Hoje assinalam-se 76 anos do início da Segunda Guerra Mundial. Este é um período da história contemporânea que me interessa bastante e há dias comprei um livro (comecei a ler) fascinante que aborda os chamados "Médicos da Morte" do regime nazi. 70 anos após do fim deste terrível acontecimento bélico, este livro é um impressionante documento de 816 páginas consagrado aos horrores da medicina nazi perpetrados durante os 12 anos de vigência do terceiro Reich de Hitler. Do contexto social e ideológico que permitiu corromper em absoluto o papel do médico, aos responsáveis no terreno pelos actos mais hediondos, esta é uma obra baseada em testemunhos de sobreviventes, confissões de médicos SS e em milhares de documentos que os nazis não conseguiram destruir antes da derrota final.
Milhares de crianças, deficientes, homossexuais, ciganos, judeus e até alemães dissidentes, prisioneiros de uma ideologia que os renegava da própria condição humana, foram alvo de atrozes experiências médicas com o objectivo aniquilar as raças inferiores ou ajudar no esforço de guerra.
Foi o apogeu da crueldade do Terceiro Reich, um delírio científico que choca e repugna. E que deve ser lido para nunca ser esquecido. Os médicos nazis tinham rédea solta para fazer as experiências que quisessem nos campos de concentração. Incineraram, castraram, congelaram, sufocaram homens, mulheres e crianças sem misericórdia. Retiravam órgãos e membros, transfundiam sangue de uns para outros em experiências macabras... este livro prova quão monstruoso pode ser o ser humano.
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