Em 1986 tinha acabado de estrear o filme "O Sacrifício" de Andrei Tarkovski. Um amigo meu que o tinha visto em Lisboa chegou ao pé de mim e disse-me: "Vais gostar porque sente-se Nietzsche por todo o lado".
Vem esta estória a propósito do site Taste of Cinema que publicou uma lista com os 15 filmes mais influenciados pela filosofia de Nietzsche (pode ser vista aqui). Por ser uma temática que me interessa (cinema e filosofia), li a publicação e fiquei surpreendido em constatar qual o filme em primeiro lugar: "O Cavalo de Turim" do húngaro Béla Tarr. Segundo o artigo, este filme condensa os princípios fundamentais da filosofia nietzschiana, como o conceito de Eterno Retorno, o nihilismo ideológico e o pessimismo existencial.
Na verdade, o filme de Tarr reflecte e aborda toda esta matéria e ficamos ainda mais convencidos quando pensamos que a grande ambição de vida do realizador era ter sido filósofo. Não foi filósofo no sentido tradicional e académico, mas praticou a filosofia realizando filmes.
Na verdade, o filme de Tarr reflecte e aborda toda esta matéria e ficamos ainda mais convencidos quando pensamos que a grande ambição de vida do realizador era ter sido filósofo. Não foi filósofo no sentido tradicional e académico, mas praticou a filosofia realizando filmes.
3 comentários:
fã brasileira de suas postagens!
Obrigado!
Sou de Pernambuco, estado brasileiro. Parabéns pelos seus comentários sempre apurados, precisos e coerentes. Belo trabalho e ótimo blog.
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