quarta-feira, 29 de abril de 2015

Os filmes e as lágrimas


Nenhum cinéfilo tem coração duro ao ponto de nunca ter chorado a ver filmes. Um homem também chora e emociona-se porque é feito de carne e sangue quente. E de sentimentos. Ao longo da minha vida de espectador de cinema já me emocionei muitas vezes a ver determinadas cenas em filmes dramáticos (não necessariamente). Por vezes os olhos ficaram apenas húmidos, outras vezes não me contive e soltei mesmo algumas lágrimas. Afinal de contas, é essa uma das componentes mais fascinantes e poderosas da arte cinematográfica: a de proporcionar emoções.

Eis alguns dos filmes que me causaram (e ainda causam hoje em dia) momentos de emoção mais ou menos pungente. Faltam títulos, mas estes foram os que me vieram mais à memória.

Luzes da Cidade – Um dos finais mais emocionantes de sempre 
O Garoto de Charlot – O reencontro entre o garoto e Charlot é extremamente tocante 
Eduardo Mãos de Tesoura – Sempre que revejo o final emociono-me 
O Padrinho – (na imagem) a cena poderosa do grito mudo de Michael Corleone pela morte da filha na escadaria do teatro e o final com a morte lenta de Corleone (deixou-me KO)
About Schmidt – a cena final em que Jack Nicholson lê a carta a chorar da criança africana deixou-me de coração partido
American Beauty – sequência final 
Sunrise – a reconciliação dos amantes 
As Pontes de Madison County – o amor fugaz na despedida na chuva 
O Ladrão de Bicicletas – basta olhar a cara de angústia do miúdo para sentir comoção 
A Lista de Schindler – a sequência final no cemitério judeu 
Up – um dos inícios de filme mais emocionantes de sempre 
Mary and Max – a cena da tentativa de suicídio é bela e comovente 
Ordet – a cena pungente da ressurreição 
A Vida É Bela – a despedida entre o filho e o pai no campo de concentração 
The Shawshank Redemption – a carta de suicídio do velho quando saiu da prisão 
Million Dollar Baby – os momentos finais 
Cast Away – quando Tom Hanks tenta resgatar a bola no mar (“mr. Wilson”) 
Into The Wild – o final 
Shutter Island – quando Leonardo DiCaprio encontra os filhos mortos no rio 
Melancholia – o final depressivo e apocalíptico 
Umberto D – o final desolador 
A Estrada – a cena final de Anthony Quin na praia 
O Cavalo de Turim – a força emocional da música nas cenas de desespero existencial 
Era uma Vez na América – várias cenas 
Lost in Translation – a despedida final bela e emocionante 
Dead Poets Society – o momento do suicídio do estudante e a despedida final do professor Keating na sala de aula (chorei no cinema) 
The Mist – o final aterrador deixou-me o sangue gelado e olhos húmidos de emoção (acentuado pela música profunda dos Dead Can Dance!)
21 Gramas – basta pensar que é um filme sobre a morte e a perda 
The Truman Show – a revelação final da crua verdade 
O Pianista – a cena do pianista a tocar para o militar nazi 
(...) 

5 comentários:

Marcelo Castro Moraes disse...

A cena final de Gladiador
A morte de Sam em Eu sou a Lenda
A morte de Maley em Marley e Eu
Os últimos passos de Doutor Jivago
A morte de Jack em Titanic
O Final de Era uma vez no oeste
O desabafo do personagem de Jason Robarts em Magnólia
O final divertido e emocionante de Antes só do que Mal acompanhado
A morte de Mufaça em O Rei Leão
A separação em Azul é a cor mais quente.
Os segundos finais de O Segredo de Brokeback Mountain

Visitem o meu blog de cinema: http://cinemacemanosluz.blogspot.com.br

Hugo disse...

Um que não foi citado e que derruba qualquer cinéfilo na cena final é "O Campeão" de Franco Zefirelli.

Abraço

A VIDA NUMA GOA disse...

Ótima lista. Eu sempre choro em "Tomates Verdes Fritos" quando Ninny fala à Evelyn sobre o seu filho já falecido, que era uma criança / pessoa com necessidades especiais. Eu já chorava antes de meu filho nascer, que por sinal é uma criança com necessidades especiais.

José Figueiredo disse...

O final do filme "Voando sobre um ninho de cucos".

Anónimo disse...

A cena final de "Cinema Paradiso", acompanhada pela mestria sonora de Morricone. A delicadeza de "In the Mood For Love" (e respectiva BSO, claro) também não nos deixa indiferentes...