Notas em jeito de balanço telegráfico sobre a cerimónia dos Óscares 2011:
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- No cômputo geral, uma cerimónia muito morna e previsível. Aborrecida, mesmo, em vários momentos. Sem ritmo, sem rasgos de “espectáculo televisivo”.
- Momentos musicais deploráveis (aproveitou-se Randy Newman, ainda que com falhas técnicas no microfone), com especial destaque para a montagem vídeo de homenagem aos realizadores e actores falecidos, acompanhados com uma canção insuportavelmente pirosa de Celine Dion (aguentar isto às 4h da manhã é só para estóicos!).
- Os apresentadores/anfitriões, James Franco e Anne Hathaway, actores da mesma geração (para captar público jovem), não conseguiram estimular a plateia. Anne esteve mais desinibida e comunicativa (e canta bem), mas Franco foi monótono e pouco expressivo. Parecia até desconfortável. Patético o momento em que James Franco se disfarçou de… Marilyn Monroe! Mais interessante foi a forma como Franco actualizou, praticamente em tempo real, o seu blog com vídeos de bastidores enquanto decorria a própria cerimónia.
- Boa surpresa (e ovação de pé) da noite: o regresso ao palco de Billy Cristal (porventura o melhor e mais consensual apresentador de sempre dos Óscares), que contribuiu com algumas boas piadas a propósito da sua referência - Bob Hope.
- O início demolidor do discurso de agradecimento de Charles Ferguson, realizador do documentário “Inside Job” sobre a crise financeira mundial: “Desculpem, mas tenho de começar por dizer que, depois de três anos de uma crise financeira terrível causada por uma fraude massiva, nem um responsável executivo financeiro tenha sido preso!”. Reacção do público: um misto de salva de palmas com assobios.
- No cômputo geral, uma cerimónia muito morna e previsível. Aborrecida, mesmo, em vários momentos. Sem ritmo, sem rasgos de “espectáculo televisivo”.
- Momentos musicais deploráveis (aproveitou-se Randy Newman, ainda que com falhas técnicas no microfone), com especial destaque para a montagem vídeo de homenagem aos realizadores e actores falecidos, acompanhados com uma canção insuportavelmente pirosa de Celine Dion (aguentar isto às 4h da manhã é só para estóicos!).
- Os apresentadores/anfitriões, James Franco e Anne Hathaway, actores da mesma geração (para captar público jovem), não conseguiram estimular a plateia. Anne esteve mais desinibida e comunicativa (e canta bem), mas Franco foi monótono e pouco expressivo. Parecia até desconfortável. Patético o momento em que James Franco se disfarçou de… Marilyn Monroe! Mais interessante foi a forma como Franco actualizou, praticamente em tempo real, o seu blog com vídeos de bastidores enquanto decorria a própria cerimónia.
- Boa surpresa (e ovação de pé) da noite: o regresso ao palco de Billy Cristal (porventura o melhor e mais consensual apresentador de sempre dos Óscares), que contribuiu com algumas boas piadas a propósito da sua referência - Bob Hope.
- O início demolidor do discurso de agradecimento de Charles Ferguson, realizador do documentário “Inside Job” sobre a crise financeira mundial: “Desculpem, mas tenho de começar por dizer que, depois de três anos de uma crise financeira terrível causada por uma fraude massiva, nem um responsável executivo financeiro tenha sido preso!”. Reacção do público: um misto de salva de palmas com assobios.
- O artista anónimo Banksy (nomeado para a categoria de documentário) foi proibido de entrar no Kodak Theatre disfarçado e especulava-se sobre a sua eventual presença (disfarçado ou não). Quando Justin Timberlake se aproximou do microfone para anunciar os nomeados para esta categoria, disse: “Boa noite, eu sou… Banksy”.
- A actriz Melissa Leo ganhou o Óscar como Melhor Actriz Secundária por “The Fighter” e deixou escapar nos agradecimentos um “fuck” (que não foi transmitido pela televisão americana por causa do “delay” da realização – já a contar nestas eventualidades).
- Surpreendente aparição do veterano actor Kirk Douglas (95 anos), a mandar piadas à Anne Hathaway (“Oh Anne! Por onde andavas quando eu era um jovem actor?”). Apesar da manifesta debilidade física, revelou grande dose de humor e animou a plateia.
- Javier Bardem e Josh Brolin surgiram ambos vestidos de igual: smoking branco, à “empregado de mesa”!
- As piadas já gastas a Charlie Sheen.
- O Óscar de melhor banda sonora original para Trent Reznor e Atticus Ross por “A Rede Social”. Quem diria, há uns anos atrás, que o ex-mentor da banda industrial Nine Inch Nails viria a ganhar um Globo de Ouro e um Óscar?
- Óscar esperado – mais ainda assim merecido – para Natalie Portman.
- Os Óscares bem entregues a “Inception” nas categorias técnicas.
- A actriz Melissa Leo ganhou o Óscar como Melhor Actriz Secundária por “The Fighter” e deixou escapar nos agradecimentos um “fuck” (que não foi transmitido pela televisão americana por causa do “delay” da realização – já a contar nestas eventualidades).
- Surpreendente aparição do veterano actor Kirk Douglas (95 anos), a mandar piadas à Anne Hathaway (“Oh Anne! Por onde andavas quando eu era um jovem actor?”). Apesar da manifesta debilidade física, revelou grande dose de humor e animou a plateia.
- Javier Bardem e Josh Brolin surgiram ambos vestidos de igual: smoking branco, à “empregado de mesa”!
- As piadas já gastas a Charlie Sheen.
- O Óscar de melhor banda sonora original para Trent Reznor e Atticus Ross por “A Rede Social”. Quem diria, há uns anos atrás, que o ex-mentor da banda industrial Nine Inch Nails viria a ganhar um Globo de Ouro e um Óscar?
- Óscar esperado – mais ainda assim merecido – para Natalie Portman.
- Os Óscares bem entregues a “Inception” nas categorias técnicas.
- Irmãos Coen de mãos vazias.
- Já não há paciência para os desfiles das actrizes na "passadeira vermelha" e as entrevistas dos jornalistas a perguntar de que estilista é o vestido...