terça-feira, 18 de novembro de 2008

Man Ray e o cinema


Man Ray (na imagem à direita, ao lado de Salvador Dalí) fez parte do movimento dadaísta e surrealista dos anos 20 e 30 do século XX. Um artista iconoclasta e original como poucos que marcou a arte de todo o século. Desenvolveu uma obra artística tão inovadora na pintura como na fotografia. Neste último campo, fez retratos únicos de artistas como Picasso, Dali, Magritte, Buñuel. Artaud, Satie, Cocteau, Stravinski, James Joyce, Ducahmp, Matisse, Picabia (foi amigo de quae todos)… E o nu feminino adquiriu outra elevação estética com as fotografias de Man Ray.
Para além destas intervenções artísticas que influenciaram grande parte da arte produzida nas décadas seguintes, Man Ray experimentou também o cinema como veículo para a sua visão libertária da arte. No apogeu do movimento surrealista e expressionista, no qual todas as linguagens de vanguardas eram permitidas, Ray fez as curtas-metragens “Emak – Bakia” (1926), “L’Étoile de Mer” (1928) e “Les Mystères du Château de Dé” (1929). Três absolutos expoentes do cinema como poesia visual, como plataforma de experimentação estética e formal. São filmes abstractos e que recorrem a técnicas inovadoras de filmagem, montagem e efeitos visuais (alguns devedores do mundo da fotografia). Todos estes filmes (e mais alguns) estão disponíveis para visionamento no site da UbuWeb.

1 comentário:

Anónimo disse...

E da fotografia estroboscópica. ;)