sexta-feira, 11 de maio de 2012

Na morte de Sassetti

Quando morre um grande músico prematuramente (41 anos), poucas palavras sobram para dizer o que quer que seja. Para memória futura, ficam as palavras do próprio Bernardo Sassetti, tão honesto e genuíno nas opiniões que tinha sobre a música:

Jornalista: "As pessoas têm pouca capacidade para distinguir o que é genuíno?"
Bernardo Sasseti: "A oferta é tanta que gera muita confusão. Hoje os objectos só chegam às pessoas em grande volume através de coisas que são extra-artísticas, ligadas ao comércio, à venda, ou à má influência da televisão na venda de discos que são iguais a milhões de outros antes deles. Existem muitos produtos a que se chama música e que não são música. Música é uma procura, e 95 por cento da música que se lança hoje e que se vende é uma repetição de fórmulas. Ao mesmo tempo, a música portuguesa perdeu um lado genuíno. Recorre-se muito à fórmula fácil para chegar às pessoas. Mas será um problema dos artistas, ou será também dos consumidores, que são pouco exigentes?"
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Entrevista conduzida por Alexandra Prado Coelho publicada no Público.















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