O termo flâneur vem do francês e
tem o significado de "vagabundo", "vadio", " preguiçoso", que por sua
vez vem do verbo francês flâner, que significa "para passear".
Charles Baudelaire desenvolveu um significado para flâneur de "uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la". Ou seja, um flâneur é alguém que vagueira sem compromisso por uma cidade, alguém que percorre as suas ruas sem objetivo aparente, mas secretamente atento à história dos lugares, observando as pessoas, a arquitectura e os espaços urbanos (e retirando prazer estético nisso).
O filósofo Walter Benjamin descreveu o flâneur como um produto da vida moderna, um paralelo com o advento do turismo. Benjamin tornou-se no seu próprio exemplo, observando o movimento social e estético durante longas caminhadas por Paris. De resto, a capital francesa é a cidade por excelenência do flâneur.
Charles Baudelaire desenvolveu um significado para flâneur de "uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la". Ou seja, um flâneur é alguém que vagueira sem compromisso por uma cidade, alguém que percorre as suas ruas sem objetivo aparente, mas secretamente atento à história dos lugares, observando as pessoas, a arquitectura e os espaços urbanos (e retirando prazer estético nisso).
O filósofo Walter Benjamin descreveu o flâneur como um produto da vida moderna, um paralelo com o advento do turismo. Benjamin tornou-se no seu próprio exemplo, observando o movimento social e estético durante longas caminhadas por Paris. De resto, a capital francesa é a cidade por excelenência do flâneur.
O flâneur é, pois, aquele que observa o mundo que o cerca de maneira real e
descritiva, levando a vida para cada lugar que vê. O flâneur descreve (nem que seja mentalmente) as
cidades, as ruas, os becos, o mundo exterior. A
rua é o seu lar, o seu mundo. Ali nada é estranho ou prejudicial. Na rua ele
sente-se confortável e protegido. O flâneur do século XIX representou a
angústia da Revolução Industrial. Nos tempos modernos o flâneur confunde-se com o turista mais atento e observador.
É assim que eu gosto de descobrir uma cidade nova, é assim que eu adoro conhecer Paris, Madrid, Londres ou Barcelona - com uma atitude de flâneur: vagueando sem rumo certo, tirando o máximo partido da vida das ruelas, observando as particularidades urbanísticas, os edifícios e o movimento das pessoas nos passeios, os casais que namoram numa requintada esplanada, os belos jardins no meio da agitação urbana, etc. Em suma, sentir demoradamente o palpitar de uma cidade prestando atenção a todos os seus elementos materiais e imateriais. No fim, após processar toda a informação recolhida com a visita à cidade, fantasio sobre como seria se eu vivesse nesse mesma cidade.
Por isso, caro leitor, talvez seja também um flâneur "baudelairiano" sem o saber, caso desfrute de uma cidade desta forma.
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