No próximo dia 27 de Novembro este blog completa 8 anos de existência.
No entanto, lamentavelmente, não vai chegar a essa data porque decidi encerrá-lo de vez.
Explico porquê.
No entanto, lamentavelmente, não vai chegar a essa data porque decidi encerrá-lo de vez.
Explico porquê.
Criei o blog 'O Homem Que Sabia Demasiado' no já longínquo ano de 2007, uma altura em que a blogosfera florescia por todos os lados. Eram poucos os blogs dedicados exclusivamente à causa da cultura e das artes. Este meu blog nunca foi exclusivamente dedicado ao cinema, ainda que tenha sido nomeado duas vezes para prémios de blogs de cinema. Sempre foi um espaço multidisciplinar no qual abordava assuntos que me interessavam: música, cinema, literatura, fotografia, arte em geral (basta ver as etiquetas). Nunca segui sem modas ou tendências da blogosfera. Orgulho-me da coerência de conteúdos que este blog manteve ao longo de quase 10 anos. Os primeiros três anos de actividade foram de intensa publicação, com uma média louca de 90/100 publicações por mês. Os últimos meses tenho publicado uma média de... 15. Ao longo destes anos todos publiquei 4378 publicações, tive milhares de comentários a posts e mais de um milhão e meio de visitas a páginas. Uma grande percentagem de leitores eram brasileiros.
O balanço geral é positivo: partilhei muita informação e conhecimento, à custa do blog conheci pessoas interessantes, recebi imensos comentários positivos sobre a qualidade do blog, sobre o prazer da divulgação cultural, convidaram-se a escrever noutros espaços virtuais. Até tive um rapaz de 18 anos do Brasil que uma vez me disse que eu era uma espécie de "professor" dele, com tanta coisa que aprendia neste blog. Fazendo uma pesquisa, reparei que no mesmo dia em que assinalei 4 anos de existência, referi que já acusava algum cansaço e ponderava terminar com o blog. No entanto, prossegui mais 4 anos motivado com o feedback positivo generalizado que ia tendo. Há um ano voltei a manifestar cansaço. Aguentei mais um ano...
Mas convenhamos: eu sei fazer autocrítica e tenho a plena convicção que este blog já não mantinha a mesma qualidade e interesse de há uns anos atrás. No último ano, tenho a noção, tem-se arrastado, muitas vezes, com posts pouco interessantes, repetitivos, só para dizer que estava "activo". E isso significa manter vivo um espaço de forma artificial. Sinto que canalizei toda a minha inspiração e trabalho nos primeiros anos, porque manter vivo e interessante um blog com esta tipologia exige muita persistência, disponibilidade, dedicação, pesquisa permanente. E nos últimos tempos tenho sentido um maior vazio nesse aspecto. A minha própria vida pessoal e profissional tem-me roubado tempo para me dedicar tanto à vida quotidiana do blog.
E depois há a fria estatística: após o boom da blogosfera, o meu blog sofreu um decréscimo de visitas, muito menos comentários de leitores, muito menos partilhas. Ou seja, os meus leitores tornaram-se meramente residuais e ocasionais. Eu percebo isso no contexto de - como já li - "morte da blogosfera" face ao advento massivo de outros meios de informação/comunicação/redes sociais. Se tenho pena de fechar 'O Homem Que Sabia Demasiado'? Sim, tenho. Vou ficar com muito boas memórias. Eu próprio aprendi muita coisa a construir este blog. Mas como tudo na vida, para cada "começo" há um "fim". E chegou o momento do fim deste blog, um fim que eu considero ser provocado por "morte natural". E por estas razões decidi terminar a actividade do blog, evitando que se arraste penosamente qual vegetal virtual.
Uma palavra final para os meus leitores, sobretudo aqueles mais fiéis que me seguiram durante anos e anos: muito obrigado. Foram vocês que mantiveram vivo este espaço de partilha e de comunicação. Não vou ficar totalmente inactivo, uma vez que vou mantendo o espírito do blog na página homónima do Facebook (mas não será a mesma coisa).
Uma palavra final para os meus leitores, sobretudo aqueles mais fiéis que me seguiram durante anos e anos: muito obrigado. Foram vocês que mantiveram vivo este espaço de partilha e de comunicação. Não vou ficar totalmente inactivo, uma vez que vou mantendo o espírito do blog na página homónima do Facebook (mas não será a mesma coisa).
Não vou cometer o disparate de eliminar o blog. Seria deitar 8 anos de trabalho para o lixo. Ele ficará online enquanto arquivo vivo. Os cibernautas vão continuar a conhecer este espaço fruto do resultado de pesquisas (o Google reencaminha muitas pesquisas para este blog). Não dediquei milhares de horas em vão, e por isso o resultado deste meu trabalho vai continuar online para quem quiser recolher informação sobre tantos temas e matérias que partilhei neste espaço. Agora toda a informação deste blog fica para a posteridade e é vossa, façam dela o que quiserem (e acreditem que me vai custar clicar, pela última vez, no botão deste post "publicar").
Viva o cinema!
Viva a música!
Viva a arte!
Viva a cultura!
OBRIGADO
E
ATÉ SEMPRE!