domingo, 7 de junho de 2015

O meu pai

Custa tanto dizer isto: o meu pai morreu. 
Um pai nunca devia morrer tão cedo, devia haver uma lei que obrigasse os pais a viverem até aos 120 anos, com saúde e lucidez. Mas o meu querido pai morreu e deixou-me profundamente desolado e desorientado. Um pai dedicado e um avô extremoso como nunca conheci. 
Gostava que Terrence Malick, com a sua veia poética, fizesse um filme sobre o meu pai. Seria um filme belo, sensível e onírico. Enquanto Malick não faz um filme sobre o meu pai, deixo aqui uma singela homenagem com a música e letra que o poeta Allen Ginsberg escreveu sobre a morte de seu pai. Uma música que já me comovia antes do meu pai morrer (agora ainda mais):
   
Hey Father Death, I'm flying home 
Hey poor man, you're all alone 
Hey old daddy, I know where I'm going 

Father Death, Don't cry any more 
Mama's there, underneath the floor 
Brother Death, please mind the store 

Old Aunty Death Don't hide your bones 
Old Uncle Death I hear your groans 
O Sister Death how sweet your moans 

O Children Deaths go breathe your breaths 
Sobbing breasts'll ease your 
Deaths Pain is gone, tears take the rest 

Genius Death your art is done 
Lover Death your body's gone 
Father Death I'm coming home 

Guru Death your words are true 
Teacher Death I do thank you 
For inspiring me to sing this Blues 

Buddha Death, I wake with you Dharma 
Death, your mind is new Sangha 
Death, we'll work it through 

Suffering is what was born 
Ignorance made me forlorn 
Tearful truths I cannot scorn 

Father Breath once more farewell 
Birth you gave was no thing ill 
My heart is still, as time will tell. 

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PS - O blogue vai ficar inactivo os próximos dias até a minha mente e o meu coração ficarem mais libertos de dor.

14 comentários:

Maria Eu disse...

Deixo um abraço, ainda que virtual. A dor, só o tempo amainará.

Alecio Júnior disse...

Meus sentimentos...virtuais, mas ainda sentimentos.

José Figueiredo disse...

Os meus sentimentos.

Anónimo disse...

Um abraço.

Alexander Sweden

Anónimo disse...

Os meus sentimentos.

Um grande abraço.

Miguel Noronha disse...

Sei bem o que isso é. O meu pai também faleceu há alguns meses. Um abraço.

Anónimo disse...

Um forte abraço de mais um anónimo que sente.

Anónimo disse...

Não estou preparado para isso. Os meus sentimentos...
Luis santos

Anónimo disse...


quase diariamente venho a este blog.

Lamento a morte de seu pai mas pense que se calhar ele foi para um sitio onde poderá estar bem e, quem sabe, um dia regressar...

j.m.

Ro Fers disse...

Lamento muito, muito mesmo.
A dor da perda é indescritível.
Um grande abraço de conforto!

Anónimo disse...

lamento imenso. mesmo.

um abraço forte
mg

Anónimo disse...

Na véspera de um Natal de um longínquo ano da década
de 60 o meu "papi" deixou-me orfã de carinhos, de
afinidades, dos seus claros olhos azuis.
Enquanto eu viver, ele estará sempre, sempre, no meu
coração, na minha memória. Meu querido pai tanto que
nós gostávamos de cinema. Depois da revolta inicial
vem a realidade, porque nós continuamos a viver.
Um sorriso para si e toda a coragem possível.
Maria

Demonarch disse...

Meu pai tambem faleceu, em 2001, ainda sinto muita a sua falta. Por isso tive fibromialgia.

Fátima disse...

os meus sentimentos :(