Rui Eduardo Paes é um jornalista, crítico e ensaísta musical já com 30 anos de carreira. O que admiro na sua visão da música é a procura incessante da inovação estética, das correntes musicais mais originais, das manifestações artísticas menos ortodoxas e previsíveis. A sua área de especialização, se assim se pode dizer, é a música de "vanguarda" (devidamente com aspas), categoria onde pode caber Frank Zappa ou John Cage. A sua ânsia de descobrir novos territórios sonoros estimulantes nunca cessou com o passar dos anos.
A dita vanguarda musical percorreu todo o século XX e ainda hoje tem fortes ramificações em várias frentes da música contemporânea, do jazz ao rock, da electrónica às fusões iconoclastas. Ora, o que Rui Eduardo Paes fez agora foi revelar os 100 discos da sua vida, aqueles discos que o marcaram e que moldaram o seu gosto e a sua visão da criação musical. São 100 discos de épocas e géneros totalmente distintos, que vão do free-jazz ao rock progressivo, da electrónica experimental às músicas do mundo, da erudita contemporânea ao art rock.
Enfim, uma lista extremamente curiosa e interessante para qualquer amantes de música (o Rui define cada disco com uma frase sintomática!). Talvez o leitor não conheça muitos dos discos citados, mas a missão do Rui também passar por este processo: o de mostrar aos outros, menos informados, a incrível variedade de boa música pouco conhecida que existe à face da terra (cada disco revelado tem um vídeo associado para que o leitor possa ouvir).
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