sábado, 31 de agosto de 2013

Bukowski na Internet

A grande notícia cultural do dia tem a ver com um dos grandes escritores americanos (malditos e/ou marginais) da segunda metade do século XX: Charles Bukowski (1920 - 1994).
Truculento, mulherengo, vagabundo, bêbado, provocador e escritor de notável verve e originalidade, Bukowski tem agora direito a um site que reúne a mais completa e diversificada informação sobre a sua vida e obra (até disponibiliza o ficheiro do FBI sobre ele ou as dezenas de localizações geográficas dos locais onde viveu e trabalhou).
Está tudo aqui. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

"Blade Runner" em bonecos fascinantes

Nunca fui grande fã das "movie figures", ou seja, dos bonecos que reproduzem personagens de filmes. Mas a verdade é que, perante, a qualidade excepcional destes bonecos de "Blade Runner", sou forçado a admitir que posso mudar de ideias. 
Estas figuras não foram fabricadas por qualquer fábrica em série. Foram criadas por um experiente escultor chamado Scott Pettersen que, durante durante vários meses, trabalhou de forma minuciosa para captar o maior número de pormenores físicos - e de vestuário - de cada personagem do clássico de Ridley Scott. O resultado é impressionante. 
Deveras irresistível para os fãs de "action figures" em geral e de "Blade Runner" em particular. Para conhecer melhor o projecto destes bonecos, abrir aqui.




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cinecoa - a celebração do cinema

A terceira edição do Festival Internacional de Cinema de Vila Nova de Foz Côa - Cinecoa - está prestes a ter início. Desta vez, os grandes destaques são uma retrospectiva cinematográfica e fotográfica do realizador espanhol Luis Buñuel, do cinema do canadiano Denis Côté, a estreia da nova curta-metragem de Teresa Villaverde e vários cine-concertos que irão decorrer entre Setembro e Outubro. Nesta edição, a festa do Cinecoa não se vai cingir apenas a Vila Nova de Foz Côa, mas também vai estender-se a Lisboa, Porto e Peso da Régua.
Sem dúvida que se trata de um festival de cinema diferente (apesar de ter uma dimensão mais pequena), que propõe a reflexão sobre a arte do cinema através de um conjunto diversificado e rico de actividades.
Para consultar a programação e toda a informação, ver aqui.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Paris: livraria icónica

Em Paris visitei uma livraria irresistível. Irresistível pelo encanto, charme e conteúdo: "Shakespeare and Company"
Fica situada no número 17 da Rue de la Bucherie, mesmo atrás da célebre catedral Notre Dame. Abriu em 1951 e actualmente é considerada das livrarias mais distintas e icónicas da capital francesa. Para tal muito serviu ter sido cenário de dois importantes filmes: "Before Sunset" (2004) de Richard Linklater e de "Midnight in Paris" (2011) de Woody Allen
A "Shakespeare and Company" é especializada em literatura anglo-americana e é fruto de uma livraria original (com o mesmo nome) que funcionou entre 1919 e 1940, frequentada na altura por artistas e escritores como Man Ray, Ernest Hemingway, Ezra Pound ou Gertrude Stein.
Actualmente a livraria é gerida por Sylvia Beach Whitman, filha do ex-proprietário George Whitman. Neste espaço respira-se literatura e arte como se o tempo parasse. Existem frequentemente actividades como leituras públicas de poesia, encontros de escritores, tertúlias literárias, etc.
Uma livraria que não é apenas um depósito de livros, mas sim um magnífico espaço de fruição e partilha de saberes, fazendo justiça à Paris boémia e artística.
(Fotos: Victor Afonso)






sábado, 24 de agosto de 2013

Gondry na Espuma dos Dias

"A Espuma Dos Dias" é o livro mais famoso do escritor francês Boris Vian. Uma obra intrincada, repleta de um imaginário fértil e surrealista, personagens icónicas, diálogos rebuscados e múltiplos olhares sobre o amor, a vida e a morte. Várias vezes adaptada ao teatro e uma única vez ao cinema, agora teremos a oportunidade de ver o resultado da visão deste livro do realizador Michel Gondry no grande ecrã. 
E verdade seja dita: se há cineasta contemporâneo que saberá captar a essência da complexa obra literária de Boris Vian, esse cineasta é Michel Gondry (pelas provas que já deu no passado na criação de um imaginário cinematográfico muito próprio) . 
Para já, o curto trailer:

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Os actores que Woody lançou

O que têm em comum os nomes de Jeff Goldblum, Lewis Black, Paul Giamatti, Sigourney Weaver, Christopher Walken, J.T. Walsh, William Macy, Larry David, Steve Carel, Jennifer Garner, Sylvester Stallone, Sharon Stone, Kirsten Dunst e John C. Reilly?
Para além de serem todos actores e actrizes, entraram em filmes de Woody Allen. Melhor: são nomes de actores e actrizes (agora conhecidos e - alguns - consagrados) que foram projectados, ainda novos, por terem entrado em filmes de Allen. É a marca Woody Allen a funcionar.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O que diz Tarkovski #7

"Não consigo de modo algum entender o problema da chamada 'liberdade' ou da 'falta de liberdade' de um artista. Ele nunca é livre. A nenhum grupo de pessoas falta mais liberdade. O artista está preso ao seu dom, à sua vocação".

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cinemateca: morte lenta

É uma notícia triste (para o panorama cultural português) mas que se aguardava: a Cinemateca Portuguesa (Lisboa) está em risco de fechar por falta de verbas. Sim, agora não se trata de cortar em material publicitário ou em salários (que já foram feitos). O que está agora em causa é o encerramento de portas. Ponto.
Segundo esta notícia, a Cinemateca, instituição cultural de utilidade pública reconhecida no campo da divulgação e preservação da História do Cinema, corre o sério risco de fechar portas e actividades se em Setembro não tiver um orçamento que possibilite o seu normal funcionamento.
É lamentável que um país deixe chegar a esta situação-limite uma instituição cultural de inestimável valor e grandeza. Mas os sinais dos últimos dois anos têm vindo a prenunciar o desinvestimento progressivo estatal no sector da cultura. 
A ver vamos se o Estado vai conseguir resolver este grave problema... 

Hans Zimmer no seu habitat criativo

Hans Zimmer é considerado um dos mais proeminentes compositores para cinema dos últimos 20 anos. Com mais de 100 partituras ao longo da sua premiada e prestigiada carreira, Zimmer definiu um estilo próprio que vai dos grandes arranjos sinfónicos a experiências electrónicas mais singulares. Aqui pode ouvir uma compilação dos seus mais famosos trabalhos criativos para cinema.
Estas imagens documentam o local de trabalho de Hans Zimmer: ao contrário de um estúdio frio e distante de casa, Zimmer cria e trabalha no seu próprio lar, numa mistura faustosa de grande salão e de estúdio ultra-moderno. Cheio de cores vivas e decorado com um gosto muito peculiar e sugestivo, este espaço parece ser deveras propício à criação musical e à inspiração.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Até já

Esta semana (pelo menos até Domingo, dia 18 de Agosto), não haverá actualizações do blog Homem Que Sabia Demasiado. Férias são férias e descanso mental também é necessário. 
Boas férias com boa cultura para todos. 
Até já.

As primeiras fotos de um grande realizador

Em 1949, um jovem e talentoso fotógrafo da revista Look Magazine, de apenas 21 anos, foi indicado para fazer uma reportagem fotográfica sobre a vida urbana e quotidiana da cidade de Chicago. O título da reportagem seria "Chicago: City of Contrasts". O jovem fotógrafo, ainda com alguma inexperiência mas com muita vontade de mostrar a sua criatividade e a sua sua peculiar visão do mundo, vagueou durante semanas com a sua inseparável máquina Leica pela cidade para tirar as melhores fotografias.
Esta notícia não seria muito importante não fosse o caso das fotografias serem de grande qualidade e do nome do seu autor ser... Stanley Kubrick.
Para ver o resto do portefólio, abrir aqui.

Leitura para férias

O melhor elogio a este livro partiu do jornal The Guardian: "Se Baudelaire fosse um jovem africano deambulando pelas ruas de Nova Iorque contemporânea, este seria o livro que escreveria". 
Ler crítica aqui.

O que é dito e o que é pensado

Lembram-se de uma cena no filme "Annie Hall" (1977) de Woody Allen na qual o realizador conversava na varanda com Diane Keaton (enquanto bebiam) e surgiam legendas dos pensamentos verdadeiros que cada um tinha enquanto falavam de assuntos banais? É algo que me ficou sempre registado na memória, porque na verdade, todos nós quando conversamos com alguém dizemos coisas fúteis e pensamos exactamente o contrário do que afirmamos. 
Esse recurso inteligente que na altura Woody Allen utilizou - o de misturar e contrastar os diálogos com pensamentos mais íntimos - foi agora desenvolvido no Brasil com resultados hilariantes: um casal de namorados encontra uma jovem que já não viam há muito tempo. A conversa desenrola-se de forma trivial e com lugares-comuns. Mas a verdade é que cada um dos três "pensa" (nas legendas) coisas bem diferentes daquilo que diz e só as convenções sociais e morais impedem que digam o que lhes vai realmente na alma. O resultado esta colisão entre o que é dito e pensado é deveras cómico e permite, no meio do humor e da sátira, perceber um bocadinho melhor o modo de funcionamento da psicologia do ser humano.

sábado, 10 de agosto de 2013

Sofia em duas capas

Duas belas edições dos suplementos culturais dos dois mais importantes jornais portugueses: o Atual do Expresso e o Ípsilon do Público. Ambos dedicaram a capa à realizadora Sofia Coppola a propósito da estreia do seu último filme em Portugal.
Beleza e talento em duas imagens.

Lisbon Record Shops

João Pedro Almeida é um amante de música e de lojas de discos e vive em Lisboa. Perante a ausência de uma lista estruturada de lojas de discos em Lisboa, resolveu pôr mãos à obra e fazer ele próprio um site com um objectivo muito claro: divulgar as lojas de discos (essencialmente de vinil) existentes na capital tendo como 'target' primordial os turistas estrangeiros. 
João Pedro Almeida deu-lhe o nome de Lisbon Record Shops e revela-se uma preciosa ajuda para os apreciadores e coleccionadores de discos: não só constam os nomes das lojas actualmente em actividade, como as respectivas descrições de cada uma delas, fotografias de cada espaço, localização no mapa da cidade e informações úteis (morada, horários de funcionamento, contactos...).
Estrangeiros ou portugueses, já não há desculpas para desconhecer o que Lisboa oferece no que diz respeito a lojas de discos especializadas.






sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Os filmes de Paris no telemóvel









No mundo tão vasto das chamadas app (aplicações) para telemóveis, nem sempre é possível encontrar boas apps no domínio do cinema. Ora, o canal de televisão francês Arte fez uma parceria com o estúdio Small Bang, especializado em aplicativos para smartphones, e lançou o que, provavelmente, se vai tornar na app mais interessante sobre Paris. 
O nome da app é Cinemacity e está disponível, por enquanto, em francês, inglês e alemão tanto na plataforma iPhone como na Android. O software mapeia diversos locais de vários filmes filmados na capital francesa e ainda sugere passeios temáticos onde o utilizador pode percorrer locais imortalizados por animações e clássicos do cinema. O serviço, inteiramente gratuito, ainda informa o tempo necessário para cada caminhada e dá uma descrição breve sobre a cena que foi filmada em cada local, assim como uma ficha técnica do filme (sem contar com a produção francesa, só Hollywood realizou à volta de 800 filmes em Paris!).
O que pode pedir mais um cinéfilo que visite a Cidade-Luz?
Eis como funciona o Cinemacity:

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Homenagem à tragédia do Kursk


No próximo dia 12 de Agosto assinalam-se 13 anos da tragédia do submarino Kursk. Para quem não se recorda, o Kursk era um submarino nuclear russo que afundou no mar de Barents em 2000 devido a uma explosão nunca devidamente explicada (ou pelo menos com versões contraditórias). Apesar das tentativas de resgate que duraram 4 longos dias, 118 homens tiveram uma morte lenta que indignou o mundo (44 oficiais e 68 marinheiros). 
Para lembrar este incidente dramático, o músico Matt Elliott (ex-The Third Eye Foundation) compôs uma música em homenagem aos tripulantes mortos. Esta música faz parte do magnífico álbum "Drinking Songs" de 2005. Por seu lado, Sandrine Romet-Lemonne, artista plástica e realizadoracanadiana, criou as imagens para a música de Matt Elliott: num único plano fixo que tem a duração da música, a artista encena uma cabine do submarino onde dorme (no beliche superior) um incauto tripulante que não se apercebe da subida lenta das águas que ditam o afundamento do submarino. 
Sandrine Romet-Lemonne tem um particular cuidado na composição plástica: utiliza o contrate de luz, preocupa-se com a ameaça paulatina da subida da água, mistura o reflexo do sonho do homem na água e, por fim, apresenta o final inevitável. 
A música de Matt Elliott é de uma beleza profundamente triste e desesperada. No início uma guitarra dedilhada em modo suave e nostálgico; depois ouvem-se vozes em murmúrio como se fossem as vozes dos fantasmas do Kursk. Juntam-se-lhes coros de lamento e angústia. No cômputo geral, não é um trabalho lamechas, é antes sensível e de notável bom gosto estético.  
E depois de visionarmos este pequeno filme pensamos no terrível e trágico pesadelo que os 118 homens experimentaram com o afundamento do Kursk. 
 

Os óculos dos filmes

domingo, 4 de agosto de 2013

A Paris de Woody Allen

Os meus pais foram emigrantes em França e eu vivi até aos sete anos no centro de Paris. Tenho ainda fortes recordações da minha vida na capital francesa. Lembro-me das ruas, das avenidas, dos parques, do rio Sena, de alguns monumentos e da escola onde estudei. Vou voltar a Paris de férias este mês e estou ansioso para me reencontrar com as minhas próprias memórias e sentir a beleza que esta cidade transmite. 
Por isso me lembrei do início do filme "Midnight in Paris" (2011) de Woody Allen. Antes da história propriamente dita ter início, o realizador filmou a cidade em diferentes planos fixos para dar uma perspectiva multifacetada da beleza e singularidade estética únicas da capital. 
São três minutos maravilhosos ao som da música "Si Tu Vois Ma Mère" do clarinetista de jazz Sidney Bechet (uma das referências musicais de Woody). A combinação entre uma certa melancolia transmitida pela música, a fotografia deslumbrante e as imagens das ruas, da arquitectura, das luzes, das matizes de cor de Paris, fazem desta introdução uma ode belíssima a Paris. 
E para quem conhece Paris e já circulou pelas suas ruas, jardins, avenidas e cafés, concordará que esta sequência é de um deslumbramento nostálgico deveras comovente.  
Obrigado, Woody Allen.

sábado, 3 de agosto de 2013

"Cargo" - Exemplar curta-metragem


É uma das melhores curtas-metragens que vi recentemente. E é a prova de que a qualidade de um filme não se mede pela sua duração. Estes 7 minutos de cinema são bem melhores do que muitas longas-metragens de duas horas (há um comentário no Youtube que diz que estes 7 minutos são melhores do que a segunda e terceira temporada da série "Walking Dead". E eu estou tentado a concordar). E prova outra coisa: que ter uma ideia criativa (leia-se: argumento) é uma condição suficiente para desenvolver um filme com alma e arrojo. 
Falo de "Cargo", curta que tem dado muito que falar e que já conta com mais de 3 milhões de visualizações no Youtube e foi finalista este ano do maior festival do mundo de curtas-metragens, o australiano Tropfest.
Basicamente, o triunfo desta curta é a forma original como aborda o universo dos zombies, tema tão banal e explorado nos últimos tempos. O filme retrata o início de um apocalipse zombie quando, após um acidente de carro, um homem encontra a mulher zombie, enquanto a sua filha bebé ainda está viva. O problema é que ele também foi mordido e tem que correr contra o tempo para que ele mesmo não seja uma ameaça para a própria filha. Não é um filme de terror, nem um thriller, não tem violência gráfica, é antes um filme com um pendor poético e emocional sobre o amor de um pai por uma filha. Um filme sobre o instinto de sobrevivência e de defesa pelos que mais amamos. 
Realizado pelos jovens Ben Howling (também realizador de videoclips) e por Yolanda Ramke (actriz que faz de zombie), "Cargo" é uma obra que se desenrola sem diálogos, apenas a narrativa visual se impõe como motor da história. Sim, porque em apenas 7 minutos de filme há uma história com princípio, meio e fim. E é uma história bem filmada e interpretações (sobretudo do pai) deveras convincentes.
Agora falta esperar por uma longa-metragem de Ben Howling para confirmar este talento emergente do cinema.
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Site do realizador.
Filme completo:

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Christopher Nolan - cinéfilo improvável

E já que publiquei (ver post abaixo) a lista dos 10 filmes preferios de Roger Corman, eis mais uma série de listas bem interessantes divulgadas pelo site Flavorwire. Trata-se de uma lista de 10 realizadores - de Woody Allen a Quentin Tarantino, de Francis Ford Coppola a Stanley Kubrick.
Claro que há listas mais interessantes do que outras. A de Kubrick, Scorsese ou do Woody Allen são reveladoras da sua imensa cinefilia. Mas a lista que mais me surpreendeu foi a de Christopher Nolan ("Batman" e "Inception") que demonstra ter um gosto cinéfilo deveras aguçado.
A saber: Nolan cita como filmes preferidos "Twelve Angry Men" de Sidney Lumet, "Greed" de Eric von Stroheim, "The Testament of Dr. Mabuse" de Fritz Lang, o (raramente) citado "Mr. Arkadin" (também conhecido como "Confidential Report") de Orson Welles ou "Koyaanisqatsi" de Godfrey Reggio. Sem dúvida que Nolan conhece bom cinema clássico, algo que nem sempre transparece nos seus filmes "mainstream".
Ver aqui a lista completa.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Top 10 de Roger Corman

O site The Criterion Collection, editora de DVD e Blu-Ray especializada em edições de cinema de autor e clássico, tem uma rubrica muito interessante. Chama-se, simplesmente, Top 10, e convida um realizador ou outra figura do cinema a revelar as suas dez preferências nos títulos do (rico e diversificado) catálogo da Criterion.
O último realizador a responder a este desafio foi o veterano Roger Corman, autor de culto na área do cinema independente e de terror. É deveras surpreendente comprovar as suas escolhas, uma vez que se trata de um Top 10 de primeiríssima qualidade no que concerne ao gosto cinéfilo mais apurado. Nada de filmes de terror (que o possam ter influenciado) ou outros títulos mais ligados ao cinema alternativo e de Série B. 
Roger Corman seleccionou filmes da elite cinéfila: Buñuel, Eisenstein, Kazan, Vittorio De Sica, entre outros. Para além da mera selecção dos títulos, Corman apresenta ainda um pequeno texto explicativo que justificam as escolhas. 
Vale muito a pena confirmar aqui.