Hoje é o dia dos 75º aniversário de um dos meus compositores contemporâneos favoritos (e já muitas vezes citados neste blog - tem 45 entradas): Philip Glass.
Amado e odiado em igual medida, como quase todos os grandes artistas o são, Philip Glass é um compositor que atravessou as últimas quatro décadas com espantosa capacidade de reinvenção criativa. Inicialmente conotado com o minimalismo, Glass inovou e conseguiu trilhar um caminho musical único com base numa linguagem estética assente numa forte identidade artística.
A sua vasta e diversificada obra é prova de um trabalho intenso e ecléctico, com peças para orquestra, teatro, ensemble, óperas, documentários, bailado, exposições e filmes de ficção. Em 2007, quando Philip Glass completou 70 anos, o realizador Scott Hicks (o mesmo que fez "Shine" (1996) sobre o pianista esquizofrénico David Helffgot) acompanhou-o durante mais de um ano para a realização de um documentário sobre o compositor.
Deste trabalho resultou o muito interessante filme "Glass: a Portrait of Philip in Twelve Parts", um magnífico documentário que revela o método criativo de Glass, a sua relação com os seus músicos, assim como os seus momentos familiares mais recatados. Um documentário honesto e descomprometido que faz justiça à grandeza artística do autor de algumas das bandas sonoras mais memoráveis dos últimos 25 anos.