hoje em dia, com a nanotecnologia, já é possível à realidade imitar a ficção (mas não ainda nos termos do filme citado). Filmes como "A.I." (2001) de Steven Spielberg parecem ter sido concebidos à luz da ideologia transhumanista.